sexta-feira, 31 de maio de 2013

Samba do Trabalhador

De vez em quando eu cometo uns vídeos no YouTube. Cometi esse hoje.


Samba Do Trabalhador
Martinho da Vila
De: Darcy Da Mangueira

Na segunda-feira eu não vou trabalhar
É, é, é a
Na terça-feira não vou pra poder descansar
É, é, é a
Na quarta preciso me recuperar
É, é, é a
Na quinta eu acordo meio-dia, não dá
É, é, é a
Na sexta viajo pra veranear
É, é, é a
No sábado vou pra mangueira sambar
É, é, é a
Domingo é descanso e eu não vou mesmo lá
É, é, é a
Mas todo fim de mês chego devagar
É, é, é a
Porque é pagamento eu não posso faltar
É, é, é a

E quando chega o fim do ano
Vou minhas férias buscar
E quero o décimo-terceiro
Pro natal incrementar
Na segunda-feira não vou trabalhar
É, é, é a
É, é, é a

Eu não sei por que tenho que trabalhar
Se tem gente ganhando de papo pro ar
Eu não vou, eu não vou
Eu não vou trabalhar
Eu só vou, eu só vou
Se o salário aumentar
É, é, é a
É, é, é a

A minha formação não é de marajá
Minha mãe me ensinou foi colher e plantar
Eu não vou, eu não vou
Eu não vou trabalhar
Eu só vou, eu só vou
Se o salário aumentar
É, é, é a
É, é, é a

Tô cansado...

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Livro de Lobão atazana a petralhada


O livro do cantor Lobão, “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”, anda despertando a ira dos petralhas. No trecho abaixo ele descreve um encontro entre o próprio, sua mulher Regina, Lula e José Dirceu. Leiam:

“O encontro mais emblemático que tive foi com o então candidato Lula no diretório central, em São Paulo, na campanha presidencial de 2002, ao lado o José Dirceu, do Mercadante e de outras figuras impolutas do partido, quando iniciamos uma conversa numa sala reservada, onde eu disse, meio embaraçado, que endossaria sua campanha caso ele se propusesse a continuar o processo de numeração dos CDs (na verdade, teríamos a lei promulgada ainda no governo FHC) e um programa que tivesse a educação como foco central, a exemplo da Coreia do Sul, para que em dez anos estivéssemos em condições de exportar cientistas para o mundo. Lula me explicou ser exatamente isso que iria implementar, que a educação era o foco principal de seu programa de governo etc. e tal, quando acontece um inusitado e constrangedor apagão que durou uns vinte minutos! Alguns pigarros, fósforos riscados, aquela falta de assunto…

Minha mulher, Regina, que estava ao meu lado o tempo todo, com aquela percepção cruel que só as mulheres possuem, me sussurrou logo que a luz voltou: esse cara que está ao lado do Lula (no caso, José Dirceu) deve tomar uns antidepressivos, tem uma salivinha branca nos cantos da boca. E sabe o que mais? Esse Lula é um tremendo picareta. Todo mentiroso olha para cima quando mente, você reparou que ele só olhava para cima até a luz apagar? Pode escrever: desse mato não sai cachorro.”

Agora assistam ao vídeo de 2005 onde Lula resolveu dizer alguma coisa sobre o escândalo do mensalão, dizendo, mais uma vez que não sabia de nada. Ele não para de olhar para cima. Coisa de mentiroso sem cura.




Bolsonaro e a farsa da Comissão da Verdade

Eu não gosto do Bolsonaro. Além dele ter vários parafusos a menos, o que às vezes o transforma em um palhaço, minha impressão é que ele tem um quê de desonestidade. Talvez eu esteja errado quanto à desonestidade.

Porém, é inegável que ele é um dos raríssimos políticos com coragem para peitar o governo e falar verdades que merecem ser ditas, doa a quem doer. Sob esse aspecto, eu até me identifico bastante com Bolsonaro.

Uma dessas “peitadas”, com direito a algumas verdades inconvenientes para os petralhas, foi gravada nesse vídeo onde ele fala sobre a nefasta Comissão da Verdade.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Venezuelanos de bunda suja agora ficam com a alma também suja: Faltou hóstia.

Alguém conhece uma notícia menos importante que faltar hóstia e vinho? Ora, qualquer padre safo sabe muito bem que ambos, como fazem parte apenas dos ritos simbólicos de uma missa, podem perfeitamente ser substituídos, ainda que provisoriamente. Não significa o fim do mundo.

O problema é que a notícia vem da Venezuela e, a essas alturas do campeonato, tudo que vem de lá soa com uma importância desproporcional ao fato em si, que, isolado, não representaria bulhufas, mas que se somado à série diária de descalabros cometidos pelo governo bolivariano passa a ser parte da certeza que a invenção de Hugo Chávez não passa de uma palhaçada monumental que já levou o país que possui as maiores reservas de petróleo do mundo à falência total.

As piadas são tragicamente inevitáveis e já vêm prontas. Não há o que esperar de decente em um governo chefiado por Nicolas Maduro, cuja educação básica foi dada por Fidel Castro, a universitária por Raul Castro e a pós-graduação por Chávez. É muita imbecilidade reunida em um só homem, talvez o primeiro comunista místico da História, aquele que viu seu mestre reencarnado em um passarinho. À exceção de Aldo Rebelo, claro, um “noveneiro” de mão cheia.

Não duvido nada que, devido à falta de papel higiênico, venha alguém do governo da Venezuela dizer que suspenderam o fornecimento de hóstia e vinho para que o povo evacue menos...

Opiniões


Opiniões minhas em debates no Observador Político

Sobre um post “dedicado” a mim - “Daí Froes, chupa esta, se é que consegue.” - falando sobre o depoimento de duas terroristas que foram torturadas no regime militar:
Petralhinha, você foge do debate como o diabo foge da cruz, mas ainda que mal lhe pergunte, o que é que tem o fiofó com as calças? Onde é que eu entro nessa? Eu, por acaso já neguei que se torturava gente no regime militar? Por acaso eu disse algum dia que aprovava a tortura?

Aliás, não gosto de tortura tanto quanto não gosto de assalto, sequestro e fuzilamento sumário, práticas comuns dos terroristas de outrora que hoje posam de figuras impolutas no governo petralha, sendo carinhosa e eufemisticamente chamados de "revolucionários", quando não passam de marginais da pior espécie, que ontem empunhavam metralhadoras e hoje usam apenas canetas para perpetrar e perpetuar os crimes arraigados nas suas personalidades doentias. A diferença é que ontem eles matavam poucos, de um a um, e hoje são os mestres do genocídio de um povo que morre por falta de segurança, de educação e de saúde.

