quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Trotes criminosos

Ainda há pouco recebi uma ligação no celular de um “número desconhecido”. Era uma voz de menina, aos prantos, dizendo “socorro, pai, fui assaltada, me ajuda”. Como eu sou vítima dessas babaquices criminosas de dois em dois meses, já estou mais que escolado e nem perco meu tempo me assustando à toa.

Só que dessa vez, em vez de desligar, eu resolvi dar trela e respondi: “Ih, filhinha, tu sabe que eu não posso te ajudar, né? Tu sabe que papai tá na cadeia...”

Mais que depressa, uma voz de malandro me pergunta: “Em que cadeia tu tá, cumpadi?”

E mais não falei a não ser para mandar o mané tomar no centro pra não gastar as beiradas. E desliguei.

O pior é que esse tipo de crime assusta muito quem é pego para pato pela primeira vez e pode ter consequências imprevisíveis para as vítimas do trote, desde o tremendo susto - como aconteceu comigo anos atrás - até a perda de dinheiro - com riscos de vida.

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