Eu já desisti de tentar entender o que não faz sentido.
Deu no Estadão
A economia brasileira encolheu 1,7% entre julho e setembro,
na terceira queda consecutiva ante o trimestre anterior. É a recessão mais
longa desde a década de 1990, quando o Produto Interno Bruto (PIB) caiu por
quarto trimestres seguidos. A queda também configura o pior resultado para um
terceiro trimestre desde o início da série história do IBGE, em 1996.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo foi
ainda maior: 4,5%. Em ambas as comparações, as quedas dos indicadores foram
generalizadas, sinalizando que a recessão econômica se aprofundou no País.
Além disso, os números do primeiro e do segundo trimestres
foram revisados ainda mais para baixo. De janeiro a março, a queda ante o mesmo
período de 2014 era de 1,6% e passou para 2%. Já de abril a junho, o recuo
havia sido de 2,6%, na mesma base de comparação, e agora foi calculado em 3%.
A produção industrial teve queda anual de 10,9% em setembro,
o maior neste tipo de comparação desde abril de 2009 (-14,1%). O Índice de
Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do
Produto Interno Bruto (PIB), registrou baixa de 1,41% no terceiro trimestre
deste ano em relação ao segundo, na série com ajuste do BC. Essa foi a quarta
queda seguida.
O desemprego subiu para 8,9% no terceiro trimestre de 2015,
segundo dados da Pnad Contínua. O País já tem 9 milhões de desocupados. O
IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, atingiu a marca de dois
dígitos (10,28%) no acumulado do ano até novembro, o maior patamar desde 2003.
O recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$
103,530 bilhões em outubro, uma queda real (já descontada a inflação) de 11,33%
na comparação com o mesmo mês de 2014. Foi o pior desempenho para meses de
outubro desde 2009 e o sexto mês consecutivo.
As vendas do comércio varejista registraram a oitava queda
seguida e caíram 0,5% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. No
ano, as vendas acumulam queda de 3,3%.
A inadimplência no mercado de crédito no País no segmento de
recursos livres subiu em outubro, alcançando o maior patamar em mais de dois
anos. No segmento, que conta com taxas de juros definidas livremente pelas
instituições financeiras, a inadimplência foi a 5%, ante 4,9% em setembro.
Após um rombo de US$ 3,076 bilhões em setembro, o déficit
das transações correntes somou US$ 4,166 bilhões em outubro.
A forte queda na arrecadação de tributos federais levou a
mais um déficit primário nas contas do governo central em outubro. No mês
passado, as contas do governo central, que reúne Tesouro Nacional, Previdência
Social e Banco Central, foram negativas em R$ 12,279 bilhões, o pior resultado
desde 1997, quando se iniciou a série histórica.
As contas públicas tiveram o maior rombo para outubro em 13
anos: o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e
estatais, com exceção da Petrobrás e Eletrobras) apresentou déficit primário de
R$ 11,530 bilhões no mês. Com o resultado, as contas do setor público acumulam
déficit primário de R$ 19,9 bilhões nos primeiros dez meses do ano de 2015, o
equivalente a 0,41% do PIB.
Os investimentos, chamados de Formação Bruta de Capital
Fixo, tiveram o nono trimestre consecutivo de recuo ante o período anterior
(-4%) e despencaram 15% na comparação com 2014 – a maior queda da série.
“Isso é muito. A queda vem acelerando, em parte pelo impacto
da Lava Jato, com várias empreiteiras paralisadas, e também em função da
redução dos investimentos da Petrobrás”, comenta a economista-chefe da
Rosenberg Associados, Thais Zara.
Segundo o IBGE, o recuo é justificado, principalmente, pela
queda das importações e da produção interna de bens de capital, além do
desempenho negativo da construção civil. As importações encolheram 20% entre e
julho e setembro ante 2014, também a maior queda da série histórica.
Já a atividade de serviços, que tem um grande peso no
cálculo do PIB, caiu 1% ante o segundo trimestre e 2,9% em relação ao mesmo
período do ano anterior.
Apesar do câmbio mais favorável, a indústria também encolheu:
1,3% ante o período anterior e 6,7% em relação a 2014. A agropecuária, que era
a esperança de um desempenho melhor entre julho e setembro, também recuou: 2,4%
e 2%, nas mesmas bases de comparação.
A queda da agropecuária veio maior do que o esperado pela
Tendências. A economista da consultoria, Amaryllis Romano, comentou que as
culturas de algodão, café e cana-de-açúcar foram as principais responsáveis
pelo recuo. Apesar da queda, Amaryllis avalia que o setor tende a fechar 2015
no positivo. “Para o ano, o resultado está adequado. Neste último trimestre,
temos de contar muito com a pecuária”, afirmou.
Influenciado pela deterioração dos indicadores de inflação,
juros, crédito, emprego e renda, o consumo das famílias recuou pelo terceiro
trimestre seguido em ambas as comparações. Ante o trimestre anterior, a queda
foi de 1,5%. Já na comparação com 2014, -4,5%.
Para Thais, da Rosenberg Associados, a principal mensagem
desse dado é que ele se traduzirá em impacto no mercado de trabalho, que ainda
não teve uma resposta tão forte como seria de se esperar com os números ruins
da atividade econômica. “A população ocupada ainda não caiu tanto e os salários
reais também não. Agora esse impacto deve ser sentido. Devemos superar 10% de
desemprego”, explica.
O consumo do governo foi o único item que apresentou alta
ante o trimestre anterior: 0,3%. Na comparação com 2014, no entanto, houve
queda de 0,4%.
Não se preocupe Ricardo, o presidente do STF já descobriu a origem do problema e já apresentou a solução. A culpa de tudo é alto custo das urnas, então ele vai abolir a prática de eleições no Brasil.
ResponderExcluir(argento) ... FATO: "Quanto mais despenca a economia mais o governo aumenta despesas" - onde o governo não cortou gastos, se já cortou gastos em Saúde e Educação?, só para citar os mais óbvios ... Onde falta cortar despesas e se recusa a fazê-lo?, aliás, o que deveria ter feito em primeiro lugar - não é um governo popular, isto é, do povo para o povo? (o quê falta entender?, é preciso desenhar?)
ResponderExcluir(argento) ... o quê a Economia prega não é o corte de salários e de pessoal? - por quê não vale para o guverno (estado)?
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