Sua visão sobre a ditadura é positiva, Ricardo?
Positiva porque nos livrou do mal, Amém! Negativa porque em termos de desenvolvimento social não deu bola para a educação e cagou e andou para o povo, alienando-o do processo político. Como nenhum outro governo que sucedeu os militares foi suficientemente enfático sessa área - educação e consequente progresso social -, deu no que deu e acabaram elegendo Lula, uma anta à imagem e semelhança do povo inculto.

Sobre o tema “Capitalismo x Socialismo”:
Eu não entendo que alguém razoavelmente inteligente defenda o socialismo como teoria econômica. É um negócio sem pé nem cabeça achar que políticos podem substituir gerentes, administradores e homens de negócio na economia de um país. É trocar a meia dúzia dos que entendem do riscado por seis que não entendem nada, o que, mesmo pelo “raciossímio” dos defensores do socialismo, acaba dando no mesmo: concentração de riqueza e de poder. Só que o socialismo acaba com a produtividade em nome de uma política que privilegia a distribuição, a princípio, indiscriminada. Os bens, em vez de serem comprados, passam a ser distribuídos conforme as prerrogativas oficiais e, aos poucos, isso acaba resultando em favoritismos e corrupção.

Em contrapartida, os que defendem o capitalismo, pelo menos aqui, sabem muito bem que ele não é uma teoria social e sim uma lógica que, se bem aplicada, vai permitir que a sociedade com grana decida sobre seus rumos, até mesmo optar pelo socialismo, o verdadeiro, que tem na igualdade de direitos e deveres seu único e verdadeiro objetivo. Não é assim que funcionam os países mais adiantados do mundo?

Entrevista: Pondé e o politicamente correto


No último domingo, Luiz Felipe Pondé foi entrevistado por Ricardo Boechat, Fernando Mitre e Fernando Gabeira no CANAL LIVRE (Band). O assunto tratado no programa foi o “politicamente correto“, tema do livro de Pondé, o Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, um dos mais vendidos no Brasil segundo a revista Veja.

Considerado uma das grandes revelações do pensamento conservador no Brasil nos últimos 10 anos, a ideia e filosofia de Pondé baseiam-se na valorização das tradições religiosas ocidentais e no combate ao pensamento politicamente correto nos meios universitários.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Amado Batista, preso pelo regime militar, declara que mereceu. Chupa essa manga, petralhada!

Grande Zeca!


João Bosco e Zeca Pagodinho, grandes companheiros de copo, conversavam:

- É Zeca - disse Bosco -, acho que vou dar um tempo no goró. Sacumé, a idade vai chegando e o copo vai pesando...

E Zeca:

- Quéisso João?! Quando a gente já entrou no prédio errado, qualquer andar serve!...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

domingo, 26 de maio de 2013

Ferreira Gullar: De Mao a Xiao

Quando [Deng Xiao Ping] assumiu o governo, a China estava em situação pior do que quando Mao iniciara a transformação revolucionária da sociedade chinesa. Na verdade, o Estado planejado, longe de criar uma sociedade sem classes, terminara por estratificar as classes.

Os bens, em vez de serem comprados, eram distribuídos conforme as prerrogativas oficiais, o que levou ao favoritismo e à corrupção, uma vez que tudo passou a depender de influência partidária.


Leia o artigo aqui.

Piadim di Dumingu


O mineirim comenta com sua mulher:

- Muié, ricibi uma intimação da Receita Federar. Caí na máia fina! Ocê acha qui devo cumparecer a odiencia com o fiscar, de butina e carça de serviço, pra parecer mais simpres, ou de  rôpa de saí, pra passa uma imagi de homi sério?

- Homi, vô dizer procê a merma coisa que minha mãe me falô quando preguntei prela si divia di usá carcinha di renda, ô di seda, na noite da núpcia cocê.

- E o qué qui foi qui sua mãe arrespondeu?

- Ela falô: “Tanto faiz! Ele vai fudê ocê di quarqué jeito”.

Por Marc Aubert.

Isto é Brasil: cafetina acredita no poder das orações e fieis da Universal dizem que orações não valem nada!


CABARÉ PROCESSA IGREJA UNIVERSAL

Por Marreta, do blog do Giulio Sanmartini

Em Aquiraz, no Ceará, dona Tarcília Bezerra construiu uma expansão de seu cabaré, cujas atividades estavam em constante crescimento após a criação de seguro desemprego para pescadores e vários outros tipos de bolsas.

Em resposta, a Igreja Universal local iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão, com sessões de oração em sua igreja, de manhã, à tarde e à noite.

O trabalho de ampliação e reforma progredia célere até uma semana antes da reinauguração, quando um raio atingiu o cabaré queimando as instalações elétricas e provocando um incêndio que destruiu o telhado e grande parte da construção.

Após a destruição do cabaré, o pastor e os crentes da igreja passaram a se gabar “do grande poder da oração”.

Então, Tarcília processou a igreja, o pastor e toda a congregação, com o fundamento de que eles “foram os responsáveis pelo fim de seu prédio e de seu negócio” utilizando-se da intervenção divina, direta ou indireta e das ações ou meios.”

Na sua resposta à ação judicial, a igreja, veementemente, negou toda e qualquer responsabilidade ou qualquer ligação com o fim do edifício.

O juiz a quem o processo foi submetido leu a reclamação da autora e a resposta dos réus e, na audiência de abertura, comentou:

- Eu não sei como vou decidir neste caso, mas uma coisa está patente nos autos. Temos aqui uma proprietária de um cabaré que firmemente acredita no poder das orações e uma igreja inteira declarando que as orações não valem nada!”

Lula é o imbecil do Lula

sábado, 25 de maio de 2013

Juiz subornado ganha aposentadoria de prêmio e deputado com 165 processos no lombo não foi nem cassado. Esse é o Brasil do PT!


Juiz que prendeu banda por apologia às drogas solta traficante por 40 mil. Prêmio: aposentadoria!
O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) “condenou” esta semana à aposentadoria compulsória o juiz Vilmar José Barreto Pinheiro, que mandou prender os integrantes da banda Planet Hemp em 1997 por apologia às drogas. De acordo com o jornal “Correio Braziliense”, o magistrado foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de receber R$ 40 mil para conceder a liberdade a um traficante quando exercia o cargo de titular da 1ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais de Brasília.

O magistrado foi afastado por maioria dos votos: 11 a quatro, em processo administrativo que correu sob segredo de justiça e se arrastou durante dez anos. O conselho aplicou a pena máxima para o caso de um processo administrativo sobre violação dos deveres funcionais. Com a aposentadoria compulsória, Barreto não poderá mais exercer a magistratura, mas continuará recebendo salário do tribunal que em abril foi de R$ 28.761,43.


