Carlos Newton da Tribuna da Internet
Com base nos vídeos do Portal Vox que correm na internet,
que desnudaram o ministro Luís Roberto Barroso, mostrando a que ponto chegou
sua subserviência e seu servilismo ao governo no importantíssimo julgamento da
ação sobre o rito do impeachment, os jornalistas Augusto Nunes e Filipe Moura,
ambos da Veja, fizeram textos arrasadores contra este integrante do Supremo.
De fato, ao mentir propositadamente e usar argumentos falsos
para levar os demais ministros a conclusões equivocadas, Barroso se comportou
como um malandro vulgar, um verdadeiro estelionatário jurídico. Mesmo sabendo
que suas falácias estavam sendo transmitidas ao vivo e a cores, com as
gravações possibilitando que posteriormente fosse desmascarado, Barroso
insistiu nessa tática suja e desavergonhada.
Com isso, demoliu os argumentos verdadeiros e procedentes
usados por Teori Zavascki, Edson Fachin e Dias Toffoli, fazendo com que a
maioria dos ministros incorresse em erro material, ao julgar com base em
justificativas jurídicas que na verdade não existiam, foram criadas por Barroso
no voto que apresentou de forma até debochada, denegrindo o Supremo Tribunal
Federal e a imagem da Justiça, que já andava bastante encardida desde o
julgamento do mensalão, com a ressurreição dos insepultos embargos infringentes
e com a invenção da organização criminosa que atua de forma autônoma, sem
formação de quadrilha.
Primeiro, vamos conferir o texto de Augusto Nunes,
transcrevendo importantes gravações. Depois, a coluna de Filipe Moura Brasil.
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O QUE BARROSO FEZ É COISA DE VIGARISTA
Augusto Nunes
“Sempre caprichando na pose de quem recitava de fraldas
artigos e incisos da Constituição, o ministro Luís Roberto Barroso resolveu
mostrar, na sessão em que o Supremo Tribunal Federal embaralhou o processo de
impeachment, que usa as horas livres do recesso para decorar normas que
regulamentam as atividades dos demais Poderes. Conseguiu apenas confirmar que,
para impedir o desmoronamento da argumentação mambembe, é capaz de sonegar
informações essenciais e mentir publicamente.
─ Alguém poderia imaginar que o Regimento Interno da Câmara
pudesse prever alguma hipótese de votação secreta legítima ─ concede o doutor
em tudo na abertura do vídeo de 1min57. ─ Eu vou ao Regimento Interno da Câmara
dos Deputados e quando vejo os dispositivos que tratam da formação de
comissões, permanentes ou temporárias, nenhum deles menciona a possibilidade de
votação secreta.
─ Vossa Excelência me permite? ─ ouve-se o cerimonioso
aparte de Teori Zavascki.
─ Pois não ─ autoriza o professor de impeachment.
─ Salvo engano meu, há um dispositivo, sim, do Regimento
Interno, artigo 188, inciso III ─ prossegue Teori. ─ Diz que a votação por
escrutínio secreto far-se-á para eleição do presidente e demais membros da Mesa
Diretora, do presidente e vice-presidente de comissões permanentes e
temporárias, dos membros da Câmara que irão compor a comissão representativa…
Teori faz uma pausa para virar a página. Barroso, que
acompanha a leitura que está terminando, tenta interrompê-la:
─ Sim, mas olha aqui…
─ … e dos cidadãos que irão integrar o Conselho… ─ continua
Teori.
As sobrancelhas simetricamente arqueadas e os cílios
enfileirados realçam o sobressalto de Barroso com a aproximação do perigo.
Então, confisca a palavra e recomeça a leitura do inciso III, cuja íntegra
aparece no vídeo do Portal Vox que escancara a pilantragem togada: para
esconder a fraude, o juiz esperto amputa as quatro palavras finais do texto:
“…e nas demais eleições”.
Animado com a rendição balbuciada pelo confuso Teori,
Barroso declama outra falácia:
─ Considero, portanto, que o voto secreto foi instituído por
uma deliberação unipessoal e discricionária do presidente da Câmara no meio do
jogo.
Conversa fiada. O Brasil decente é que considera uma infâmia
o que Barroso fez para ganhar o jogo. O trecho do Regimento Interno foi
guilhotinado por uma deliberação pessoal e discricionária de um servidor
público que é pago pelo povo para defender a lei. Coisa de vigarista.
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MAS A FARSA NÃO PARA POR AÍ
Filipe Moura Brasil
(…) “E o que Barroso faz? Interrompe a leitura no momento
imediatamente anterior ao trecho que legitima a votação secreta para “as demais
eleições”, ou seja: para todas as eleições realizadas na Casa.
Mas a farsa não para por aí. Barroso também falsifica a
história ao escrever o seguinte em seu voto: “Por fim, a votação aberta
(simbólica) foi adotada para a composição da comissão especial no processo de
impeachment de Collor, de modo que a manutenção do mesmo rito seguido em 1992
contribui para a segurança jurídica e a previsibilidade do procedimento.”
É mentira! Para a comissão especial da Câmara que deu o
parecer no caso Collor, a votação foi SECRETA! Prevaleceu na ocasião a mesma
tese de que uma eleição deve ser feita secretamente, como ocorre em todas as
que se realizam no Congresso, para a escolha dos presidentes das Casas e a
formação da Mesa Diretora.
Aberta foi a votação posterior na Câmara pela abertura do
processo de crime de responsabilidade de Collor, com 441 votos a favor, 38
contra, 1 abstenção e 23 ausências, no dia 29 de setembro de 1992.”
