sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O “racialismo” de Frei David é apenas um eufemismo

A amiga Ana Paula V. nos mandou os links da Veja relatando mais um absurdo dessa organização nazista chamada Educafro, comandada pelo führer Frei David Santos, um celerado que deveria estar preso pelos mesmos motivos que ele se arvora em combater. Mas parece que certas leis têm mão única quando quem as infringe se faz de vítima da sociedade.

A organização não-governamental Educafro fez nesta quarta-feira uma notificação extrajudicial à prefeitura de São Paulo para que 10% dos modelos que desfilarem na São Paulo Fashion Week sejam negros e índios. A próxima edição do evento começa neste domingo.

Segundo a ONG, a São Paulo Fashion Week não tem cumprido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a adoção das cotas. O acordo foi assinado com o Ministério Público estadual em 2009. Seu cumprimento é um dos itens citados no convênio que assegurou o repasse de 7 milhões de reais da prefeitura à SPFW este ano.

Com a ação extrajudicial, a Educafro pede que as cotas sejam cumpridas ou que os 7 milhões de reais sejam devolvidos. “Todo ano fazemos protestos para exigir o cumprimento das cotas, mas as ações não estavam tendo efeito algum”, diz o diretor-executivo da Educafro, Frei David Santos. “Foi preciso uma medida mais firme.” Segundo ele, a ação extrajudicial abre caminho para que a ONG entre na Justiça contra a prefeitura por improbidade administrativa em caso de descumprimento, já que o texto do convênio que liberou os recursos menciona o TAC firmado com o Ministério Público.

O acordo de 2009 previa que a SPFW utilizasse ao menos 10% de modelos negros e notificasse o MP a respeito durante dois anos. Isso foi cumprido, reconhece Santos. Em 2010, as passarelas do evento tiveram 11% de modelos negros. No ano seguinte, foram 12%. Ainda assim, segundo ele, o acordo segue válido e a prática deveria ter se transformado em rotina depois dos dois anos de “aprendizado”.

Em nota enviada ao site de VEJA pela assessoria de imprensa do evento, a SPFW tem “cumprido integralmente” o termo de ajustamento de conduta assinado em 2009 com o Ministério Público estadual. O compromisso, afirma a nota, é, entre outros, o de “sugerir às marcas participantes dos desfiles (às quais compete a escolha do casting) a contratação de pelo menos 10% de modelos negros ou afrodescendentes ou indígenas”.

Sem citar a Educafro, a nota informa que, “em decorrência de informações infundadas transmitidas à imprensa de descumprimento do referido TAC, está avaliando as medidas judiciais cabíveis para resguardar seus direitos.”

Também em nota, a prefeitura de São Paulo disse que entrou em contato com a organização da São Paulo Fashion Week depois de ter recebido a notificação da Educafro. “A administração municipal questionou os organizadores”, diz a nota, “que afirmaram que o compromisso está sendo cumprido.”

O Ministério Público estadual informou que não poderia se pronunciar sobre o tema porque, até a tarde desta quinta-feira, ainda não havia sido formalmente notificado sobre a demanda da Educafro.


4 comentários:

  1. Termo de Ajustamento de Conduta? Se eu fosse da organização do evento, ajustaria minha conduta realizando o evento em outro município.

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  2. Oi turma!
    Gostaria de mandar mais um link sobre cotas em desfiles.
    Mas ele é mais antigo:
    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/deborah-kelly-na-passarela/

    Cotas é racismo.
    Um absurdo que o ministerio publico se preste a esse papel.
    É um absurdo que aqui queram cometer o mesmo erro dos americanos.
    Pois essa de cota de negro veio de lá.
    E o pior,assim como lá as cotas fazem parte de um pacote perverso e infinito para moldar quem os negros de ong taxem de negros de como deve agir,comportar se,do que deve gostar,a cor dos idolos e exemplos,o que deve vestir,e pasmem até como devem se pentear e tipo de brinquedo com que as crianças devem brincar.

    E o pior,com total apoio da (in)justiça ,midia e politicos.

    A professora Yvonne Maggie foi uma das poucas pessoas que se declararam contra cotas e fez uma pesquisa sobre a tentativa que grupos racistas de negros impor uma forma de doutrinação racial escolar:
    acessem o link para baixar o pdf da revista da usp de 2005:

    http://www.usp.br/revistausp/68/10-yvonne-maggie.pdf

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    1. Ana, as cotas nos EUA existem por motivos bem diferentes dos daqui. Lá, elas são "esmolas" para compensar o racismo exacerbado que persiste até hoje. Não é o mesmo caso daqui, onde há apenas um certo ranço escravagista que tendia a desaparecer até que o PT assumiu o governo e, por não ter nada mais o que fazer pela limitação intelectual dos seus partidários, resolveu abraçar as causas mais idiotas, como a tal defesa da negritude (vá eu falar da minha branquitude), dos viados e sapatões, do aborto e por aí afora.

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    2. O racismo nos EUA foi e é muito diferente do racismo no Brasil, aconselho a ler o livro do Demétrio Magnoli, Uma Gota de Sangue, ou pelo menos assistir aos vídeos dele na internet. Hoje os EUA desejam acabar com as cotas e o motivo principal é que elas se mostram ineficientes principalmente na questão econômica.

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