Deputado José Riva apesar dos 165 processos contra si continua na Assembleia de MT
O deputado José Riva (PSD-MT), que até o último mês ocupava a presidência da Assembleia Legislativa é o deputado mais ficha-suja do país. Levantamento preliminar feito pelo TJ-MT e enviado no último mês ao CNJ aponta que 165 processos que envolvem o político estão à espera de julgamento, em vez de 100 processos, como estimava o Ministério Público. Deste total, 116 tramitam em primeira instância e 49 em segunda instância.

Boato

Essa correria à Caixa por causa do boato sobre o fim da Bolsa Família me fez lembrar de uma situação curiosa que passei em 1973 quando espalharam o boato que a Delfin, a da Caderneta de Poupança, tinha quebrado. Meu pai era então o diretor administrativo da empresa.

No dia, o corre-corre comia solto e eu, já sabendo do caso, resolvi ir à agência Ipanema, onde a gerente era minha amiga de longa data, para saber dela como andavam as coisas por lá. Muita fila, muita agitação, mas, segundo Lola, tudo estava sob controle e, na medida do possível, ela conseguia convencer alguns clientes que a quebra da Delfin não passava de boato. Fui lá de curioso - eu não trabalhava na Delfin - e de paquera. De vez em quando Lola e eu namorávamos um pouco.

E não é que durante a nossa breve conversa me chega uma senhora esbaforida, pede licença e manda:

- Lola, eu preciso tirar o meu dinheiro todo da poupança!

- Mas por que, dona “Fulana”? - Perguntou Lola.

- Ah!, acabei de saber agora que um diretor da Delfin já fugiu para a Argentina, um tal de Moacyr Froes! - respondeu dona “Fulana”.

Estupefato, mesmo assim não resisti a ser irônico, metendo-me onde não tinha sido chamado, antecipando uma resposta de Lola:

- Puxa, dona “Fulana”, será que ele fugiu sem me avisar?

- Como?... Quem é o senhor?

- Sou filho do “tal” Moacyr Froes, minha senhora - respondi ao mesmo tempo que tirava minha carteira do bolso para mostrar minha Identidade -. Se ele foi para a Argentina, não me contou. Além disso, se foi mesmo, muito provavelmente ele deve estar ainda no aeroporto, porque faz pouco mais de uma hora que eu o vi, em casa. Saímos juntos - e mostrei minha identidade indicando a filiação.

Lola, que não sabia onde se enfiar de vontade de rir e, possivelmente, de vergonha pela senhora, virou-se de costas, enquanto a mulher, atônita, examinava minha Identidade.

- Ma... mas o senhor é filho dele mesmo, do diretor? - perguntou dona “Fulana” enquanto me devolvia o documento.

- Sim senhora, em carne e osso. Pode ficar tranquila e deixar seu dinheiro com a Lola, que isso tudo é boato.

E Lola reforçou:

- Claro que é boato, dona “Fulana”. A Delfin só perde em captação para a Caixa Econômica e está na frente do Bradesco. Para ela “quebrar”, o Bradesco teria que ir primeiro. Além de tudo conheço a família do Ricardo desde que nasci. Somos mais do que parentes. Foi o tio Moacyr que me deu a gerência daqui.

Lola usou um argumento meio chinfrim, o do Bradesco - não adiantava explicar de outra maneira -, mas junto com a firmeza sobre nosso quase parentesco, tudo funcionou. Dona “Fulana” acabou desistindo de tirar seu dinheiro, até porque, como mais um reforço, eu ofereci a ela que falasse diretamente com meu pai na Delfin pelo telefone da agência (não havia celulares), o que ela, aparentemente já convencida, declinou (ainda bem, porque àquelas alturas do campeonato, meu pai não ia me atender nem a pau, preocupado que estava em tentar abastecer de dinheiro as agências do Brasil inteiro devido ao excesso descomunal de saques).

É claro que meu pai não tinha fugido, mas uma coincidência dessas merecia um jantar. Jantamos juntos, Lola e eu, e ainda demos boas risadas.

Só jantamos.

P.S.: Antes que alguém pense que meu pai ainda era diretor à época da intervenção, comunico que ele saiu da Delfin em 1975 e morreu em 1977. Detalhe: quem trabalhava na Delfin em 21 de janeiro de 1983, dia em que o Banco Central interveio na empresa, era eu!

Aparelhamento de governo petralha custa R$ 377,6 bilhões ao ano!

Deu no Globo:

Manter a estrutura e os funcionários das atuais 39 pastas do governo Dilma Rousseff, instaladas na Esplanada dos Ministérios e em outros prédios espalhados pela capital, custa pelo menos R$ 58,4 bilhões por ano aos cofres públicos. Esta verba, que está prevista no Orçamento Geral da União de 2013 para o custeio da máquina em Brasília, é mais que o dobro da que foi destinada ao maior programa social do governo, o Bolsa Família, que custará R$ 24,9 bilhões este ano.

No total, o orçamento para custeio de toda a engrenagem federal chega a R$ 377,6 bilhões, quando são incluídos, por exemplo, órgãos técnicos, empresas públicas, universidades, escolas e institutos técnicos federais. Este valor representa mais do que o PIB (a soma de todos os bens e serviços) de países como Peru, Nova Zelândia ou Marrocos.

A maior despesa nesse bolo é justamente com os salários dos funcionários, tanto os de Brasília quanto os espalhados país afora: o Executivo federal fechou a folha de pagamentos de 2012 em R$ 156,8 bilhões. O número de ministérios passou de 24, em 2002, para 39 este ano. A quantidade de servidores ativos e aposentados também cresceu: passou de 809.975 em 2002, para 984.330 no fim de 2011, segundo dados do próprio governo.

A título de comparação, a verba total destinada a investimentos do governo federal, prevista no Orçamento Geral da União deste ano, é de R$ 110,6 bilhões. Para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), menina dos olhos da presidente, estão previstos R$ 75 bilhões em 2013.
O maxistério de Dilma

O ministério que mais gastará para manter sua estrutura este ano é o da Saúde: R$ 18,2 bilhões. Os dados foram extraídos de um levantamento feito pelo DEM a pedido do GLOBO, com base no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do governo federal. Os gastos incluem despesas com custeio, ou seja, pagamento a funcionários civis e militares, compra de material de consumo dos ministérios, e contratação de serviços como água, luz, aluguel, transporte e hospedagem.

O número de pastas, que nem sequer cabe na Esplanada dos Ministérios, é alvo de críticas de políticos aliados, da oposição e de especialistas no setor público.

