Agora chupem essa manga, seus babacas!
Do Reinaldo Azevedo
Lula
“Esse plano de estabilização não tem nenhuma novidade em
relação aos anteriores. Suas medidas refletem as orientações do FMI (…) O fato
é que os trabalhadores terão perdas salariais de no mínimo 30%. Ainda não há
clima, hoje, para uma greve geral, mas, quando os trabalhadores perceberem que
estão perdendo com o plano, aí sim haverá condições” (O Estado de S. Paulo,
15.1.1994).
“O Plano Real tem cheiro de estelionato eleitoral” (O Estado
de S. Paulo, 6.7.1994).
Guido Mantega
“Existem alternativas mais eficientes de combate à inflação
(…) É fácil perceber por que essa estratégia neoliberal de controle da
inflação, além de ser burra e ineficiente, é socialmente perversa” (Folha de S.
Paulo, 16. 8.1994).
Marco Aurélio Garcia
“O Plano Real é como um “relógio Rolex, destes que se compra
no Paraguai e têm corda para um dia só (…) a corda poderá durar até o dia 3 de
outubro, data do primeiro turno das eleições, ou talvez, se houver segundo
turno, até novembro” (O Estado de S. Paulo, 7.7.1994).
Gilberto Carvalho
“Não é possível que os brasileiros se deixem enganar por
esse golpe viciado que as elites aplicam, na forma de um novo plano econômico”
(“O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto).
Aloizio Mercadante
“O Plano Real não vai superar a crise do país (…) O PT não
aderiu ao plano por profundas discordâncias com a concepção neoliberal que o
inspira” (“O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto)
Vicentinho
“O Plano Real só traz mais arrocho salarial e desemprego”
(“O Milagre do Real”).
Maria da Conceição Tavares
“O plano real foi feito para os que têm a riqueza do País,
especialmente o sistema financeiro” (Jornal da Tarde, 2.3.1994).
Paul Singer
“Haverá inflação em reais, mesmo que o equilíbrio fiscal
esteja assegurado, simplesmente porque as disputas distributivas entre setores
empresariais, basicamente sobre juros embutidos em preços pagos a prazo,
transmitirão pressões inflacionárias da moeda velha à nova” (Jornal do
Brasil, 11.3.1994).
“O Plano Real é um arrocho salarial imenso, uma perda
sensível do poder aquisitivo de quem vive do próprio trabalho” (Folha de
S.Paulo, 24.7.1994).
Gilberto Dimenstein
“O Plano Real não passa de um remendo” (Folha de S.Paulo,
31. 7.1994 ).
apesar da velha estratégia de semear pânico, não é que o Real deu certo?
ResponderExcluirNa verdade não foi só "a esquerda" que falou que o Plano Real era eleitoreiro, a diferença é que "a esquerda" dizia publicamente enquanto que "a direita" dizia de forma velada. Lembro disso muito bem, pois elogiei o PR desde o inicio e não foram poucas as vezes que empresários, executivos e profissionais liberais "de direita" debocharam da minha ingenuidade.
ResponderExcluirFelizmente haviam muitos que concordavam comigo e acreditavam que daria certo, não foi igual ao Plano Cruzado, quando a ÚNICA pessoa que eu conhecia que concordava comigo, quando eu dia que resultaria em catástrofe, foi era um argentino.
Lembro também que o "ilustre" Delfim Neto disse em uma entrevista que o Plano Real era matematicamente correto, mas que não daria resultado e apresentou um monte de bobagens para explicar por que não funcionaria. Alguns "de direita" citaram o Delfim para mostrar a minha "ingenuidade", eu respondia o seguinte: o Delfim conseguiu inventar o "matematicamente correto que não funciona".
Mas o que eu considero mais surpreendente (e lamentável) é que até hoje vendem a ideia de que o Plano Real foi um planto de combate a inflação, quando foi um plano de estabilização monetária, pode ser considerado apenas "um passo" no combate a inflação, o mais importante, mas como plano não contemplava a inflação. Quem resolveu o problema da inflação foi o mercado, como sempre aconteceu na história da humanidade, o Plano Real apenas proporcionou as condições necessárias para que o mercado pudesse superar a inflação.