sábado, 28 de fevereiro de 2015

Mais um da famiglia: “Sobrinho” de Lula faz fortuna com obras em Cuba e na África

Isso é Taiguara Rodrigues
Da Veja

O personagem nesta página, com ar de Che Guevara playboy, se chama Taiguara Rodrigues dos Santos. É figura conhecida na rede de negócios de empresas brasileiras em Cuba, na África e na Europa. Até 2009, ele ganhava a vida em Santos, no litoral de São Paulo, onde se estabelecera como pequeno empresário, dono de 50% de uma firma especializada em fechar varandas de apartamentos. Taiguara tinha uma rotina compatível com seus rendimentos. Seu apartamento era um quarto e sala. Na garagem, um carro velho.

A partir de 2009 a vida dele começou a mudar para melhor - muito melhor. De pequeno empresário do ramo de fechamento de varandas, ele se reinventou como desbravador de fronteiras de negócios no exterior. Abriu duas empresas de engenharia e, em questão de meses, fechou negócios em Angola. O primeiro contrato no país africano destinava-se a construir casas pré-moldadas e tinha o valor de 1 milhão de dólares, conforme registro no Ministério das Relações Exteriores.

No segundo, de 750 000 dólares, comprometia-se a construir uma casa de alto padrão. Até aqui o que se tem é um empreendedor ambicioso que vislumbrou oportunidades de mudar de patamar vendendo seus serviços em países com os quais o governo Lula estabelecera inéditos laços de cooperação comercial. Mas a história de Taiguara é, digamos, bem mais complexa.

Conta o advogado Rafael Campos, representante da proprietária de um imóvel alugado por Taiguara: “Ele me falou que estava indo para a África no vácuo das grandes empreiteiras que expandiam negócios por aquele continente”. A vida além-mar, pelo jeito, ofereceu a Taiguara grandes dificuldades práticas. Tendo recebido o dinheiro, as obras não saíram. Seus clientes angolanos acionaram a Justiça brasileira em busca de reparação, o que combinou com um inferno astral em que ele teve dezenove títulos protestados e passou 25 cheques sem fundos.

Se 2009 foi de esperança, os anos seguintes, 2010 e 2011, foram de amargura com o fracasso na África, e Taiguara teve o desgosto adicional de ver seu nome no Serviço de Proteção ao Crédito. Mas… a maré mudou, e mais tarde Taiguara reemergiu em glória. Havia comprado uma cobertura dúplex de 255 metros quadrados em Santos, dirigia um Land Rover Discovery de 200 000 reais e tomou gosto por viagens pelas capitais do mundo, hospedando-se sempre em hotéis de alto luxo. VEJA perguntou a Taiguara como ele explica a reviravolta em sua vida empresarial. Não obteve resposta.

Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumam identificá-lo como “o sobrinho do Lula”. Em 2012, uma de suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola.

O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento para realizar esse projeto na África. Uma coincidência, certamente. Orgulhoso, Taiguara postou fotos das obras na hidrelétrica de Cambambe numa rede social. “E tome água! Vamos gerar energia!”, escreveu. A Odebrecht não quis informar o valor do contrato com a Exergia Brasil, que vigorou em 2012 e 2013. Em nota, disse que segue “padrões rigorosos de contratação de fornecedores, levando em conta sua capacidade técnica, financeira e de execução”.

O dia em que Lula, Dirceu e Thomas bastos quiseram acabar com o MST. Farsa?

Carlos Newton, da Tribuna da Internet

O comentarista Edson Almeida, sempre atento, fornece excelente contribuição ao debate sobre a conclamação de Lula em discurso na ABI, quando ameaçou o país dizendo que o líder João Pedro Stédile irá ocupar as ruas com o “exército” do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, para enfrentar protestos contra o governo federal.

Almeida nos enviou um interessante e instigante reportagem da Agência Folha, procedente da sucursal de Brasília e assinada pelos repórteres Léo Gerchmann, Luciana Constantino e Fernanda Krakovics, sob o título “Tensão Política – Governo evoca autoridade e ameaça punir os fora da Lei”.

No caso, os fora da lei eram os integrantes do chamado “exército” do MST. A reportagem foi publicada em 2003 com os seguintes subtítulos, bastante reveladores: “Planalto deflagra operação para reagir à declaração de Stédile, do MST” e “Governar é coisa séria, nós não estamos brincando, afirma Bastos”, com declarações do então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos.

Vale a pena ler de novo, porque recordar é viver:

GOVERNO EVOCA AUTORIDADE E AMEAÇA PUNIR OS “FORA DA LEI”
(Folha, 26 de julho de 2003)

O governo federal deflagrou ontem uma operação da qual participaram ministros e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do seu porta-voz, para reagir às declarações do coordenador nacional do MST João Pedro Stédile, que, em palestra a sem-terra, definiu o movimento como “um exército de 23 milhões de pessoas” que não podem “dormir enquanto não acabarem com eles [os latifundiários]”.

As reações mais incisivas partiram dos ministros José Dirceu (Casa Civil), que, em tom de ameaça, evocou a autoridade do governo, e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), que afirmou que a repressão aos movimentos sociais crescerá caso haja um aumento na incitação à violência.

Em Palmas, Dirceu disse: “Não violem a lei e a Constituição. Não façam isso. Não duvidem da autoridade do governo. Hipótese zero de o governo tolerar qualquer abuso. Hipótese zero também de o governo abusar de sua autoridade”. A afirmação, feita em debate de preparação do Plano Plurianual para o período 2004-2007, se referia tanto aos sem-terra quanto a protestos de servidores.

Em relação às declarações de Stédile, Dirceu se negou a fazer comentários diretos, mas afirmou: “Não existem radicalismos no país e temos de olhar com serenidade todas as situações”.

Ele disse que o Executivo tem de ser o mais sereno possível e que só é preciso pressa para o crescimento econômico. “Já estamos abaixando os juros, que irão cair cada vez mais. Quanto aos conflitos sociais e ao caso ocorrido recentemente com os sem-teto em São Paulo, já foram resolvidos tanto pelo governo federal quanto pelo estadual”, declarou.

“ABSURDAS”
Apesar de o presidente Lula ter afirmado, por meio de seu porta-voz, que não iria comentar as declarações de Stédile porque as considerou “absurdas” e porque não estariam confirmadas, Thomaz Bastos assumiu “a palavra do governo federal”.

“O presidente considera tão absurdas as frases atribuídas ao coordenador do MST que prefere aguardar uma eventual confirmação dessas frases por parte do coordenador antes de se pronunciar a respeito”, disse André Singer, porta-voz da Presidência.