O empresário Jorge Gerdau Johanpeter, presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade — criada pela presidente justamente para propor modos de aperfeiçoar os serviços públicos, com redução de gastos —, é um dos maiores críticos da estrutura gigante do governo federal. Em recente entrevista ao portal UOL, Gerdau chamou de “burrice e irresponsabilidade” a criação de novos ministérios. Para ele, o governo funcionaria a contento com “meia dúzia” de pastas.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deixou 24 pastas no fim de seu mandato, em 2002. Luiz Inácio Lula da Silva inchou a máquina e deixou 37 pastas, incluindo secretarias que até então eram vinculadas a outros ministérios, como Direitos Humanos, Portos e Pesca, e que, sob a gestão petista, ganharam estrutura própria. Lula também deu ao presidente do Banco Central o status de ministro. A presidente Dilma Rousseff criou, então, as secretarias de Aviação Civil e de Micro e Pequena Empresa, atingindo a marca recorde de 39 ministérios.

Na Esplanada dos Ministérios desenhada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa há 19 edifícios. Muitos deles abrigam mais de uma pasta, mas, ainda assim, falta espaço e o governo aluga mais prédios. O Ministério do Meio Ambiente, por exemplo, divide um edifício na Esplanada com o da Cultura, mas teve de alugar salas em outro local em Brasília, onde instalou secretarias.

O Ministério da Cultura também aluga salas e gasta R$ 1,3 milhão ao mês com locação de imóveis. No total, a pasta desembolsa R$ 141,7 milhões somente com o custeio de sua máquina. Segundo o Portal da Transparência, este ano o governo federal já pagou R$ 21,5 milhões para o aluguel de prédios em todo o país.

Procurado, o Ministério do Planejamento afirmou que as despesas da União com a criação de novas estruturas e com a manutenção das já existentes têm como objetivo “responder às necessidades de investimentos no país; melhorar a qualidade dos serviços prestados à população; atender à expansão de políticas públicas no território nacional e atender demandas da população por novas políticas públicas”.

No entanto, para o cientista político Valdir Alexandre Pucci, professor do Centro Universitário do Distrito Federal, o aumento da máquina pública é decorrência da maneira como se faz política no país, em que os aliados são atraídos por cargos no governo. Ele afirmou que esse processo foi ampliado depois do escândalo do mensalão, em 2005, porque Lula foi obrigado a ampliar sua base de apoio no Congresso.

— Esse inchaço não começa com a presidente Dilma. Vem da forma como se faz política no Brasil: as pessoas são chamadas para compor o governo. É claro que, com o mensalão, houve uma necessidade de ampliar a base no Congresso, provocando um inchaço ainda maior — argumentou Pucci.

Na posse de seu último ministro, Guilherme Afif Domingos, da Micro e Pequena Empresa, Dilma justificou a criação de mais um ministério afirmando que antes é preciso expandir, “para depois abrir um processo de redução”. Segundo a presidente, determinadas áreas necessitam de estrutura política própria para se desenvolver. No governo Dilma, chegou-se a analisar, inclusive, a criação do Ministério da Irrigação.

— Isso faria sentido se os ministérios de fato funcionassem, mas gasta-se muito, e muito mal. Por exemplo, na discussão da medida provisória dos portos, alguém ouviu falar do ministro de Portos (Leônidas Cristino)? Se o ministro de Portos não aparece no debate da principal medida do governo na área, fica evidente que (a criação da pasta) foi uma acomodação política — criticou Pucci.

O cientista político diz ainda que são poucos os resultados das pastas criadas nos últimos tempos, e que algumas funções acabaram se sobrepondo. Segundo ele, a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa — que terá de ocupar salas cedidas pelo Exército, no anexo do prédio principal —, tem funções combinadas com os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

— São incipientes as conquistas para justificar esse crescimento da máquina. O número de ministérios é exagerado ao extremo, e sem necessidade. A necessidade é melhorar a eficiência da máquina pública.

O grande número de ministérios e ministros no primeiro escalão do governo federal provoca, além das contumazes críticas, muito desgaste para o governo. O projeto de lei de criação da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, por exemplo, ficou por mais de dois anos em tramitação no Congresso, não só por má vontade dos parlamentares, mas também por indefinição do Palácio do Planalto, que chegou a pensar em abortar a ideia.

Dilma vive uma situação irônica com seu time de primeiro escalão. Tida como técnica, gestora e pouco dada a uma relação muito próxima com a classe política, ela tem um Ministério eminentemente político: dos atuais 39 ministros, 31 são políticos ou indicados por partidos da coligação governista que a elegeu em 2010. O primeiro Ministério de Lula tinha 26 ministros, sendo 21 da cota dos políticos.

O PT, partido da presidente, lidera o ranking de ministros: são 18, considerando, inclusive os da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior. O segundo maior partido da coalizão governista, o PMDB, tem o comando de cinco ministérios. Na primeira equipe de Lula, em 2003, dos 26 ministros, apenas seis não eram do PT.

A formação de uma equipe que representa os partidos vitoriosos nas urnas junto com o presidente é comum, e sempre aconteceu em todos os governos. Não foi diferente nos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também enfrentou disputas entre aliados por cargos na Esplanda.

Mas essa predominância é maior nos governos petistas, especialmente porque tanto o governo Lula como o de Dilma criaram pastas para agregar partidos à base aliada — caso da Micro e Pequena Empresa, destinado ao PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab.

Drive-in de chope no Garota de Ipanema

Esse literalmente derrubou alguns chopes nessa madrugada

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Os irmãos alemães e o “Inferno”


Enquanto os irmãos alemães Alz & Heimer não me incomodam muito, sigo cada vez mais obcecado por ler (e concentrado!). Depois de pessoas insuspeitas de várias áreas culturais - e aí não digo cultura com o pedantismo da esquerda, mas apenas como distinção de enfoques - terem afirmado que o novo livro do Dan Brown - “Inferno” - é excelente, do tope ou melhor que “O Código”, resolvi comprá-lo em sociedade com uma amiga (prática que pretendo adotar sempre que possível - faz bem ao bolso e à cabeça).

Coube a mim ser o primeiro a ler o livro e hoje li simplesmente 120 páginas, tal o ritmo frenético com que começa a história. Não sei o que me espera daqui para frente, mas, a julgar pelo começo - são 442 páginas -, a coisa promete.

Embora minha praia não seja exatamente essa, o “Inferno” é muito bem escrito e, sendo razoavelmente bem traduzido (sou chato mesmo), está sendo uma leitura bem interessante.