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CONCLUSÃO: HOUVE FRAUDE NA SESSÃO
Não há notícia de que, na História do Supremo, tenha
ocorrido tão grotesca fraude num julgamento de tamanha importância. Como todos
viram, a maioria dos ministros foi influenciada diretamente pelo voto de Luís
Roberto Barroso. Não conheciam direito o Regimento da Câmara, não podiam
imaginar que outro ministro se rebaixasse a esse ponto, mentindo, manipulando e
distorcendo informações jurídicas, comportando-se como um advogado de porta de
cadeia que tenta convencer o carcereiro a libertar um meliante.
Não quero e não posso imaginar que houve um complô para
aprovar um acórdão que atendesse exatamente às necessidades da presidente Dilma
Rousseff e dificultasse a aprovação do impeachment. Prefiro acreditar que os
ministros foram apanhados de surpresa, pois Barroso foi o primeiro a falar, seu
voto foi bem articulado e demolidor. Quero crer que a maioria dos ministros
acreditou nas falácias de Barroso.
O Regimento da Câmara tem força de lei, suas normas só podem
ser modificadas pelo Supremo se forem inconstitucionais. O relator Fachin
defendeu esta tese, que é óbvia e perfeita. Dias Toffoli ainda advertiu que o
STF não poderia extrapolar suas limitações constitucionais. Gilmar Mendes
votou, levantou-se, foi embora.
Mas os outros ministros mantiveram seus votos, não podiam
acreditar que a argumentação de Barroso fosse uma vigarice. Foram enganados na
ocasião, devemos desculpá-los. Mas o fato é que agora todos os ministros sabem
o que na verdade aconteceu. Se tiverem um mínimo de dignidade, pedirão que o
julgamento seja anulado, para que possam se manifestar verdadeiramente, na
forma da lei. É o mínimo que se pode esperar deles. Caso contrário, é melhor
nos mudarmos para um país mais sério e democrático.
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PS – Já ia esquecendo.
Uma filha do ministro Marco Aurélio de Mello, de apenas 37 anos e sem notório
saber, foi recentemente nomeada desembargadora federal pela presidente Dilma
Rousseff. E neste julgamento fraudado no Supremo, um dos advogados era o genro
de Marco Aurélio. O ministro, é claro, deveria ter se declarado suspeito, mas
Sua Excia. fez questão de votar a favor do Planalto. Freud explica, é claro.
Se o Código Penal Brasileiro for aplicado o Barroso terá que ser destituído do cargo e responder processo crime (falsidade ideológica e Estelionato, pois obteve vantagem ilícita para outrem), além da anulação da sessão.
ResponderExcluir(argento) ... https://www.youtube.com/watch?v=Gp35LvnRNHM
ResponderExcluirOlá Argento. Feliz Natal! o vídeo foi postado às 15:30 e até agora, 19:17 ninguém comentou. Será por que? Será que é porque o vídeo (e a letra) fazem perguntas que TODOS sabem a resposta?
ExcluirZé, nem tudo que se passa aqui tem obrigatoriamente que ser comentado. Talvez você, que defende tudo isso tudo que o Cazuza critica, possa fazer um comentário. Mas depois aguenta as consequências.
Excluir(argento) ... Feliz Natal, Zé, ainda tá valedo, e um FELIZ ANO NOVO! ... é, a "droga" já vem Malhada desde bem antes do nosso (de Todos nós) nascimento ...
ExcluirFumando estrume seco e cheirando talco...
ExcluirPara não dizer que não falei do vídeo.
ExcluirCazuza sugere na música e o vídeo coloca em imagens, que o Brasil é sócio dos EUA, algo que não faz o menor sentido, o regime militar promoveu um afastamento dos EUA e não uma aproximação. Se alguém deseja aprender história ouvindo Cazuza, eu aconselho fazer seus comentário longe de onde eu possa ler.
(argento) ... à letra ...
ExcluirNão me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer "sim, sim"
Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(Não vou te trair)
... hehehe, não importa se o "sócio" é "obama" ou "putin", "cia" ou "Kgb"; aliás, tem que ter muito cocô no lugar do cérebro pra "interpretar" a letra nestes termos ...
Hoje nós conhecemos os "sócios" da Petrobras, do BNDES, dos Fundos de Pensão e etc.
Excluir(argento) ... bão, claro que o "Impixa da tia" é um Jogo de Cartas Marcadas (vício de origem), algo como Rolêta Russa com 3 ou 4 balas no tambor ... uma outra coisa, que nunca comentei e faço agora, remete ao uso (e abuso) de drogas "recreativas" e o estímulo à liberação e consumo - mas que diabo se Esconde sob o "Liberalismo"? - é que cérebros sob efeito delas ficam mais "Permeáveis" à Propaganda, Massiva (a "Grande Pátria Desinformante") ...
ResponderExcluir(argento) ... depois de uma garrafa de bom vinho, ela dá! ...
ExcluirNada se esconde sob o liberalismo (sei você usou aspas), o problema da Pátria Desinformante é que ela esconde o liberalismo.
Excluir(argrento) ... complemento, Conduz, Direciona, USURPA ... é qualquer coisa, não é LIBERAL.
Excluir(argento) ... Impixe no tiozinho Barroso! - vale pra "priZidente", "guvernadô", "prefeitu", "veriadô", ... pra juiz muleque, também ...
ResponderExcluirComentário repetido e ampliado:
ExcluirEu não sou jurista, mas no Código Penal Brasileiro consta o seguinte:
Art. 299 (Falsidade Ideológica). - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
Se não estou enganado isso permite abrir um processo no Senado cassando o ilustre ministro.
PS. O Ministro omitiu informação que não poderim ser omitida, com a finalidade de criar obrigação ao Poder Legislativo. Se fazem isso com um dos poderes da República, imagine o que, alguns juízes, estão fazendo com os cidadãos