Já o ministro da Justiça ameaçou: “Se o tom desse conflito [agrário] subir, a reação do governo subirá também. Não estamos brincando, é uma coisa séria governar”, afirmou.

“Os atos, fatos, ações que possam quebrar a legalidade serão reprimidos com severidade. Todas as decisões judiciais serão cumpridas rigorosamente”, disse ele em evento sobre segurança pública, promovido pelo governo federal, em Porto Alegre.

Segundo Thomaz Bastos, “essa não é a palavra do ministro da Justiça, é a palavra do governo do presidente Lula”. “Não permitiremos que essas palavras [de Stedile a respeito dos latifundiários] se transformem em ação”, complementou o ministro da Justiça.

“Presidimos um Estado de Direito que precisa ser mantido. Isso vale tanto para o MST quanto para os ruralistas.”

O ministro da Justiça aproveitou o clima tenso vivido no país em razão de conflitos sociais como um exemplo dos motivos que tornariam inoportuna uma eventual greve de juízes contra a reforma da Previdência. “É um exemplo prático do porquê não podem fazer greve”, afirmou ele.

“RESPEITO À LEGISLAÇÃO”
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, também rebateu as declarações de Stedile. Disse que as afirmações do coordenador nacional do MST “obviamente não guardam nenhuma concordância” com o que o governo defende.

“A reforma agrária será feita em um ambiente de absoluto respeito à legislação, em um ambiente de diálogo, de negociação e cooperação”, disse. “Estamos trabalhando fortemente para desestimular qualquer manifestação de violência no campo. Todos sabemos a diferença clara que existe entre o direito de expressão, de opinião, e o ambiente de violência, que é inaceitável.”

Outros dois ministros que saíram em defesa do “Estado de Direito” ao comentar as declarações de Stédile foram Tarso Genro (Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social) e Roberto Rodrigues (Agricultura).

Em Porto Alegre, Genro afirmou: “Toda declaração contra o Estado democrático de Direito, contra a estabilidade das instituições e contra a liberdade das pessoas não é aceita, não é estimulada e não é defendida pelo governo federal. Nossa visão é manter o Estado de Direito funcionando. Todas as pessoas têm o direito de fazer suas manifestações dentro da ordem democrática e respeitando os outros”.

Rodrigues, ruralista e defensor do direito dos fazendeiros de protegerem suas propriedades dentro da lei, considerou, em nota, “absurdo inconcebível” e “ameaçadora agressão ao Estado de Direito” as declarações.

Com o título “O campo produz paz”, a nota do ministro da Agricultura afirma que a ameaça contra “empresários rurais” revela desconhecimento em relação aos avanços obtidos pelo agronegócio – responsável por 27% do PIB (Produto Interno Bruto).

“Trata-se de um absurdo inconcebível, um equívoco brutal e uma ameaçadora agressão ao Estado de Direito e à democracia. Defender uma solução violenta para a questão agrária é não ter compromisso com o império da lei, com a democracia e com a paz”, declara Rodrigues na nota, escrita antes de o ministro viajar para a Bolívia.

As maiores produtoras de petróleo do mundo

1 – Saudi Aramco
2003: 9.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 12.7 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 28,28%
País: Arábia Saudita

2- Gazprom
2003: 9.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 8.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: -7,36%
País: Rússia

3- National Iranian Oil Company
2003: 4.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 6.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 24,48%
País: Irã

4- ExxonMobil
2003: 4.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 5.3 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 15.21%
País: Estados Unidos

5- Rosneft
2003: Não informa
2013: 4.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: --
País: Rússia

7- PetroChina
2003: 2.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 3.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 56%
País: China

9- Chevron
2003: 3.2 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 3.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 9,37%
País: Estados Unidos

10- Kuwait Petroleum Company
2003: 2.3 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 3.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 47,82%
País: Kuwait

11- BP
 2003: 3.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 3.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: -20,51%
País: Reino Unido

12- Total
2003: 2.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: -7,69%
País: França

13- Petrobras
2003: 1.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 66,66%
País: Brasil

14- Qatar Petroleum
2003: 1.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 71,42%
País: Qatar

15- ADNOC
 2003: 1.82 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 31.86%
País: Emirados Árabes

16- Lukoil
2003: 1.8 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.3 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 27,77%
País: Rússia

17- Iraqi Oil Ministry
2003: 1.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.22 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 37.5%
País: Iraque

18- Sonatrach
2003: 2.36 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.19 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: -7,20%
País: Argélia

19- PDVSA
2003: 1.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 31,25%
País: Venezuela

20- Statoil
 2003: 1.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
2013: 2 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
Variação: 25%
País: Noruega

‘Quando os intelequituaus do PT fala, aja de ajar Prasiu na veia!’

Marilena Chauí, Cândido Mendes, Fabio Konder Comparato, Franklin Martins, João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Luiz Pinguelli Rosa e Maria da Conceição Tavares. O que a simples lembrança desses nomes causa em vocês eu não sei, mas em mim, além do asco, dá uma sensação de ressaca com direito a vômito, tonteira e dor de cabeça, principalmente quando quem os anuncia os classifica como “intelectuais” e declara que os ditos cujos fizeram algo “em defesa da democracia”, quando se sabe que não há um entre eles que seja democrata.

O caso agora é que há uma semana essa turma e mais uma penca de congêneres divulgou um mais um manifesto, desta vez, segundo o site petralha “Revista Forum”, denunciando “a clara tentativa de golpe conta o governo e a Petrobras”.

Manifesto: O que está em jogo agora

A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.

Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.

Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados.

Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial.

Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.

O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.

20 de fevereiro de 2015

Alberto Passos Guimarães Filho, Aldo Arantes, Ana Maria Costa, Ana Tereza Pereira, Cândido Mendes, Carlos Medeiros, Carlos Moura, Claudius Ceccon, Celso Amorim, Celso Pinto de Melo, D. Demetrio Valentini, Emir Sader, Ennio Candotti, Fabio Konder Comparato, Franklin Martins, Jether Ramalho, José Noronha, Ivone Gebara, João Pedro Stédile, José Jofilly, José Luiz Fiori, José Paulo Sepúlveda Pertence, Ladislau Dowbor, Leonardo Boff, Ligia Bahia, Lucia Ribeiro, Luiz Alberto Gomez de Souza, Luiz Pinguelli Rosa, Magali do Nascimento Cunha, Marcelo Timotheo da Costa, Marco Antonio Raupp, Maria Clara Bingemer, Maria da Conceição Tavares, Maria Helena Arrochelas, Maria José Sousa dos Santos, Marilena Chauí, Marilene Correa, Otavio Alves Velho, Paulo José, Reinaldo Guimarães, Ricardo Bielschowsky, Roberto Amaral, Samuel Pinheiro Guimarães, Sergio Mascarenhas, Sergio Rezende, Silvio Tendler, Sonia Fleury, Waldir Pires.