Assim que acabar, dou minha não abalizada opinião.

“Na fazenda petista os bichos só se acalmam quando sentem o cheiro do dinheiro”. Fernando Gabeira.

‘Que porto é esse, senhora dos navegantes?’, de Fernando Gabeira

Desembarco mareado nesta nova estação do progresso. Sou pela abertura dos portos e não vejo argumento mais forte do que centenas de caminhões engarrafados esperando o momento de exportar sua carga.

Chego mareado não pelo balanço das ondas, mas pelo espetáculo agitado em terra firme. Um longo psicodrama que não pude acompanhar em todos os detalhes por causa das tarefas cotidianas. Mas já o pressentia. Para articular seu governo na nave do Congresso, a senhora escolheu Ideli Salvatti. Com as características da nova ministra, a escolha a transformaria rapidamente de Salvatti em Afundatti: independentemente de suas qualidades, simplesmente não é a pessoa para o cargo. Pode ser amiga, fiel, apaixonada pela causa, mas, que diabo, isto é uma República! Em vez de elevar o nível da política, como se pede a uma presidenta, ela a joga no chão e a pisoteia com o salto alto.

O mais impressionante, à distância, é o reality show no Congresso. Conheço alguns personagens, da política fluminense, e não acreditava no que lia: Eduardo Cunha, guerrilheiro que obriga o governo a recuar. Como assim? Eduardo Cunha fazendo emboscadas, dispersando quando o inimigo se concentra, concentrando-se quando o inimigo se dispersa?

Eduardo Cunha, o líder do retrocesso, diziam algumas outras notas. Será? Cunha não se bate pelo progresso nem pelo retrocesso. Seus parâmetros são outros. Lembro-me de uma sessão que ele presidia. Discutimos e tive a sensação de que não estava me olhando. Disse: “Por favor, olhe para mim”. E ele: “Estou olhando”. Percebi, subitamente, que olhava sem olhar. Ele falava de dentro de uma caverna.

Garotinho, pensando em Cunha, chamou a emenda dos portos de emenda dos porcos. Foi sua contribuição. Saiu quase ileso no outro dia, quando Ronaldo Caiado afirmou que ele, Garotinho, tinha cheiro de porcos.

Nada como o tempo para serenar os ânimos. Cheirar não é ser. Abre espaço para um acidente, ter passado por um chiqueiro, posado para uma foto com porquinhos no colo.

Imaginem essa confusão numa atmosfera fechada, uma espécie de abrigo antiaéreo onde se entra e sai sem ver a passagem do dia para a noite, o próprio amanhecer. Pizzas, frangos, um batalhão de alimentos entra pelos corredores e deságua na cantina abarrotada. Cochilos, intervalos para o futebol, é verdade isso que a imprensa mostrou. E, naturalmente, os gases: 500 pessoas reais concentradas no mesmo espaço, disputando os mesmos sofás. O que importam esses detalhes para a história da modernização dos portos? Se o preço de distribuir renda é degradar a política, por que não usar o mesmo raciocínio para desatar o nó no comércio exterior?

Pelo rádio ouço uma comentarista lembrar que a emenda dos portos seria aprovada mais rapidamente no Senado, pois os senadores, mais velhos, não aguentariam a maratona. Como apenas seis horas bastaram para rever algo que os deputados levaram dias para concluir, supõe-se que têm uma invejável juventude intelectual. Falsa suposição. Os senadores fazem o que quer o governo. Garantidos suas verbas e seus cargos, nada têm a temer, exceto um colapso do serviço de chá.

O episódio da emenda dos portos mostrou mais uma vez o descompasso entre o crescimento econômico e a qualidade política. Acho esse caminho insustentável. Mas posso estar equivocado, aplicando uma visão dinâmica a algo que tende a sobreviver, se essa for mesmo a escolha nacional, por comodismo ou indiferença.

Confrontado com as expectativas da redemocratização, o processo político brasileiro degradou-se. Se as previsões falharam no passado, de que adianta renová-las? Pensar o futuro, só recorrendo à ficção científica. Que bichos ocuparão as denúncias na tribuna? Antes havia o dinossauro, que se tornou simpático, o veado, que perdeu sua conotação negativa. O porco é o bicho do momento, mas o próximo pode ser a iguana, a barata ou o dromedário? Tudo é possível na enorme fazenda petista, onde os bichos se acalmam só quando sentem o cheiro do dinheiro no ar.

O drama dos portos ocorre num momento de comemoração do partido dominante, que se orgulha publicamente de elevar milhões de pessoas à classe média. Na festa, a filósofa Marilena Chaui disse que odeia a classe média por suas posições fascistas e conservadoras. Então, elevam a vida das pessoas para melhor conseguirem odiá-las?

Se a classe média é reacionária e fascista, resta procurar uma classe social democrata e progressista, salvadora. Seriam os operários os portadores da nova moral? Lula, por exemplo, beijando a mão de Jader Barbalho e dizendo que Newton Cardoso é o Pelé da política?

Com seu talento filosófico, Chaui poderia até nos convencer da tese de Lula de que não existiria poluição se a Terra não fosse redonda. Como a Terra gira e a Lusitana roda, slogan que sempre marcou o negócio das mudanças no Rio, o poluído planeta, pelo menos, está em movimento. Cedo ou tarde essa mistificação que vê o fascismo só nos outros e veste de pureza um partido corrompido até a medula pode ser desmascarada.

O discurso de Chaui, no entanto, é sintomático. Depois de impor a ideia de que a degradação política é essencial para mover o País, está tudo pronto para tratar as pessoas como se tratam os deputados no plenário. O sadomasoquismo nacional entra em nova fase. Os brasileiros da classe média são roubados de dia e insultados à noite nas tertúlias literárias do PT. Se gostam ou não, é problema deles.

Desde o início da democratização me bati pela liberdade de escolha em questões delicadas, incluída essa de gostar de apanhar. Se os eleitores preferem um Parlamento cheio de Cunhas e os empresários adoram tratar suas questões com eles, temos somente de nos resignar e esperar que combatam entre si e sejam devorados pela própria cobiça.

Aos poucos, vamos compondo um novo e inquietante dístico para a Bandeira Nacional: “Barbárie e Progresso”. Salve, salve.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Paz no mundo só será possível com o fim do islamismo

Um brutal crime foi cometido ontem em Londres. Dois nigerianos islâmicos assassinaram um militar a sangue frio, cortaram-lhe a cabeça em plena rua, foram filmados com as mãos cheias de sangue e com as machetes nas mãos.

Intolerável, não tem jeito, esta gente e primitiva e totalmente destituída de qualquer intelecto.

