Após a divulgação do vídeo do deputado Babá, tascando fogo
na bandeira de Israel seguido pela declaração de apoio de Marcelo Freixo, mais
que rapidamente, o PSOL resolveu inventar um tal de “Jovens Judeus de Esquerda”,
grupo autoexplicativo, e lançar um manifesto dizendo que Freixo sempre pode ser
tratado por Jacó Rosenblatt desde a mais tenra idade, porque ele ama os judeus
de paixão. Quem quiser ler a mentira na íntegra, vai lá no Reinaldo Azevedo,
com direito à gozação, que eu vou tratar de mostrar aqui o quanto todos os
membros do PSOL gostam dos judeus.
No Blog do PSOL/Chico Alencar, este, um dos dirigentes da
esquerda festiva e rei do obaoba do Posto 9 em Ipanema, foi publicado o
seguinte:
Milhares de palestinos sairam as ruas nesta semana para
manifestar seu repúdio a mais esse ato
de agressão contra a humanidade praticado por Israel.
(...)
O MST apóia a greve dos trabalhadores e comerciantes nos
territórios palestinos, ocupados em 1948 e 1967.
(...)
É preciso transformar essa indignação diante da violência de
Israel num gigantesco movimento de massas de caráter internacional que faça
recuar esse monstro nazi-sionista.
(...)
Um delegação do MST que visita a Palestina entrou em contato
direto com o escritório da representação diplomática do Brasil em
Ramallah-Palestina e recomendamos:
(...)
4. O governo brasileiro deve voltar atrás na sua decisão de
firmar, ratificar e regulamentar o Tratado de Livre Comercio Israel-Mercosul.
Consideramos um grande erro manter relações comerciais desse nível com um
Estado que desrespeita cotidianamente os direitos humanos e resoluções da ONU,
em relação à Questão Palestina e aos princípios fundamentais do Direito
Internacional Humanitário;
(...)
Sigam em frente
irmãos e irmãs palestinos, com uma oliveira numa das mãos e uma pedra na outra,
lembrando sempre de sua história, de sua origem e de sua tarefa: lutar permanentemente contra o sionismo e o
governo de Israel, mesmo estando em condicões bastante desiguais frente ao
inimigo-agressor.
Secretaria Nacional do Movimentos dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra - MST
Já o site CST/PSOL tem “preocupação didática” e manda:
Ao final do século passado, como resposta ao programa contra
os judeus que se dava fundamentalmente no império austro-húngaro e na Rússia
Czarista (que era entre outras razões consequência de toda uma política de
repressão contra os trabalhadores e distintas nacionalidades oprimidas), se
formou um movimento impulsionado diretamente pela burguesia imperialista (com
alguns destacados magnatas multimilionários judeus encabeçando, como
Rothschild), o sionismo, que sustentava que a solução era formar um estado “judeu”.
Este plano tinha o pérfido objetivo de separar as massas
judias (em sua maioria pobres camponeses, artesão, pequenos comerciantes ou
trabalhadores) da luta de classes de seus respectivos países, da luta de todos
os explorados e oprimidos para derrotar esses regimes totalitários, e da luta
mundial contra o sistema imperialista burguês. Tinha o objetivo expresso de
separá-los dos partidos marxistas, revolucionários, que eram condenados pelos
sionistas como partidos “subversivos”.
Este plano imperialista baseado no racismo, a dizer,
fascista, foi combatido pelos marxistas desde sua origem. A III Internacional
considerava “o pretexto de criar um estado judeu na Palestina, esse país onde
os judeus formam uma minoria insignificante”, como “o engano organizado pelas
potências imperialistas com a cumplicidade das classes privilegiadas dos países
oprimidos” (2º Congresso, 1920).
(...)
Desde a aparição mesma desse ameaçador movimento para o
marxismo vale a seguinte definição:
“Estado judeu” = sionismo = racismo = fascismo
(...)
Israel, um “país” sionista, racista, fascista, invasor
(...)
A contrarrevolução imperialista sionista fascista conseguiu
impor o “estado judeu” na Palestina em 1948. O surgimento de Israel nessas
terras foi a culminação de largos anos de luta e resistência antiimperialista
das massas árabes no Oriente Médio.
(...)
Israel não é um país
qualquer, senão um engendro artificial, produto da contrarrevolução
imperialista-fascista, um estado invasor, racista, cuja existência se assenta
no massacre, no genocídio, na expropriação e a expulsão de suas terras da
numerosa população da Palestina.