Agora vejam: não bastasse defender a podridão administrativa e o aparelhamento petralha, esses mequetrefes ainda “acusam” que a estatal tem meio milhão de funcionários para produzir a merreca 2,5 milhões de barris de óleo e gás natural diários, o que dá 5 barris por funcionário ao dia, como se fosse a oitava maravilha do mundo - “a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas”, dizem eles. Talvez por ignorância ou má fé - ou ambas - eles omitem o fato que a Petrobras está nos últimos lugares em produtividade entre as petrolíferas. Para se ter uma ideia, a Saudi Aramco produz 12,7 milhões de barris diários com 56 mil empregados, o que dá 226 barris/dia por funcionário, simplesmente 45,2 vezes a produtividade da Petrossauro.

Demétrio Magnoli em seu excelente artigo “Voz do Brasil”, manda ver:

Os “intelectuais de esquerda”, móveis e utensílios do Planalto, escreveram o manifesto para, preventivamente, atribuir a mudança de rumo aos “conspiradores da mídia”. Por meio dessa trapaça, conciliam a fidelidade ao “governo popular” com seus discursos ideológicos anacrônicos. Ficam com o pirulito e a roupa limpa.
[...]

Franklin Martins, o verdadeiro autor do manifesto, cometeu um erro tático ao colocar seu nome entre os signatários. Ao fazê-lo, o ex-ministro descerra o diáfano véu de independência que cobriria a nudez do texto. O manifesto não é a “voz da sociedade”, nem mesmo de uma parte dela, mas a Voz do Brasil. Nasceu no Instituto Lula, como elemento de uma operação de limitação dos efeitos da Lava-Jato. Enquanto os “intelectuais de esquerda” assinavam uma folha de papel, Lula reunia-se com representantes do cartel das empreiteiras e Dilma preparava o “acordo de leniência” destinado a restaurar os laços de solidariedade entre as empresas e os políticos.

Se existe um doido no meio artístico esse cara é Roberto Carlos (mas não rasga dinheiro)

Ludwig II
“Desejo continuar sendo um eterno enigma para mim e para os outros.”
Ludwig II da Baviera, o Rei Louco

Apenas como curiosidade: eu não ia copiar e colar a matéria apócrifa do Globo, mas ao ler a primeira frase resolvi reproduzi-la, para deleite dos que me leem:

“Se depender de Roberto Carlos, a nova geração de estudantes de música vão ter uma dificuldade a mais para aprender a tocar suas canções.”

Quiuspariu! “... a nova geração (...) VÃO ter...”. E assim caminha a nossa imprensa, “a nível de” PT.

Mas voltando ao caso, Roberto pediu que fossem tiradas do site Cifra Club todas as letras que compôs sem parceiros. As Letras de “Esse cara sou eu”, “As curvas da estrada de Santos” e “Emoções”, já não estão mais no site. O motivo? Leia a declaração de Dody Sirena, empresário de Roberto:

“Algumas letras têm peso comercial, como ‘Esse Cara Sou Eu’. Não temos interesse em disponibilizá-la gratuitamente. Isso é um negócio, não é questão de censura.”

Vai ser mão-de-vaca assim em Cachoeiro de Itapemirim! O que há de errado em reproduzir a letra de uma música que é, digamos, verbalizada e já foi ouvida à exaustão? Não demora e ele vai querer proibir que eu, com lápis e papel, escreva o que ele canta! Quanto em dinheiro ele acha que perde tendo suas letras publicadas?

Aliás, malandro demais se atrapalha, já que é óbvio que quanto mais forem divulgadas as letras, mais interesse vai haver em ouvir a música, em comprar o CD.

Enfim, como o “rei” é cheio de piripaques e idiossincrasias, por enquanto ainda tem gente que o desculpa por atitudes que, se tomadas por outrem, seria indício de mau-caratismo, mas, até onde eu sei, transtornos obsessivos não modificam a índole de uma pessoa, portanto...

Tribuna hackeada?


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Há um certo “dejá vu” no ar... 1964?

O Clube Militar pisou nas tamancas com as declarações do Marighela de Caetés ameaçando botar na rua o exército de Stedile, no tal ato em defesa da Petrobrás e mandou uma nota de repúdio:

“O Brasil só tem um Exército: o de Caxias!

Ontem, nas ruas centrais do Rio de Janeiro, pudemos assistir o despreparo dos petistas com as lides democráticas. Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o “direito” da crítica aos atos de governo. Doeu aos militantes petistas, e os levou à reação física, ouvir os brados alheios de “Fora Dilma”.

Entretanto, o pior estava por vir! Ao discursar para suas hostes o ex-presidente Lula, referindo-se a essas manifestações, bradou irresponsáveis ameaças: “...também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas”. Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas.

O que há mais por trás disso?

Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?

Algum recado?

O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas.”

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais também não ficou atrás e mandou ver sobre a atuação da força de choque da PRF no cumprimento de determinação judicial de desobstrução de rodovias federais pelas manifestações dos profissionais da área de transportes.

“Ao policial não cabe contestar a lei ou as decisões judiciais. Sua missão constitucional é cumpri-las, sob pena de responder por crime de prevaricação, o que sua omissão, neste caso, poderia resultar em prisão e posterior demissão.

Há de se ressaltar primariamente que a missão fundamental de qualquer entidade sindical é apoiar a atuação legal de seus sindicalizados, razão pela qual manifestamos apoio aos colegas que tiveram de cumprir a ordem judicial.

Não obstante, enquanto cidadãos manifestamos solidariedade à justa causa dos profissionais de transportes que, assim como nós, lutamos por melhores condições trabalho e por um país melhor.

Lamentamos, outrossim, a rápida judicialização de movimentos classistas pelo governo (do qual inclusive nossa operação padrão foi vítima em 2012) e o tratamento diferenciado que movimentos “sociais” alinhados ideologicamente com o governo tem tido em situações semelhantes.”

Estou sentindo um dejá vu... Um clima meio familiar que eu já vivi antes de 31 de março de 1964, quando um outro celerado chamado Itagiba de Moura Brizola - que adotou o primeiro nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha -, em seus discursos, incitava favelados a invadirem as residências dos “riquinhos” da Zona Sul do Rio, fato que levou meu pai a comprar um revólver.

