Na reunião de anteontem com os
deputados do PT, Lula pediu aos comparsas uma política de não agressão a
Eduardo Cunha sugerindo que não o provoquem, que adotem uma postura alinhada à
do Palácio do Planalto e que parem de “fazer disputa política pelos jornais”.
Do jeito que as coisas estão, não
há mais Executivo, nem Legislativo e o Judiciário limitado a meia dúzia de
gatos pingados que ainda honram suas togas. O País está à deriva e à mercê de
um exército de ladrões jamais visto e que já não lutam mais entre si pelo
poder: simplesmente aliaram-se contra o povo e, como sempre, o chefe é Lula,
que continua desfilando para lá e para cá em aeronaves da FAB como se fosse presidente
(ou imperador, sei lá).
Já passou da hora do povo fazer
valer a sua vontade e partir para atitudes mais concretas do que ficar trocando
figurinhas em redes sociais, prestigiando passeatas gays e pagando cada vez
mais caro por tudo sem chiar. Aonde está a vergonha nas fuças por ver seu País representado
por uma presidente débil mental e corrupta, por parlamentares ladrões e vendo
sua Justiça máxima ser vilipendiada por poltrões egressos do partido do
governo?
Essa reviravolta à base de
chantagens mútuas que culminou com os conselhos de um canalha para compor com o
outrora “inimigo” é a pá de cal em qualquer esperança que os políticos que aí
estão - todos, situação e oposição - possam, pelo menos, minimizar a crise, que
é absoluta e geral.
A bola está com o povo, e na
marca do pênalti. Quem vai bater?
Lula pressiona PT em busca de
acordo para salvar Cunha
Estadão
O Palácio do Planalto e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
intensificaram as articulações para salvar o mandato do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética. A moeda de troca nesse jogo é a
garantia de que Cunha não avançará nenhuma casa no tabuleiro rumo à abertura do
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O ex-presidente quer que deputados do PT fechem acordo com
outros partidos da base aliada para barrar a investigação contra Cunha, no
Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar. Na verdade, um dia depois
de o Supremo Tribunal Federal ter concedido três liminares que suspenderam o
rito acertado por Cunha com a oposição para dar andamento ao impeachment, o
peemedebista passou a ser a “noiva” cortejada tanto pelo Planalto como por
adversários de Dilma no Congresso.
Cunha disse que não estendeu a bandeira branca nem vai
bombardear o Planalto. “Não há nem guerra nem trégua. O que há é que eu tenho
de cumprir a minha função. Se minhas decisões podem significar guerra para uns
e trégua para outros, é uma questão de interpretação. Até agora, não fiz nada
diferente daquilo que falei que iria fazer”, afirmou ele.
A pedido do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o
vice-presidente Michel Temer foi acionado para conversar com Cunha e o convidou
para um almoço no Palácio do Jaburu, ao lado do presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL).
Alvo da Operação Lava Jato e enfrentando a acusação de
possuir contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobrás, Cunha pede
que o governo tire José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça. Dilma resiste
à troca de Cardozo, que também sofre críticas de Lula e de uma ala do PT. Os
petistas que se juntaram a Cunha para atacar Cardozo dizem que ele não controla
a Polícia Federal.
“Temer seria um ótimo nome para a Justiça”, sugeriu Cunha,
na semana passada. Na tarde de ontem, ele garantiu que não tocou no assunto com
o vice nem fez exigências para o acordo com o governo. Não escondeu, porém, a
irritação com o fato de 34 dos 62 deputados da bancada do PT terem assinado
requerimento protocolado pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade, pedindo a
cassação de seu mandato.
Muitos dos que subscreveram o documento integram a corrente
Mensagem ao Partido, grupo de Cardozo no PT. Se o Conselho de Ética aprovar a
cassação de Cunha, o plenário decidirá o seu destino – ele precisa de 257 dos
512 votos de seus colegas para resistir.
Em almoço com Temer e Renan, Cunha não usou meias palavras:
avisou que tanto poderia acelerar a abertura do impeachment de Dilma como
aguardar outro entendimento do Supremo.
“Se eu for bem tratado, pode ser que tenha boa vontade com o
governo, mas, se não for, posso tomar minha decisão mais rápido”, disse o
presidente da Câmara. “Estejam certos de que não vou renunciar. Podem tirar o
cavalinho da chuva.”
Cunha prometeu recorrer da decisão do Supremo, que freou sua
tentativa de conferir um rito especial ao processo de impeachment. A oposição,
capitaneada pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG), preparou novo requerimento
solicitando o afastamento de Dilma, sob o argumento de que a equipe econômica
também fez manobras contábeis, conhecidas como “pedaladas fiscais”, neste ano,
e não apenas em 2014.
O governo avalia que o impeachment perdeu força depois das
liminares concedidas pela Justiça. Em conversas reservadas, porém, ministros
dizem que Cunha é uma “fera ferida” e não se pode confiar nele, que tem o poder
de dar o pontapé para a abertura da ação contra Dilma. Mesmo assim, todos
impõem limites para um acordo com Cunha.
“Na questão política é possível a negociação, mas na área
jurídica, não. Além disso, nem Cardozo nem Levy (Joaquim Levy, ministro da
Fazenda) são entregáveis”, comentou um auxiliar direto de Dilma, embora muitos
apostem que o ministro da Justiça saia no fim do ano. “Alguns deputados do PT
têm dado opiniões que não traduzem a posição oficial do partido”, insistiu o
líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), numa referência ao
requerimento assinado por petistas, pedindo a degola de Cunha.
A meta de Lula, agora, é impedir que o Conselho de Ética,
formado por 21 integrantes, vire as costas para o presidente da Câmara. O bloco
comandado pelo PMDB no colegiado tem 9 deputados e o liderado pelo PT, 7.
Articuladores políticos do Planalto calculam que Cunha já tenha maioria para
impedir a investigação. Se ele perder o mandato, no entanto, perde também o
foro privilegiado e pode até ser preso, caso vire réu no Supremo e seja
condenado.
Ao avaliar ontem que será “quase impossível” votar no
Congresso, neste ano, a nova Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF) e a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU),
dois pontos fundamentais para o ajuste fiscal, Cunha também disse que o governo
precisa se empenhar “muito mais” para recompor sua base aliada. As negociações
em curso envolvem distribuição de cargos no segundo e terceiro escalões.
(argento) ... hehehe, piada pronta na pergunta: "Quem disse que Povo tem Vontade Própria?"
ResponderExcluirÉ esse o meu medo, Argento.
Excluir(argento) ... é medo é compartilhado. A boa notícia é que sempre há (sic) tempo, ... de um jeito ou de outro; por Consciência ou Saturação.
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