Não acho estranho, pois o Islã realmente incita à violência, as mesquitas servem para propagar a violência. Espero que o Cameron seja decidido como foi quando a gentalha invadiu as ruas e fez um quebra-quebra terrível.

A gentalha não tem como viver entre gente civilizada. Não é a cor que nos difere. Não somos todos iguais.

Cometer um crime desta natureza em plena luz do dia, em Londres, é horrendo.


Por Theresa
Acrescento a pergunta: se todas as facções do islamismo são igualmente e repugnantemente bárbaras, como mostra esse canibal abaixo comendo o coração do inimigo, pode haver alguma solução para a paz no mundo?

 

Deputado denuncia conspiração do governo Dilma no caso dos médicos cubanos

Detalhe: Existem apenas duas Universidades de medicina em Cuba: Escuela Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana – Forma 100 médicos por ano e Universidad La Habana com 200 médico por ano. Portanto a cada ano saem 300 médicos, estes números tiram a seriedade da afirmação de Antonio Patriota, pois para juntar os tais 6 mil médicos, seria necessário todos os médicos formados nos últimos 20 anos estivessem disponíveis para trabalhar no Brasil.

“As vivências de Valquírio Rosa de Araújo na Escola Latino-America de Medicina - Havana/Cuba”

O post desse rapaz é de estarrecer por vários motivos. O que salta mais aos olhos é sua inimizade com o português, é óbvio. Como é que um sujeito sai do Ensino Médio sem saber escrever? Bom, mas isso é o de menos porque a sua vocação para idiota é muito mais importante. Diz ele que “a (sic) dois meses estamos comendo 5 bolachas um copo de café pela manhã, uma concha de arroz e um pedaço de abobora e uma concha de feijão meio dia, um pãozinho de 30g e um pouquinho de iogurte a noite”, que tem “uma hora de internet ao mês”, “poucos livros didáticos” disponíveis, que “passar o fim de semana fora estudando, o custo é alto (transporte e aluguel) porque é em dólar” e “ajuda de 11,00 reais por mês”. Apesar disso tudo ele curte horrores porque em Cuba “a cada dia, tiramos uma grande lição de vida” e porque é “representante político da delegação brasileira”.

Mas o pior é o final, onde ele pede dinheiro ao pai porque “agora é importante aproveitar da situação de está (sic) no governo de Brotas a frente da prefeitura e com um bom numero de vereadores”, justificando o pedido sob o argumento que a sociedade de Brotas de Macaúbas vai lucrar muito com seu diploma, “uma vês (sic) em que ganhará um jovem médico e um político com uma formação internacional no campo socialista”.

Imaginem o que vai sair disso - se é que ainda não saiu, porque o post é de 2009: um analfabeto funcional, socialista, subnutrido e médico nas coxas.

Tem mais para se estarrecer. Divirtam-se (ou lamentem).

“As vivências de Valquírio Rosa de Araújo na Escola Latino-America de Medicina - Havana/Cuba”

Ciudad de La Habana, Cuba, Julio de dos mil nueve.

“Muitos dirão que sou aventureiro, e sou mesmo. Más de um tipo diferente daquele que dão a sua própria vida para demonstrar suas verdades.” Ernesto Che Guevara.

Companheiros, um forte abraço a todos.

É com um prazer enorme que escrevo estas linhas de minha simples história nas condições em que hoje me encontro estudante de medicina em Cuba. Venho apresentar meus resultados nestes cinco meses de estudos aqui em este País cheio de grandes contrastes, de onde a cada dia, tiramos uma grande lição de vida.

Companheiros esta primeira etapa chegou ao final. Foram dias difíceis, um processo de adaptação intenso, passei por grandes testes e muitas vezes pensei que não iria suportar. Sempre que estava diante de uma grande dificuldade, eu olhava para o projeto, fechava meus olhos e imaginava o dia em que me graduará médico, e estiver em Brotas de Macaúbas, minha terra natal, podendo salvar vidas, ajudando a tornar a vida do povo brotense um pouco melhor. Lembrava também da grande confiança que meus companheiros do Partido dos Trabalhadores depositaram em minha capacidade, e que teria que mostrar que não estavam errados.

Hoje recebi das mãos da diretora do Pré Médico, Dra Maritza, meus resultados, o recorrido de notas, e minha classificação. Para fazer um análises justo antes é importante saber que hoje somos um total de 101 brasileiros no mesmo curso de pré médico, dentre estes existem uns oito que vêm do 4 o 6 semestre de medicina no Brasil, outros são enfermeiros formados o cursavam enfermagem, outros estavam cursando odontologia, a grande maioria, eu falo de cerca de 70 a 80 alunos, são de família classe “média alta” o classe “alta” entre eles posso citar o filho do senador João Pedro do PT (Amazonas), o neto do ex-presidente do Brasil João Goulart, e filhos de empresários de Brasília e outras capitais, gente que estava a 3 o 4 anos fazendo cursinho pré vestibular, por fim uma pequena parte onde eu me enquadro de pessoas pobres que não tiveram acesso a estas ferramentas de educação e que estão aqui com o objetivo de estudar reconhecendo suas limitações e dificuldades. Meu esforço fez com que obtivesse os seguintes resultados: 50 melhor qualificado em recorrido de notas, 10 brasileiro em assistência nas classes, 10 em participação política, com um prêmio destacado na jornada cientifica na cátedra de história 20 melhor de toda a ELAM, onde apresentei um trabalho sobre a história do movimento estudantil (UNE) na sociedade brasileira.

Minha professora guia Yisenia, junto com o professor de MGI (medicina geral integral) Raul Rodrigues, e a professora Marylin Dias de Bioquímica me convidaram para ser monitor, ou seja, ser um aluno ajudante. Este convite se deve por meu bom desempenho nas aulas, minha forma de expressar e esforço reconhecido por todos os professores, e também o carinho e respeito que adquiri de todos os outros brasileiros, fui citado como a pessoa ideal para ser monitor e poder ajudar os alunos que possivelmente terão dificuldades.

Outra coisa importante é informar que hoje sou representante político da delegação brasileira, assumindo um cargo em uma importante organização política que se chama ABEMEC (Associação brasileiros de Estudantes de Medicina em Cuba) sou secretário de Comunicação eleito por 86 votos dos 101 brasileiros do pré médico, e tenho uma relação forte com toda estrutura política da faculdade, da reitoria até os guardas. Hoje inclusive muitas pessoas falam o que seria da ELAM se tivesse 2 o mais brotense aqui porque com apenas um a escola está se transformando.