Só espero que hoje eu não seja obrigado a fazer o mesmo, mas se o for, não hesitarei.

A família Queiroz Galvão no SwissLeaks - dados de 2007


Candidato a ministro do STF, Presidente da OAB embolsou honorários irregularmente

Bom, o nome do cara é Furtado Coelho. Daí a furtar honorários deve ter sido só um pulinho de nada...

Época

Cada vez mais candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinícius Furtado Coelho, atuou para que um grupo de advogados do Piauí descolasse honorários superlativos - e, segundo a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, irregulares - num processo de R$ 400 milhões. Os R$ 400 milhões constituem uma dívida reconhecida pelo governo do Piauí a professores e merendeiras da rede pública do ensino, como forma de compensação por algo básico que eles não tiveram durante um período da década de 1990: ganhar um salário mínimo.

São 11.401 beneficiários que, ao contrário dos advogados, não ficarão milionários com o pagamento da dívida. A média de pagamento, para os sindicalizados, é de pouco mais de R$ 30 mil - alguns beneficiários vão levar anos até receber o dinheiro. ÉPOCA teve acesso à decisão de um processo sigiloso do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, que considerou irregular a manobra para o pagamento dos honorários advocatícios. Marcus Vinícius nem sequer foi advogado no processo pelo qual ele ganhou os honorários. Foi, na verdade, advogado dos advogados.

A disputa envolve o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí e sucessivas decisões judiciais, contra e a favor dos advogados. Tudo começou em 2006, quando os advogados Luciano Paes e Robertônio Pessoa entraram na Justiça para receber seus honorários pelo caso. Acontece que, na hora de entrar com o pedido no Tribunal de Justiça, os advogados não advogaram em causa própria. Preferiram contratar Marcus Vinícius Furtado Coelho. E foi assim que o atual presidente da OAB entrou no processo, mesmo sem ser advogado do sindicato.

Inconformada, uma das sindicalizadas, uma professora aposentada, recorreu ao CNJ em março de 2013. Os honorários já estavam sendo pagos. Em parecer de novembro de 2013 apresentado à Justiça do Piauí, o Ministério Público foi contrário aos pagamentos milionários. O MP falou em “prejuízos irreparáveis”. “O quantum de 27% sobre o valor da condenação apresenta-se fora dos preceitos da lei e da ética, por cobrar valores abusivos e ilegais. A cobrança de honorários advocatícios deve atender aos princípios norteadores da atividade advocatícia e ao respeito aos clientes. A lei protege expressamente o direito do advogado, mas também protege o patrocinado”, afirmaram os promotores.

Em agosto do ano passado, o ministro Francisco Falcão, então corregedor do Conselho Nacional de Justiça, viu problemas semelhantes aos apontados pelo MP do Piauí. E elencou quatro irregularidades nos pagamentos dos honorários dos advogados, determinando a suspensão dos repasses.

Até aquele momento, segundo Falcão, os advogados já tinham recebido R$ 6 milhões. ÉPOCA descobriu que, entre março e julho de 2013, o governo do Piauí pagou R$ 3.698.377,98 aos advogados. Desse montante, a conta no Banco do Brasil do escritório Furtado Coelho, pertencente a Marcus Vinícius, recebeu R$ 407.802,60. Os advogados receberam seis parcelar dos precatórios até a decisão da corregedoria do CNJ. No total, os valores seriam pagos em 144 meses.

Pagamentos aos advogados

Na decisão, o corregedor do CNJ afirmou que os honorários não poderiam ter sido calculados e bancados com os R$ 400 milhões. “A cobrança de honorários contratuais, independente do percentual aplicado, afronta à própria natureza dos sindicatos”, disse Falcão. Se o dinheiro fosse pago pelo sindicato, e não pelos sindicalizados, os honorários advocatícios sofreriam uma enorme redução. Isso porque o sindicato recebe apenas 1% do total - ou R$ 4 milhões. Com os sindicalizados pagando, os advogados recebem 27% dos precatórios (R$ 108 milhões) ao longo dos anos.

Francisco Falcão também pôs em dúvida a legitimidade da assembleia do sindicato que decidiu sobre os honorários.  “O desconto de 27% a título de honorários foi autorizado em assembleia convocada para tratar de assuntos de forma genérica, e pouco ou quase nada representativa, do qual participaram apenas 283 sindicalizados, do total de 25 mil profissionais de educação”, disse.

No CNJ,  a questão não se resume aos pagamentos. Cabe ao Conselho também apurar a conduta de magistrados. O ministro Francisco Falcão levantou suspeitas sobre o desembargador Luiz Gonzaga Brandão, do Tribunal de Justiça do Piauí, autor das ordens de pagamento aos advogados. Falcão determinou que uma correição fosse feita na área de precatórios do tribunal, em que a dívida de R$ 400 milhões foi tratada. Na prática, Brandão descumpriu uma ordem anterior da Justiça, que havia determinado que, até que fosse resolvido o impasse com os honorários, os valores deveriam ser reservados numa conta judicial. Brandão, contudo, determinou, numa decisão administrativa, que os depósitos fossem feitos nas contas dos advogados - incluindo Marcus Vinícius. “Descumprindo ordem judicial, determinou a liberação dos honorários reservados em favor dos advogados beneficiários”, escreveu o ministro na decisão.

Além dessa irregularidade, a decisão do CNJ apontou ainda que Brandão nem sequer poderia ter atuado na liberação dos precatórios. O motivo é simples. O desembargador se declarou suspeito para julgar o processo, mas não se viu impedido de determinar administrativamente os pagamentos aos honorários. Brandão admitiu ao CNJ ser amigo do pai de um dos advogados, embora tenha dito que isso não fez diferença na hora de determinar os pagamentos milionários. “Afora a atuação atípica do desembargador Brandão, pesa ainda sobre o magistrado a suspeição declarada na fase judicial, afastada na fase administrativa”, disse Falcão.

Em nota, o presidente da OAB afirmou que foi contratado para defender os advogados que atuaram em nome do sindicato, mas que não haviam recebido honorários. “O escritório Furtado Coêlho Advogados Associados foi contratado pelos advogados em 2005 para entrar com uma ação na Justiça para receber os honorários a que tinham direito. Em 2007, o Tribunal de Justiça do Piauí determinou este pagamento. Em acordo firmado em 2010 com o sindicato, os advogados abriram mão de receber os honorários sobre os pagamentos futuros dos professores, restringindo o pagamento aos atrasados.”

