Luciana Lóssio |
Felipe Moura Brasil
É escancarado. É grotesco. É estarrecedor. Luciana Lóssio,
advogada da campanha de 2010 de Dilma Rousseff que faz papel de ministra do
TSE, simplesmente faltou a sessão desta manhã que decidiria pelo prosseguimento
da ação movida pelo PSDB contra a chapa de Dilma e Michel Temer de 2014. Pedir
vista na última sessão, quando o Brasil venceu por 4 a 1, não foi o suficiente.
Diante da reportagem de hoje do Estadão sobre mensagens
indicativas de repasses de dinheiro do petrolão para a campanha da mulher
sapiens do PT, Lóssio teve de chutar a bola pro mato de novo.
Sua tese de defesa foi desmascarada pelos fatos. “Hoje eu
estava lendo nos jornais e certamente penso que as partes, os advogados,
deverão carrear para o processo os indícios para produzirem as provas”, disse o
corregedor-geral eleitoral do TSE, João Otávio Noronha, segundo O Globo, na
sessão que, infelizmente, marcou sua despedida.
“Mas a ação não está madura para ser julgada, ela tem que
ser processada para que as investigações concluam se houve ou não houve
financiamento irregular na campanha.”
A ministra pró-Dilma Maria Thereza de Assis será a nova
corregedora e assumirá a relatoria de ao menos uma das ações contra a suposta
presidente, embora a estratégia petista seja a de juntar todas elas em suas
mãos.
“Qualquer ministro do Tribunal Superior Eleitoral está apto
a conduzir. Não muda em nada”, amenizou Noronha.
Essa foi a parte protocolar do seu discurso, que também
incluiu críticas ao governo do PT. Mas a gente sabe que não pode confiar em
Luciana Lóssio nem em Maria Thereza. Lóssio já tomou decisões contrárias à
cassação dos prefeitos Paulo Alfredo Polis e Almir Fernandes, ambos do PT, e do
vice-prefeito, Reginaldo Mendes Leite, também do PT, além de ter rejeitado
liminarmente, sem entrar no mérito da questão, o pedido de dois advogados para
suspender a participação de Dilma nas eleições, como mostrei aqui um ano atrás.
Thereza, muito querida pelo Planalto, é a ministra que
arquivou outra ação da oposição contra Dilma.
O Brasil, de fato, depende do TCU, porque, no TSE, elas
furam a bola se for necessário.
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