(...)
Recordemos companheiros: desde 1948, para os revolucionários
vale a seguinte definição:
“estado judeu” = existência de Israel = enclave = genocídio
(...)
Recordemos companheiros:
Autodeterminação dos palestinos = destruição de Israel
(...)
Isto sintetiza a essência do sionismo, que é sinônimo da
existência de Israel. A ala “direita” se conforma com garantir sua existência
com milhões de dólares que o imperialismo, em particular os EUA, injeta todos
os anos na economia israelense para que sobreviva e com a força militar de seu
exército. A ala “democrática” pretende adornar isso como consenso de setores
democráticos e de “esquerda”, e com um verniz “pró-palestino”. Este é o matiz
de diferença entre uma e outra ala do fascismo sionista. Por isso,
companheiros, os revolucionários repudiamos a fórmula sionista do “reconhecimento
recíproco”.
Já o site do PSOL é noveleiro e se preocupou com a novela
Amor à Vida, onde um “palestino” que quer a paz supostamente mente. Muito
importante isso:
Movimentos
pró-Palestina divulgam nota de repúdio à Globo por personagem da novela
Movimentos pró-Palestina divulgaram uma nota de repúdio à TV
Globo, por entenderem que os personagens Pérsio (Mouhamed Hartouch) e Rebeca
(Paula Braun), da novela Amor à Vida, reforçam o discurso de legitimação da
ocupação israelense dos territórios palestinos.
Segundo as entidades, o folhetim “legitima a ocupação e
apartheid israelenses que já duram 66 anos”, pois “todas as vezes em que é feita
referência à Palestina, fala-se em guerra, o que pressupõe dois lados iguais
disputando um território. Na verdade, é uma distorção da realidade: tem-se um
opressor e ocupante (Israel) e um oprimido (palestinos).”
O PSOL de São Paulo assina a nota, em parceria com outros
partidos e organizações de esquerdas e de direitos humanos.
Confira, na íntegra, o documento.
Não à falsificação histórica sobre os palestinos na novela
da Globo
Nós, organizações reunidas na Frente em Defesa do Povo
Palestino-SP, nos comitês de outros estados, bem como demais entidades
abaixo-assinadas, repudiamos veementemente a forma como os palestinos são
representados na novela “Amor à Vida”, da TV Globo. Sua resistência legítima à
ocupação e apartheid israelenses, que já duram 66 anos, é retratada como
terrorismo contra vítimas inocentes nos diálogos entre um personagem palestino,
Pérsio (Mouhamed Hartouch), e uma judia (Paula Braun). Todas as vezes em que é
feita referência à Palestina, fala-se em guerra, o que pressupõe dois lados
iguais disputando um território. Na verdade, é uma distorção da realidade:
tem-se um opressor e ocupante (Israel) e um oprimido (palestinos). Em nenhum
momento, a novela faz referência ao muro do apartheid, aos inúmeros postos de
controle a que estão submetidos os palestinos, bem como às leis racistas que
lhes são impostas e à limpeza étnica e ataques contínuos contra eles.
O diálogo que inaugura essa farsa é permeado por
desinformação e manipulação da verdade. Rebeca chega a afirmar que há muitos casais
judeus e palestinos em Israel, como conviria a qualquer Estado democrático. A
verdade é que Israel foi criado em 1948 como um Estado exclusivamente judeu, um
entrave à democracia, já que esses têm tratamento diferenciado. Desde então, a
própria convivência está comprometida. O apartheid imposto aos palestinos
impede até que vivam no mesmo bairro. Os palestinos que vivem onde hoje é
Israel (território palestino até 1948, ano da criação desse Estado
exclusivamente judeu) são considerados cidadãos de segunda ou terceira
categoria, discriminados cotidianamente, e as leis que valem para eles não são
as mesmas que valem – e privilegiam – os judeus. O apartheid é explícito e
amparado por uma legislação que fere o direito internacional.
Em 1948, ano que na memória coletiva árabe é conhecido como “nakba”,
a catástrofe, foram expulsos de suas terras e propriedades cerca de 800 mil
palestinos e aproximadamente 500 aldeias palestinas foram destruídas para dar
lugar a Israel. Massacres cometidos por grupos paramilitares sionistas, contra
agricultores palestinos desarmados e sem treino militar, são hoje comprovados.