Perguntado sobre quanto recebeu, Furtado Coelho não falou em cifras. “Os honorários do escritório Furtado Coêlho Advogados Associados equivalem a 2,43% do total a ser recebido pelos advogados. É importante ressaltar que este percentual não aumentou em nada o total dos honorários pagos aos advogados”. Marcus Vinícius, portanto, ainda teria que receber cerca de R$ 2,2 milhões em honorários.

O presidente da OAB minimizou a decisão da corregedoria do CNJ. “O Conselho Nacional de Justiça não tomou nenhuma decisão sobre este caso. O que houve foi uma determinação individual e isolada do corregedor, mas que não foi levada a plenário. De acordo com o regimento do CNJ, artigo 99, qualquer decisão individual do relator (neste caso o corregedor), 'será submetida a referendo do Plenário na primeira sessão ordinária seguinte', o que não ocorreu”, disse em nota.

Segundo Geovane Machado, assessor jurídico do sindicato, a assembleia questionada pelo CNJ foi uma maneira de agilizar os pagamentos dos precatórios. “Houve essa celeuma toda e na assembleia foi dado aval para o sindicato negociar o pagamento dos honorários no recebimento do precatório, em 27%”, disse. “Marcus Vinícius é advogado dos ex-advogados. Ele teve um percentual em cima dos honorários dos advogados, é um honorário contratual entre advogados”, completou. Geovane Machado disse ainda que os advogados atuaram em favor dos professores, para que os valores depositados fossem isentos de imposto de renda. O desembargador Luiz Gonzaga Brandão não respondeu as perguntas enviadas à assessoria de imprensa do tribunal.

Em relação à matéria publicada, Marcus Vinicius Furtado Coêlho esclarece que:

O escritório Furtado Coelho Advogados Associados não recebeu honorários indevidamente. O pagamento de honorários dos advogados é atrelado ao recebimento dos precatórios dos profissionais de educação. Ou seja, os advogados só recebem à medida que estes profissionais recebem.

Fundo do poço: R$ 1,5 milhão do nosso dinheiro para produzir filme sobre Zé Dirceu

A Tangerina Filmes, produtora da cineasta Tata Amaral, poderá captar, por meio da Lei Rouanet, 1,5 milhão de reais, em renúncia fiscal, para produzir um filme sobre José Dirceu. No documentário O Vilão da República, em fase inicial de produção, Tata - que assina trabalhos como Antônia e Hoje - diz querer refazer a trajetória de Dirceu, da Casa Civil à condenação por corrupção ativa e formação de quadrilha.

Em entrevista por e-mail, a diretora preferiu se ater “às respostas relativas ao filme e não ao fato”. Quando questionada sobre o que pensa do mensalão, o maior escândalo de corrupção política do país, e sobre a tese de Dirceu, que insiste em se apresentar como vítima de um julgamento político, ela preferiu não se manifestar.

O documentário vai abordar desde o período em que Dirceu foi ministro-chefe da Casa Civil até o final do julgamento do mensalão - no qual ele foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão. “A ideia é acompanhar a intimidade deste personagem controverso num momento importante de sua vida. Acho que o filme pode ficar interessante e, do ponto de vista criativo, é um enorme desafio”, diz Tata.

A cineasta pretende viajar para os EUA, Cuba e Venezuela para ouvir uma “lista grande de pessoas”, mas diz que não fará um filme de entrevistas, jornalístico. “É mesmo um documentário de observação. Acho que, no Brasil, não temos a tradição de tematizar acontecimentos no calor do momento. Este será mais um desafio do filme: trabalhar com o atual, o contemporâneo, o “'hoje”, afirma.

De algumas entrevistas preliminares, Tata já conta com quase vinte horas de material. “Tenho acompanhado José Dirceu, sim. É muito interessante partilhar do cotidiano de uma pessoa num momento tão decisivo de sua vida”, diz.

Vergonha! É o tráfico é que não deixa explodir caixas no Rio

Do Claudio Humberto:
A explosão de caixas eletrônicos, cada vez mais comum no País, e particularmente grave em São Paulo, não é sequer um problema para a polícia do Rio de Janeiro. A Febraban, federação dos bancos, trabalha com a informação de inteligência segundo a qual os bandidos não explodem caixas no Rio porque são impedidos pelos chefes do tráfico de drogas, e não pela ação das forças de segurança pública do Estado.

No Rio, são conhecidos acordos “históricos” entre governos e traficantes estabelecendo áreas de “atuação” desses bandidos.

Em São Paulo, o pacote de medidas contra explosão de caixas inclui a inutilização de cédulas, por incineração ou tinta, e emissão de fumaça.


A Febraban pretende que a fabricação de dinamite seja proibida. Bobagem: o Brasil também não fabrica os fuzis usados pelos bandidos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Falar de (des)penteado é racismo desde quando?

Uma aluna do curso de Design de Moda da PUC-Rio publicou no Facebook um texto no qual relata seu constrangimento ao ouvir comentários considerados racistas feitos por duas professoras em sala de aula. Ela também registrou queixa na 12ª DP (Copacabana). Segundo Gabriela Monteiro, de 26 anos, as duas docentes fizeram piadas e comentários sobre cabelo afro diante dela e toda a turma repetidas vezes.

Aluna do 8º período da graduação e única negra da turma, Gabriela descreveu três situações. As duas primeiras dizem respeito a histórias contadas por uma professora diante de toda a turma. A docente teria relatado um episódio em que foi ao cinema e sentou-se atrás de uma mulher com cabelo afro. Conforme escreveu a estudante, a docente contou que a pessoa “era inconveniente por ir ao cinema com seu cabelo em sua forma natural, pois ao sentar na poltrona em sua frente, o cabelo da mulher era um empecilho para visualizar a tela”. Semanas depois, a mesma professora teria voltado a contar, também diante da turma, que havia vivenciado outra situação do tipo, fato que a teria forçado mudar de lugar na sala de cinema. Conforme o relato de Gabriela, ela contava a história se voltando para ela.

A terceira situação, considerada “mais maldosa” por Gabriela, envolve a outra professora: “Havia chegado em sala de aula com meus cabelos soltos, e a professora estava dando orientação para uma aluna, parou o que estava fazendo, e me fez a seguinte pergunta: ‘Qual seu signo, Leão?’”, escreveu Gabriela, afirmando ter ficado chocada e sem reação.

