Há algumas horas escrevi que “a pá de cal em qualquer
esperança” dos brasileiros quanto à solução do caos que nos assola já foi
jogada durante a semana que passou. É que eu ainda não tinha lido o manifesto que
os “intelequituais” petralhas mandaram ver ontem, que teve o “mérito” de jogar
merda sobre a cal, implorando que a baderna continue.
A sociedade brasileira precisa
reinventar a esperança
A proposta de impeachment implica
sérios riscos à constitucionalidade democrática consolidada nos últimos 30 anos
no Brasil. Representaria uma violação do princípio do Estado de Direito e da
democracia representativa, declarado logo no artigo 1º da Constituição Federal.
Na verdade, procura-se um pretexto
para interromper o mandato da Presidente da República, sem qualquer base
jurídica para tanto. O instrumento do impeachment não pode ser usado para se
estabelecer um “pseudoparlamentarismo”. Goste-se ou não, o regime vigente,
aprovado pela maioria do povo brasileiro, é o presidencialista. São as regras
do presidencialismo que precisam vigorar por completo.
Impeachment foi feito para punir
governantes que efetivamente cometeram crimes. A presidente Dilma Rousseff não
cometeu qualquer crime. Impeachment é instrumento grave para proteger a
democracia, não pode ser usado para ameaçá-la.
A democracia tem funcionado de
maneira plena: prevalece a total liberdade de expressão e de reunião, sem
nenhuma censura, todas as instituições de controle do governo e do Estado atuam
sem qualquer ingerência do Executivo.
É isso que está em jogo na aventura
do impeachment. Caso vitoriosa, abriria um período de vale-tudo, em que já não
estaria assegurado o fundamento do jogo democrático: respeito às regras de
alternância no poder por meio de eleições livres e diretas.
Seria extraordinário retrocesso
dentro do processo de consolidação da democracia representativa, que é
certamente a principal conquista política que a sociedade brasileira construiu
nos últimos trinta anos.
Os parlamentares brasileiros devem
abandonar essa pretensão de remover presidente eleita sem que exista nenhuma
prova direta, frontal de crime. O que vemos hoje é uma busca sôfrega de um fato
ou de uma interpretação jurídica para justificar o impeachment. Esta busca
incessante significa que não há nada claro. Como não se encontram fatos,
buscam-se agora interpretações jurídicas bizarras, nunca antes feitas neste
país. Ora, não se faz impeachment com interpretações jurídicas inusitadas.
Nas últimas décadas, o Brasil
atingiu um alto grau de visibilidade e respeito de outras nações assegurado por
todas as administrações civis desde 1985. Graças a políticas de Estado
realizadas com soberania e capacidade diplomática, na resolução pacífica dos
conflitos, com participação intensa na comunidade internacional, na integração
latino-americana e na solidariedade efetiva com as populações que sofrem com
guerras ou fome.
O processo de impeachment sem
embasamento legal rigoroso de um governo eleito democraticamente causaria um
dano irreparável à nossa reputação internacional e contribuiria para reforçar
as forças mais conservadoras do campo internacional.
Não se trata de barrar um processo
de impeachment, mas de aprofundar a consolidação democrática. Essa somente virá
com a radicalização da democracia, a diminuição da violência, a derrota do
racismo e dos preconceitos, na construção de uma sociedade onde todos tenham
direito de se beneficiar com as riquezas produzidas no país. A sociedade
brasileira precisa reinventar a esperança.
Assinam a merda, entre outros, os “intelequituais” Antonio
Candido, Andre Singer, Fabio Konder Comparato, Dalmo Dallari, Sueli Dallari, Pedro
Dallari, Fernando Morais, Marcio Pochman, Emir Sader, Isabel Lustosa e Marilena
Chauí.
Por Zeus! Chamar esse bando de mentecaptos de intelectuais é
sacanagem!
Escrevi há tempos que Isabel Lustosa, por exemplo, que se diz historiadora, mas é
formada em Ciência Política, pelo lado esquerdo, é óbvio - uma das signatárias do mama em festa, perdão, manifesto -, entre outros absurdos,
cometeu um artigo chamado “A invenção do 7 de Setembro”,
onde justifica o título com o poderoso argumento que “quando
consultamos os jornais de 1822, não há nenhuma referência ao que se passou nas
margens do Ipiranga em 7 de setembro” (por acaso ela consultou o
Twitter?) e o livro “D. Pedro I - Um Herói sem nenhum
caráter”, onde compara nosso Imperador a Macunaíma.
Lembro de uma discussão que tive com ela em um blog pelaí,
faz tempo, porque ela achava do cacete - e eu sou radicalmente contra - uma
escola de samba ter um enredo esculhambando com figuras importantes da História
do Brasil, no caso Dom João VI, e deturpando a própria História, já pouco
conhecida em função da nossa falta de cultura. Argumentei que em vez de se
fazer galhofa, ela, como responsável pelo enredo, deveria aproveitar a
oportunidade para melhorar o conhecimento do povo com fatos reais como lembrar
que Dom João VI, entre outras coisas revogou a proibição das manufaturas no
Brasil, criou o Desembargo do Paço e a Mesa da Consciência e Ordens, a Casa da
Suplicação do Brasil, a Intendência Geral da Polícia, a Impressão Régia, a Real
Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação e o Banco do Brasil, isso
só em 1808. Os anos seguintes de sua permanência no Brasil foram marcados pela
assinatura dos tratados com a Grã-Bretanha e pela elevação do Brasil a Reino
Unido a Portugal e Algarves e que, graças a isso tudo, o Brasil emancipou-se
economicamente de Portugal.
Infelizmente, meus argumentos não foram suficientes para
convencer Isabel Lustosa, porque a “historiadora” tem memória seletiva e só
conhece o Brasil da fundação do PT para cá e, mais a fundo, desde a posse do
apedeuta, quando a sistemática desconstrução da nossa História foi
institucionalizada pela quadrilha do poder.
(argento) he he he, parece, Convenientemente, "esquecerem" que "Impixe" é recurso POLÍTICO e não Penal ...
ResponderExcluirPedro Noventa,só enfrenta quem aguenta. Sobre o 7 de setembro: a) tem plantão do Jornal Nacional dizendo que foi proclamada a independência? b) Tem imagem de repórteres do Cidade Alerta e do Brasil Urgente perguntando ao D. Pedro I: o que o senhor está sentindo? c) Tem pronunciamento do D. Pedro I em cadeia nacional de Rádio e Televisão, dizendo que está saudando a mandioca?
ResponderExcluirEntão não me venha com churumelas.
Eu também tenho um manifesto, uma carta aberto às pessoas de bem, que já encaminhei para o movimento Nas Ruas". Disponível aqui:
ResponderExcluirhttps://dl.dropboxusercontent.com/u/94552853/Proposta_Para_Libertar_o_Brasil.doc
(argento) ... Karáááleo!!!
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