Os palestinos têm sido desumanizados desde o início da colonização de suas
terras. Essa contextualização histórica também ficou fora da telinha.
O autor de “Amor à vida”, Walcyr Carrasco, reforçou, assim,
mitos que são denunciados por vários historiadores, inclusive israelenses, como
Ilan Pappe, em seu artigo “Os dez mitos de Israel”. Entre eles, o mito de que a
luta palestina não tem outro objetivo que não o terror e que Israel é “forçado”
a responder à violência. Segundo ele, a história distorcida serve à opressão, à
colonização e à ocupação. “A ampla aceitação mundial da narrativa sionista é
baseada em um conjunto de mitos que, ao final, lançam dúvidas sobre o direito
moral palestino, o comportamento ético e as chances de qualquer paz justa no
futuro. A razão é que esses mitos são aceitos pela grande mídia no Ocidente e
pelas elites políticas como verdade.”
O Brasil não é exceção. Na contramão da campanha global por
boicotes ao apartheid israelense, o governo federal se tornou nos últimos anos
o segundo maior importador de tecnologias militares da potência que ocupa a
Palestina e porta de entrada dessa indústria à América Latina. E sua
cumplicidade com a opressão, a ocupação e o apartheid a que estão submetidos os
palestinos é justificada a milhares de espectadores desavisados da novela da
Globo, através de um discurso que reproduz a versão falsificada da história e
se fortalece perante a representação orientalista – em que os árabes seriam “orientais”
bárbaros e atrasados, ante cidadãos “pacíficos e civilizados”.
Como detentora de concessão pública (o espaço
eletromagnético está na Constituição Federal, como um bem do povo) e ciente de
que as telenovelas moldam comportamentos, ideias e conceitos ou ajudam a
reforçar preconceitos e discriminações, a Globo comete erros históricos graves,
injustiças ao povo palestino em particular e aos árabes em geral e um
desrespeito ao seu público ao desinformá-lo. Denunciamos publicamente essas
distorções e exigimos que a Globo se retrate nos próximos capítulos de “Amor à
Vida”, programa de maior audiência da TV brasileira.
Frente em Defesa do Povo Palestino-SP / BDS Brasil
Centro Brasileiro de Estudos do Oriente Médio
Comitê Brasileiro de Defesa dos Direitos do Povo Palestino
Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de
Janeiro
Centro Cultural Palestino do Rio Grande do Sul
Comitê Gaúcho de Solidariedade ao Povo Palestino
Sociedade Árabe Palestino Brasileira de Corumbá
Comitê Democrático Palestino – Brasil
Comitê Pró-Haiti
Tribunal Popular
GTNM-SP – Grupo Tortura Nunca Mais do Estado de São Paulo
Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada
Rede Mulher e Mídia
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Associação Islâmica de São Paulo
UNI – União Nacional das Entidades Islâmicas
ICArabe – Instituto da Cultura Árabe
FST-SP – Fórum Sindical dos Trabalhadores-SP
CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular
Anel – Assembleia Nacional dos Estudantes Livre
UJC – União da Juventude Comunista
PCB – Partido Comunista Brasileiro
PSOL-SP – Partido Socialismo e Liberdade
PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Mopat – Movimento Palestina para Tod@s
Coletivo Periferia, Nossa Faixa de Gaza
Coletivo de Mulheres Ana Montenegro
Marcha Mundial de Mulheres
Movimento Mulheres em Luta
Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe
Alessandra Cavagna, atriz, dramaturga e diretora teatral
Cid Barbosa Lima Junior, engenheiro
Clovis Pacheco F., jornalista, sociólogo e professor
universitário
Francisco Horus Moura de Almeida Pacheco, estudante
Então, todos convencidos sobre o quanto amam os judeus os
membros do PSOL e o pessoal essa listinha no final, incluindo quilombolas, “direitistas
humanos”, sindicalizados, “mulheres lutadoras”, estudantes profissionais,
sem-terra e comunistas em geral?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSao mentais, a ignorância é uma anomalia, não é curável em certos agrupamentos de humanos.
ResponderExcluirO PSOL é muito partido... com isso eu concordo, tem o intelecto partido, o caráter partido e deveria ter partido para o inferno.
ResponderExcluirGuilherme Cohen desmente tua posição
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