Bom, uma pessoa que é aluna de um curso de Design de Moda, profissão que lida quase exclusivamente com a estética, deveria estar familiarizada com esse tipo de abordagem, que não tem absolutamente nada a ver com racismo - pelo menos as citadas por Gabriela. Quero crer que tampouco caiba uma acusação por injúria, como andaram aventando.

Existe um negócio que se chama simancol, no popular, e educação, no erudito. Uma pessoa que usa um (des)penteado desse tipo deve ter pelo menos o cuidado de não incomodar ninguém. É a mesma coisa que uma pessoa que esteja em algum lugar aberto onde se assiste algo, abrir um guarda-chuva na sua frente quando começa a chover.

Talvez até tenha faltado um pouco de simancol à professora ao abordar o fato, já que a crítica era ao penteado de Gabriela - não ao seu cabelo e muito menos à sua “raça” - e ninguém gosta de receber críticas ao seu gosto, mesmo que indiretas. Mas, de maneira nenhuma isso é caso de polícia e muito menos racismo.

Quanto à outra que perguntou se Gabriela era do signo de Leão, o fato é mais irrelevante ainda, embora a aluna a tenha considerado mais grave que os outros. O que tem um leão a ver com racismo? Em que uma piada dessas pode ofender alguém?

E cá para nós, Gabriela é bonita, mas ô (des)penteado horroroso!

Na Inglaterra, ministro que mente pro guarda perde o cargo. Já aqui...

Texto que anda pelaí.

Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi pego por um radar dirigindo em alta velocidade. Para não perder a carteira, pois na Inglaterra é feio uma autoridade infringir a Lei, a mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.

O tempo passou, o deputado vira ministro da Energia, o casamento acaba e Vicky decide se vingar contando a história para imprensa.

Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a se demitir primeiro do ministério e depois do Parlamento.

Acabou a história? Não. Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça sendo assim, o casal envolvido na fraude do radar foi sentenciado em 8 meses de cadeia para cada um. E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 350 mil reais.

Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa. Segurança nacional? Nem pensar, infrator é infrator. Foro privilegiado porque é político? Nadica de nada!

E o que disse o primeiro-ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro: “É uma conspiração da mídia conservadora para denigrir a imagem do meu governo?”

Certo? Não, errado! David Cameron, o Primeiro Ministro, disse: “É para todo mundo ficar sabendo que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei”.

Estes ingleses são um bando de botocudos. Só mesmo nesses paizinhos capitalistas europeus um ministro perde o cargo por mentir para um guarda de trânsito. Porque aqui sim, neste maravilhoso paraíso chamado Brasil, a primeira lei que um guarda de trânsito aprende é “saber com quem está falando”.

Um excelente retrato de FHC feito por Percival Puggina

Percival Puggina: FHC e a síndrome do petismo delirante

Fernando Henrique, me desculpe, mas você pediu por isso. Você pediu que Dilma olhe para si mesma, para a decepção e o descrédito a que levou o país, e afirme que a culpa é sua. Que é lá de 1996. Você criou facilidades para que uma pessoa incompetente, incongruente e estabanada como ela o escolha para bode expiatório de seu encalacrado governo. Você, por infinita omissão, permitiu que a imprensa nacional trate algo tão sem cabimento com chamada para o noticiário da noite e foto de capa nos jornais.

Há muitos anos o PT o designou para a função de renegado. Você, Fernando Henrique, atravessou muita avenida de braços dados com Lula. Você era ponta esquerda do “campo democrático e popular”. Você integrava a ala do PMDB que desembarcou do governo Sarney porque este estaria muito à direita, para fundar o PSDB como partido de esquerda. Você, Fernando Henrique, nunca se afastou da esquerda como deveria. Ela é que o renegou. E você continuou sorrindo para Lula.

Durante os oito anos em que você governou o Brasil, o PT assassinou sua reputação e você a deixou ficar ali, gelada, numa gaveta de necrotério. Durante oito anos você levou cuidadosamente para casa ofensas que em Santana do Livramento se resolvem com um soco no nariz. Você, Fernando Henrique, se deixou desrespeitar. Você não mexeu um dedo para processar Lula e seus sequazes por injúria, calúnia e difamação nem mesmo quando chegaram ao poder e de nada o acusaram, apesar de terem assumido o comando de todos os órgãos governamentais de investigação, recebido as chaves de todas as gavetas, as senhas de todos os arquivos e tido livre acesso a todos os contratos.

Como resultado, a mídia petralha continuou a fustigá-lo. Você virou uma síndrome do petismo. Ele julga redimir-se de todos os pecados apenas com se afirmar, à exaustão, melhor do que FHC e PSDB. Sou testemunha ocular desse delírio. Em muito microfone já denunciei tal prática como vigarice intelectual. Há mais de uma década, boa parte dos âncoras e entrevistadores da imprensa brasileira cobra pedágio de quem risca o chão demarcando o atoleiro petista. Eu não pago! Mas qualquer um que critique os governos do PT é incitado a fazer o mesmo com os governos tucanos. E se o entrevistado não o faz, o entrevistador assume a tarefa por conta própria. Compromisso com a justiça? Não! Orientação partidária, da empresa de comunicação, ou intimidação causada pelo cotidiano patrulhamento petista em síndrome de triunfalismo, mesmo quando afundado na própria infâmia.

Portanto, Fernando Henrique, quando Dilma destravou a língua para culpá-lo pela sinecura organizada pelo PT e quadrilheiros da base, ela reproduziu o que os estrelados de seu partido se acostumaram a fazer por falta de quem desse um murro na mesa e um basta a esse desrespeito.

Dilma sempre escondeu...

Só para confirmar: vídeo do apedeuta ameaçando o País com o exército do MST


Destaque para a elite engajada (Hildegard Angel) registrando em seu celular o momento histórico em que Lula nos ameaça com uma guerra civil, enquanto Barretão e Lucy, embevecidos, apenas admiram o Barba.

Já há 14 pedidos de impeachment protocolados contra Dilma

Carlos Newton, da Tribuna da Internet

Já são 14 os pedidos de impeachment já apresentados contra Dilma, protocolados na Câmara dos Deputados. Cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, decidir se abre ou não os processos. Se não abrir, há recurso para o plenário.

Rock do Impeachment


Quaquá, presidente do PT do Rio confirma Lula e defende guerra civil

Logo depois de Lula ameaçar o País com o “exército do MST”, o presidente do PT fluminense, Washington Quaquá - que também é prefeito de Maricá -, macaqueou o apedeuta defendendo publicamente “a porrada” em seu perfil no Facebook.

