sábado, 31 de outubro de 2015

“Formadores de opinião” não sabem mais nem em que mão usam o relógio

Carlos Newton: Ser esquerdista

A meu ver, ser esquerdista é defender mudanças sociais, como a adoção de um regime educacional nos moldes de países desenvolvidos como a Finlândia, onde o filho do lixeiro estuda na mesma escola do filho do grande empresário, para terem oportunidades iguais.

Ser esquerdista é também lutar pela reforma do sistema financeiro, de modo a evitar a situação do Brasil, onde são praticados os mais escorchantes juros mundiais; é defender que o sistema de saúde seja igual para todos, como ocorre na Grã-Bretanha e no Uruguai, por exemplo; é pugnar pela moralização do serviço público, exigindo que sejam extintos os penduricalhos que elevam às alturas as remunerações das elites do funcionalismo; é sonhar que as autoridades sejam pessoas simples, sem mordomias nem privilégios, como já ocorre na Suécia e em outros países em estágio mais avançado de civilização.

Da mesma forma, ser esquerdista é lutar pela redução da abusiva disparidade entre os maiores salários e os menores, é defender a diminuição do número de cargos comissionados, é exigir a extinção do cartão corporativo e dos carros chapa-branca a serviço das autoridades, e por aí em diante.

Por fim, ser esquerdista é agir democraticamente, respeitar os direitos, os interesses e as opiniões de quem lhe seja adverso; é ser caridoso, compreensivo e humano.

Se você também pensa assim, mas não se julga esquerdista, não fique preocupado, porque as paralelas sempre hão de se encontrar, nem que seja no infinito da miséria humana, porque os rótulos políticos-ideológicos já de nada servem. Atualmente, a única função deles é separar pessoas que na verdade são iguais e têm os mesmos objetivos.

O cara faz essa prosopopeia toda sobre a esquerda, para depois dizer que o que ele disse não vale nada? Qualé?

Eu num tô dizendo que esses “formadores de opinião” andam comendo merda depois de velhos?...

Um comentário:

  1. Santa conversa fiada, Batman!!! Se ser esquerdista é agir democraticamente, então o oposto, ser direitista é agir anti democraticamente? Segundo o ilustre "intelectual", NÃO. Quem age democraticamente mas não se julga esquerdista é apenas uma paralela do esquerdismo e não deve se preocupar, porque as paralelas vão se encontrar.

    Alguém poderia me responder, antes que as paralelas se encontrem, alguém já ficou preocupado por não se julgar esquerdista?

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