Bem companheiros, acho que em esta etapa através dos resultados alcançados posso dizer que estou cumprindo com minhas expectativas e espero que com a de vocês também. Porem não será fácil manter este rendimento nos estudos e este nível de resultados no processo de formação política que é um fator a parte da carga horária da escola, por diversos fatores que posso citar alguns:

  • ·         Aumento de conteúdo de estudo. A partir de 10 de setembro começa a bioquímica, a anatomia, histologia, patologia, em fim as “morfos”, matéria diretamente relacionada a conhecimento do organismo humano, que será a essência de minha carreira médica.
  • ·         A falta de estrutura adequada para estudos individuais. (temos os melhores professores, todavia falta dinheiro para estrutura física adequada para 4.700 alunos, cuba e um país pobre e faz milagres), e aqui só se sai bem aqueles que cria uma estrutura de estudo individual ou coletiva com alternativas de locais isolados da faculdade, como aluguel de casas para ter condições ambientes adequadas para estudar.
  • ·         Condição de pesquisa, e estudos complementários. (a escola gasta muito dinheiro por mês para nos garantir uma hora de internet ao mês por aluno, o que não é suficiente para fazermos nossas pesquisas e desenvolver nossos trabalhos, também conta com poucos livros didáticos, pois alunos de anos anteriores não devolverão ou não cuidarão bem dos livros recebidos, hoje temos que fazer pesquisas em outras bibliografias, sair até o centro de havana passar o fim de semana fora estudando, o custo é alto (transporte e aluguel) porque é em dólar).
  • ·         Crise financeira o país está diretamente afetado com a crise mundial e algumas coisas que o governo cubano nos garantia como “aseio pessoal” e “estipêndio” ajuda de 100 pesos cubanos (é 11,00 reais por mês, é o valor de 3 passagens de maquina da escola a havana) por conta da crise foi cortado por tempo indeterminado.
  • ·         A comida está pouca (Cuba é um exemplo porque aqui todos tem direitos iguais, com relação a alimentação e saúde por exemplo, o que o país tem é dividido em parte iguais para todas as pessoas, o problema agora é a falta de alimentos porque para garantir que todos tem acesso a mesma quantidade toca muito pouco, ( a dois meses estamos comendo 5 bolachas um copo de café pela manhã, uma concha de arroz e um pedaço de abobora e uma concha de feijão meio dia, um pãozinho de 30g e um pouquinho de iogurte a noite).
  • ·         Influencia do vírus (A H1 N1) gripe Porcina, e outras enfermidades estão circulando pelo país e as autoridades estão com suas atenções voltadas a este fator o que é prioridade.
  • ·         Crise energética cuba é movida através de grandes geradores a diesel, o país está com grandes dificuldades de petróleo e esta havendo racionamento de energia para garantir que não falte energia por um período de tempo grande.
  • ·         Turismo em baixa, cuba é um país turístico hoje cerca de 80% da economia é gerada pelo turismo, e em este período de ciclones e furações o turismo está em baixa e falta dinheiro (o turismo faz com que o custo de vida aqui seja muito alto para estrangeiros porque todos tentam te explorar pensando que tu és rico).


Por fim para que meus resultados até agora fossem satisfatório eu tive que usar um pouco de dinheiro que sei que muito de vocês me enviaram, que meu pai com todo esforço do mundo me mandou, foi investido em alternativas para contornar estas e outras situações. Portanto agora é importante aproveitar da situação de está no governo de Brotas a frente da prefeitura e com um bom numero de vereadores, pensar em uma alternativa para me dar um suporte financeiro neste período (gostaria de lembrar que minha formação representa uma vitoria de Brotas porque eu ganho porém a sociedade de brotas também, uma vês em que ganhará um jovem médico e um político com uma formação internacional no campo socialista).

Sei que até agora todos tem feito muito para me ajudar, porem companheiros peço um pouco mais. As dificuldades de está estudando em um país estrangeiro, em um país “solidário” porem pobre, que passa por situações muito especiais é necessários esforços muito grandes para sair vencedor. Estou determinado a se for necessário ter que comer apenas uma vês por dia, dormir 2 horas, passar os seis anos sem ir ao Brasil, e muitos outras coisas por minha formação, e garanto que o farei, porque o objetivo, é ser mais que um medico é está entre os melhores já formados em cuba, e para isso necessito que vocês me ajudem.

Não quero nada de graça, pois sei que quando estiver trabalhando terei um bom salário, quero que o Partido, ou a Prefeitura, um deputado, o qualquer que seja a via me garanta uma quantidade de dinheiro por mês para que possa sobreviver contornar problemas (que só quem está aqui pode saber do que me refiro), e assumindo o compromisso de devolver este dinheiro depois que estiver trabalhando (não quero representar um gasto e sim um investimento). Desde quando eu saí do Brasil já havia uma proposta de um contrato não sei algo parecido, gostaria que voltasse a discutir o assunto e aguardo com muita esperança a resposta, acho que com um pouco de esforço de todos é possível. Um forte abraço a todos.

Às vezes se possível liguem, falar com um amigo ajuda a superar as dificuldades. (00xx53 [etc])

“Ser culto é a única forma do ser humano ser verdadeiramente livre.” José Martí.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O niilismo de Pondé


Para além do niilismo 

Luiz Felipe Pondé

O leitor sabe que meu pecado espiritual é o niilismo. Enfrento-o dia a dia como qualquer moléstia incurável. O tema já foi tratado por gênios como Nietzsche, Turguêniev, Dostoiévski, Cioran. Deixo meu leitor em companhia desses gigantes, muito melhores do que eu.

A tragédia também me acompanha em todo café da manhã, essa concepção grega de mundo que julgo a mais correta já pensada. Aqui tenho grandes parceiros como o autor da tragédia ática Sófocles (entre outros), o filósofo Nietzsche, o dramaturgo Shakespeare e os escritores contemporâneos Albert Camus e Philip Roth.

Ambos, niilismo e tragédia, são visões de mundo que arruínam a vida. Diante deles, ateísmo é para iniciantes. O ateísmo só é aceitável quando blasé e sem associações de ateus militantes. Para niilistas como eu, o ateísmo crente em si mesmo é brincadeira de meninas com fita cor-de-rosa amarrada na cabeça.

Ando de saco cheio do niilismo e da tragédia, apesar de continuar experimentando-os todo dia. Em termos morais, a virtude máxima para ambos é a coragem, e o vício mais a mão, a covardia. Nos últimos tempos, tenho me interessado por outra virtude, a confiança, essa, tão difícil quanto a coragem, uma vez tomada a alma pelo niilismo e pela tragédia. É sobre ela que quero falar nesta segunda-feira, dia normalmente difícil, acompanhado do “bode” do domingo e da monotonia do dia a dia que recomeça imerso num sono que nunca descansa, porque sempre atormentado pela dúvida com relação ao amor, à família, ao trabalho e à viabilidade do futuro.