Quaquá, que tem a ficha mais suja que pau de galinheiro, é puxa-saco militante de Lula, tanto que nomeou Lurian Lula da Silva, a filha do apedeuta para trabalhar na Maricá Já, empresa de comunicação e eventos de Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ) e de sua mulher, Rosângela Zeidan em abril passado. Ah, e Marcelo Sereno, ex-braço direito de José Dirceu na Casa Civil, foi, durante anos, secretário de Quaquá.

O que dizer mais?...

Apesar de vídeo mostrar mulher executando comparsa, juíza manda soltá-la por ausência de periculosidade


“Ante a ausência de fato concreto nesse sentido e de periculosidade das agentes, o que resta corroborado pela primariedade das flagranteadas e pela baixa quantidade de droga apreendida”, justificou Andrea Jane da Silva ao conceder liberdade provisória sem fiança.

Mais uma do fundo do poço. Como é que depois de um vídeo desses e das demais evidências, uma juíza pode considerar que há “ausência de fato concreto nesse sentido e de periculosidade das agentes”?

A meritíssima tinha mais é que estar na cadeia, junto com a “Loura”. Aliás, "flagranteadas" é o cacete! Nem escrever sabe!

Do G1
Mesmo sendo considerada de alta periculosidade pela polícia, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) revogou a prisão preventiva e concedeu liberdade provisória a Luciana Pereira da Silva, de 35 anos, neste domingo (22). “Loira”, como ficou conhecida pela polícia, é suspeita de integrar um grupo criminoso especializado em assaltos e latrocínios. Em julho do ano passado, ela aparece em um vídeo executando um dos comparsas da quadrilha na Zona Rural de Manaus. Apesar da decisão, a Secretaria de Justiça do Amazonas (Sejus-AM) informou que a acusada permanece presa.

No domingo (22), a juíza titular da 5ª Vara Criminal, Andrea Jane Silva de Medeiros, que estava no plantão criminal, analisou um dos processos de homicídio simples que Luciana Pereira responde no judiciário. A ação trata também dos crimes de associação para a produção e tráfico de drogas, além de condutas afins.

Na decisão, a magistrada disse que consta nos autos prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria com base forte no relato das testemunhas. Entretanto, de acordo com a juíza não haveria evidências de periculum libertatis - termo jurídico que indica quando a liberdade do acusado oferece perigo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Perguntar não ofende

1) Será que Lula veio ao Rio ontem a bordo de um dos jatinhos das empreiteiras envolvidas no Lava-Jato que costuma usar?

2) Será que Hildegard Angel, Lucy e Luiz Carlos Barreto - que deram uma de papagaios de pirata do Lula ontem no tal ato “Em defesa da Petrobras” na ABI - ficaram ofendidos quando o apedeuta desancou a “elite?

Photoshopada do dia


O fundo do poço: Lula convoca “exército do MST” para brigar na rua contra o País

A começar pela pancadaria na rua entre militantes do PT e manifestantes que pediam “fora Dilma”, o ato intitulado “Em defesa da Petrobras”, na Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio, foi o que se esperava: uma reunião de canalhas.

Em seu discurso de cerca de 30 minutos, Lula, que chegou depois da briga, disse “grandes novidades”: opositores e imprensa tentam criminalizar o PT. Leiam alguns trechos:

“O que estamos vendo é a criminalização da ascensão de uma classe social nesse país. As pessoas subiram um degrau e isso incomoda a elite.”

“Nossa querida Dilma tem que levantar a cabeça e dizer: eu ganhei as eleições. E governar o país. Não pode ficar dando trela senão ficamos paralisados. Nós ganhamos a eleição e parecemos envergonhados. Eles perderam e andam por aí, pomposos.”

“Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso. Defender a Petrobras é defender a democracia e defender a democracia é defender a continuidade do desenvolvimento social nesse país. Quero paz e democracia, mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas.


Ou seja, o cara perdeu tudo e agora quer guerra. E isso é uma ameaça séria, inconcebível de ser dita por alguém que ainda tem ascendência sobre o povo. Enfim, se ele quer porrada, pelo que eu vejo da disposição de quem já não aguenta mais esse caos, vai ter!

Mas não foi só o apedeuta que vomitou besteiras. Antes do discurso de Lula, o ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, que foi candidato a deputado federal pelo PT, fez duras criticas à condução dos processos da Operação Lava-jato pelo juiz Sergio Moro e os procuradores envolvidos. Ele afimou que as delações premiadas eram fruto de “chantagem”, obtidas a partir de tortura psicológica dos presos, que teriam direitos constitucionais desrespeitados. Ele afirmou que se Moro e os procuradores descrevessem esses métodos em um exame da OAB não seriam aprovados.

Finalizando, a fina flor da canalhocracia também bolçou de montão e, é claro, também sobrou pro FHC:

“Nós ganhamos as eleicões nas ruas e agora eles nos derrotaram no Congresso e na mídia. Só temos uma forma de derrotá-los, que é indo para as ruas. Agora que quero mandar um recado para esse aí, que é o maior lider popular do país. Lula, esquece o instituto. Venha para as ruas. O povo brasileiro está pedindo que você recupere o velho Lula. Venha fazer as caravanas, venha para as ruas.”
João Pedro Stédile, líder do MST, convocando os movimentos sociais para uma série de manifestações no próximo dia 13 de março em defesa da Petrobras.

“Por trás disso há um interesse fundamentalmente do mercado internacional de privatizar a Petrobras, tomá-la do povo brasileiro. Não queremos parar CPI, só achamos que tem que ter investigação sobre tudo no Brasil. E não temos dúvida de que a malversação da Petrobras começou no governo antecessor de Lula, de Fernando Henrique Cardoso.”
Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

É mole ou querem mais? Juiz federal flagrado dirigindo Porsche apreendido de Eike

O juiz federal Flávio Roberto de Souza foi flagrado pelo EXTRA, na manhã desta terça-feira, ao volante do Porsche Cayenne branco do empresário Eike Batista. O magistrado chegou com o veículo à sede da 3ª Vara Criminal Federal, no Centro do Rio, às 10h22m, e entrou por um portão lateral da sede da Justiça Federal, na Avenida Barão de Tefé. O Porsche foi um dos apreendidos pela Polícia Federal por ordem do próprio magistrado: ele determinou a apreensão de todos os bens do ex-bilionário no Brasil.

O EXTRA fez plantão na porta da 3ª Vara Federal Criminal, na Avenida Venezuela, após ser avisado de que o juiz estaria usando o veículo.
Procurado por telefone após o flagrante, o juiz não explicou o motivo de estar dirigindo o carro apreendido.

- A ligação está ruim. Não estou te ouvindo - disse.

