quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Nem ladrão quer mais bolívares

Segundo o G1, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 3.910.000 bolívares (moeda da Venezuela), o equivalente a cerca de R$ 2,4 milhões na rodovia Régis Bittencourt, na altura de Barra do Turvo, no interior de São Paulo, na noite de terça-feira. Policiais abordaram um veículo suspeito próximo ao km 525 da rodovia, com motorista e passageiro. Durante vistoria, os policiais encontraram três malas de viagem com milhares de notas de 100 e 50 bolívares.

É inacreditável que o G1 - ou a PRF - tenham dado ao bolívar a cotação oficial de 6,3 por um dólar, congelada há mais de um ano por Maduro. Nas minhas contas, 3.910.000 bolívares dão exatamente a merreca de US$ 5.585,71 ou R$ 22.342,75, que sejam 700 (isso mesmo, setecentos) bolívares por um dólar. Isso, por baixo!

Um fato curioso ilustra bem a mentira da cotação oficial de Maduro. Há pouco tempo, Pedro Venero, um engenheiro, sofreu um sequestro relâmpago em Caracas. Ele esperava que os criminosos o levassem até seu banco para sacar uma grana preta em bolívares, mas os criminosos, armados com fuzis e uma granada, e certos de que ele tinha uma soma de dólares em casa, não quiseram saber dos bolívares no banco, sendo que um deles disse: “Não se preocupe com isso. Esqueça o banco”

Na Venezuela, um ingresso de cinema custa cerca de 380 bolívares. Pela taxa do governo, são US$ 60. Pelo paralelo, apenas US$ 0,54. Quer assistir ao filme com uma pipoca grande e refrigerante? Dependendo de como se calcula, pode ser US$ 1,15 ou US$ 128. O salário mínimo é de 7.421 bolívares por mês. Isso pode ser tanto decentes US$ 1.178 por mês ou míseros US$ 10,60.

É mole?

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