Meu maior pecado como escritor é jamais enganar, jamais querer agradar. Essa é minha forma de prestar respeito a quem me lê semanalmente. O caráter de alguém que escreve é medido pela ausência de desejo de agradar a quem o lê.

Amar cães e confiar neles é mais fácil do que amar seres humanos e confiar neles. Por isso, num mundo atormentado pela dúvida niilista, ainda que em constante denegação dela, tanta gente se lança à defesa melosa de cães e gatos e exige carne de frangos felizes na hora de comer em restaurantes ridículos.

Quero propor a você duas obras. Um filme e um livro que julgo entre os maiores exemplos da arte a serviço da confiança na vida.

O filme “As Damas do Bois de Boulogne” [1945 - trecho dofilme], do cineasta francês Robert Bresson, de 1945, é uma pérola sobre a confiança na vida e nos laços afetivos. Bresson é um cineasta muito marcado pelo pensamento do escritor George Bernanos, grande anatomista da alma e especialista em nossa natureza vaidosa, mentirosa e, por isso mesmo, desesperada. Coisa para gente grande, rara hoje em dia, neste mundo governado por adultos infantis.

O filme trata da vingança de uma mulher belíssima contra seu ex-amante (que a abandonou), um homem frívolo e covarde por temperamento. Essa vingança se constitui na aposta de que ele e a mulher que ela “contrata” para sua vingança agirão do modo esperado. Sua intenção é fazer com que seu ex-amante se apaixone por essa mulher “contratada”, uma prostituta.

O homem é mantido na ignorância da vida pregressa de sua noiva até depois do casamento. O que a mulher abandonada não contava é que a prostituta se apaixonasse pelo covarde, levando-o a transformação inesperada de caráter.

O amor também é personagem central da obra do dinamarquês Soren Kierkegaard “As Obras do Amor” [trecho do livro], da Vozes. Esse livro é o texto mais belo que conheço sobre o amor na filosofia ocidental. Segundo nosso existencialista, o amor tudo crê, mas nunca se ilude porque, assim como a desconfiança e o ceticismo, o amor sabe que o conhecimento não é capaz de nada além do que fundamentar o niilismo, o ceticismo e o desespero.

O amor é um afeto moral, não um ato da razão. A razão não justifica a vida. O amor é uma escolha de investimento na vida, uma atitude, mesmo que a razão prove a falta de sentido último de tudo.

Ingênuos são os niilistas e céticos que consideram a desconfiança um ato livre da vontade. A desconfiança é uma escravidão. A aposta na vida é que mostra o caráter maduro de mulheres e homens.

Boa semana.

Habeas corpus tabelados: apartamento luxuoso na Zona Sul do Rio. Será verdade?...


Para quem não sabe ou não se lembra, no dia 19 de abril, o desembargador Siro Darlan de Oliveira, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio concedeu habeas corpus a sete dos nove envolvidos na invasão ao Hotel Intercontinental, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, em agosto de 2010, quando o bando armado com fuzis, pistolas e granadas manteve 35 reféns, entre funcionários e hóspedes, por três horas. Na ocasião, uma pessoa morreu e seis ficaram feridas. Detalhe: eles foram condenados à prisão com penas superiores a 14 anos.

O desembargador classificou de “arbitrária” a expedição de mandados de prisão contra o bando antes de o processo transitar em julgado, ou seja, quando não cabe mais recurso contra a sentença e acrescentou que a juíza Angélica dos Santos Costa, da 25ª Vara Criminal, que condenou o grupo, não fundamentou em sua sentença os motivos que levaram à condenação de parte dos réus.

Disse ele: “Sou apenas um intérprete da lei e ressalto que fui o relator da medida, que em março de 2012 foi analisada pelos demais desembargadores da 7ª Câmara, que foram unanimes em conceder o habeas corpus aos réus. Além disso, o Ministério Público não recorreu contra a decisão”.

Siro Darlan sempre foi polêmico, no pior sentido da palavra, porque sempre se posicionou contra o que se espera de um juiz: que julgue a favor da sociedade e não simplesmente que seja um “intérprete da lei”. Para quem não lembra, ele foi o principal defensor do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), uma trapizonga que cita trocentas vezes a palavra “direito” e só uma a palavra “dever”. Fez misérias quando assumiu a 1ª Vara da Infância e Adolescência do Rio.

Agora, segundo o jornalista Claudio Humberto, um informe da Inteligência da Polícia Civil ligou um luxuoso apartamento na zona sul do Rio de Janeiro à libertação dos traficantes que invadiram o Hotel Intercontinental. Que ele se explique, por favor. Já não basta a eterna dúvida que vai ficar para as calendas gregas sobre o apartamentaço do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que teria sido um “presentinho” de Salvatore Cacciola pelo habeas corpus concedido que possibilitou sua fuga do país?

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Educação petralha e seus crimes de pedofilia


Bom, esse vídeo, se relevarmos a parte que Damares Alves se orgulha do “aparelhamento” do Congresso pelos evangélicos - mais ou menos os dez primeiros minutos - e algumas partes onde ela usa o nome de Deus em vão, isto é, puxa a brasa para a sua sardinha como se Ele fosse privilégio da sua seita, relata coisas inacreditáveis e terríveis em relação ao que é feito hoje com as crianças nas escolas brasileiras. Melhor dizendo, nas escolas do Brasil petralha.

Damares expressa-se bem, salvo alguns “esses” comidos, e é Mestre em Educação, Mestre em Direito da Família, Mestre em Direito Constitucional E Assessora Jurídica do Congresso há 14 anos, portanto, não é uma qualquer.

O vídeo é longo (mais de uma hora) e mostra coisas como uma apostila que ensina meninas de 12 anos a se masturbarem - vem com um espelhinho para que elas vejam suas vaginas -, apostilas com orientações sobre o tal “ponto G”, livros de historinha infantil em que o príncipe encantado se apaixona por outro príncipe encantadoo - com direito a desenho de beijo na boca no final - e, pasmem, a contratação da então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual, por R$ 2 milhões, para ensinar professores de creches sobre ereção e masturbação de bebês.

Não precisa ser crente para se escandalizar com esses absurdos e chegar à conclusão que ou se acaba com o PT ou o PT acaba com o Brasil. Gentinha imoral e vagabunda que usa crianças dessa maneira merece morrer. Quem idealiza, elabora ou apoia isso só pode ser pedófilo.

Assistam. É tanto crime que uma hora passa rápido.