Logo após, completou:

- Agora estou ouvindo, mas não posso falar pois estou numa reunião.

À revista Veja, o juiz se defendeu e alegou que não havia vagas no pátio da Justiça Federal para todos os carros apreendidos de Eike. Ele disse que levou os dois veículos mais caros (o Porsche e uma Hillux) para a garagem do próprio prédio, e teria comunicado ao Detran. Nesta terça-feira, de acordo com o juiz, os carros seriam levados de volta para o pátio, onde ficariam expostos antes do leilão desta quinta-feira. Segundo o magistrado, a Hilux que o motorista da Vara Federal dirigia deu problema e teve de ser rebocada. O motorista era quem pegaria o Porsche depois para levar à Justiça Federal. Então ele, se dispôs a levar.

O Porsche, no entanto, não vai a leilão nesta quinta-feira.

Fique sabendo como ser politicamente correto com lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais através do seu “Manual de Comunicação LGBT”, adotado pelo Ministério da Saúde

Ao ler o formulário de inscrição para o curso do Ministério da Saúde, “Formação de novas lideranças das populações-chaves visando o controle social do SUS no âmbito do HIV/Aids”, dei com perguntas que diziam estar “De acordo com o Manual de Comunicação LGBT da ABGLT” e fui ver que raio de manual era esse e descobri mais uma vez o fundo do poço: agora nós vamos ter que consultar o manual antes de nos dirigirmos ou nos referirmos a esse pessoal. Só faltou sermos obrigados a chamá-los de Vossas Excelências. Por exemplo:

Em vez de “aidético”, temos que dizer “portador do vírus da Aids”;
Em vez de “homossexualismo”, “homossexualidade”;
Em vez de “opção sexual”, “orientação sexual”;
Em vez de “o travesti”, “a travesti”;
Em vez de “sapatão”, “lésbica”;
Em vez de “veado” (pra mim é “viado”), “gay”;
Em vez de “gilete”, “bissexual”;
Em vez de “Parada Gay”, “Parada LGBT”.

E por aí afora, porque o politicamente correto não tem limites e, em se tratando dessa gente que tem a petulância de se considerar acima dos cidadãos normais e das leis, a coisa vai longe, ainda mais contando com o apoio de um governo de imorais degenerados que abriga o que há de mais podre que uma sociedade pode apresentar.

A introdução do “Manual de Comunicação LGBT da ABGLT” vai abaixo. Quem quiser ler o absurdo todo - 48 páginas - clique aqui.

Há alguns anos, as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) vem ganhando espaço na mídia brasileira. Quase diariamente são publicadas reportagens que tratam, direta ou indiretamente, de orientações sexuais e identidades de gênero nas mais diferentes editorias. Fatos como a realização da I Conferência Brasileira LGBT, convocada pela Presidência da República, em 2008, incentivam o aumento do volume de informação produzida.

No entanto, nem sempre as abordagens da mídia são politicamente corretas. É comum deparar-se com a utilização de termos, formas de tratamento e expressões que reforçam preconceitos, estigma e discriminação.

Por isso, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids (UNAIDS) incentivou a publicação deste Manual de Comunicação LGBT, realizado no âmbito do Projeto Aliadas, da ABGLT. Nele, profissionais, estudantes e professores de comunicação encontrarão informações sobre as expressões técnicas de redação sobre temas relacionados a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

O Manual embasou-se em resoluções aprovadas no I Congresso da ABGLT e na I Conferencia Nacional LGBT. Todos os textos foram elaborados com base na relação já existente do movimento com a mídia e na realidade das redações, agências e outros espaços que, de alguma forma, geram mensagens para e/ou sobre o público LGBT.

Mudança de padrões culturais da sociedade requer o respeito dos profissionais em comunicação com crianças, adolescentes, jovens, idosos, mulheres, negros, índios, pessoas portadoras de deficiências e LGBTs.

O artigo 5º da Constituição Federal estabelece que todos os cidadãos e cidadãs devem receber o mesmo tratamento e que a Dignidade Humana é um bem imensurável e deve ser protegido pelo Estado e garantido pela Sociedade.

Esse Manual, além de explicar didaticamente a terminologia correta a ser usada para falar sobre homossexualidades, lesbianidades, bissexualidades, travestilidades e transexualidades, serve ainda para que profissionais de comunicação não corram o risco de sofrer ações de danos morais e cometer crimes de injúria, calúnia ou difamação.

Os profissionais de comunicação formam, diariamente, a opinião pública de milhões de brasileiros e brasileiras, quer seja no jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo, web-jornalismo, propagandas em outdoors, revistas, mídia, além dos programas de entretenimento, lazer ou culturais de rádio e televisão.

O uso de expressões como “moleques”, “velhos”, “lugar de mulher é na cozinha”, “negro safado”, “programa de índio”, “ceguinho”, “aleijadinho”, “aidético”, “homossexualismo”, “opção sexual”, “o travesti”, “sapatão”, “veado”, “gilete”, além de errado, pode ser ilegal e/ou prejudicar a honra e dignidade de milhões de pessoas e seus familiares.

Ao substituir as expressões “moleques” por “crianças ou adolescentes”, “lugar de mulher é na cozinha” por “mulheres têm o direito de ser independentes”, “negro safado” por “negro que dá orgulho ao Brasil”, “programa de índio” por “índios que povoavam o Brasil antes de nós”, “ceguinho” por “deficiente visual”, “aleijadinho” por “portador de deficiência física”, “aidético” por “portador do vírus da Aids”, “homossexualismo” por “homossexualidade”, “opção sexual” por “orientação sexual”, “o travesti” por “a travesti”, “sapatão” por “lésbica”, “veado” por “gay”, “gilete” por “bissexual”, entre outros termos, os profissionais de comunicação estão colocando sua responsabilidade social e seu profissionalismo acima dos preconceitos sociais.



Além de tudo, esses caras ainda se metem na seara alheia, querendo substituir expressões de uso consagrado por outras que não têm, nem de longe, o mesmo significado:

“Moleques” não é a mesma coisa que “crianças ou adolescentes”;
“Lugar de mulher é na cozinha” não é a mesma coisa que “mulheres têm o direito de ser independentes”;
“Negro safado” não é a mesma coisa que “negro que dá orgulho ao Brasil”;
“Programa de índio” não é a mesma coisa que “índios que povoavam o Brasil antes de nós”;
“Ceguinho” não é a mesma coisa que “deficiente visual” (é mais específico);
“Aleijadinho” não é a mesma coisa que “portador de deficiência física” (é mais específico).