Já que o Argento e o Milton mencionaram a homeopatia em
comentários, eu também vou dar meu pitaco.
A proposta inicial da homeopatia tradicional, de Hahnemann,
é uma apologia, senão a uma panaceia, a uma “uniceia”, que é o tratamento através
da ingestão de uma substância única - mas que varia de indivíduo para indivíduo
- capaz de curar desde unhas encravadas até tumores cerebrais no dito cujo. Até
que me provem o contrário, isso não passa de uma grande enganação, embora, contando
com a sorte, alguma coisa pode até funcionar no caso específico das alergias.
Achar que uma só substância tenha as propriedades de equilibrar a tal “energia
vital” de cada um, como prega a homeopatia unicista não passa de brincadeira.
Já o princípio não místico da homeopatia, ou seja, a linha organicista,
até que faz algum sentido em algumas doenças crônicas, quando há tempo para
tratá-las. No organicismo, o médico pergunta ao paciente quais são suas queixas
imediatas e receita o medicamento com o objetivo de curar os órgãos doentes,
exatamente como na alopatia, só que usando as substâncias como provocadoras dos
anticorpos. O problema, além do tempo, é que fica difícil confiar em um negócio
que é diluído zilhões de vezes. Há até quem defenda que o simples vestígio de
uma molécula em uma solução tem poderes curativos. E desde quando moléculas deixam
vestígios?
Aliás, dizem que Rasputin era um adepto de um método
parecido. Já que ele era o responsável pela integridade física dos Romanov até
como provador de comidas, costumava ingerir doses cavalares, mas não letais, de
arsênico, cianuteto e outros venenos, para “acostumar” seu metabolismo a ponto
de detectar envenenamentos em alimentos destinados à família, pouco ou nada
sofrendo.
Na homeopatia de Rasputin eu acredito, na de Hahnemann, acho
que só a sorte pode ajudar.
O método do Rasputin pode fazer efeito em alguns casos (talvez muitos), mas eu não sei quais seriam. Por exemplo: injetar pequenas quantidades de veneno de um cobra específica, durante um certo tempo, poderia (talvez) produzir a imunidade contra aquele veneno. O médico que investigou o veneno da aranha Viúva Negra quase morreu no experimento, depois de estar devidamente recuperado, queria fazer o experimento novamente para saber se havia adquirido imunidade, sua companheira (não lembro se era esposa ou apenas uma governanta) não deixou ele cometer a loucura. No caso do arsênio eu sei que não funciona, pois ele é cumulativo, ou seja, o organismo não o elimina. Então se você tomar doses pequenas e diárias de arsênio, o único benefício será que você poderá se suicidar com arsênio, tomando uma dose menor do que seria necessário sem ter tomado as doses mínimas diariamente.
ResponderExcluirA questão é o seguinte, se você tomar uma dose mínima de cada veneno de cobra e de aranha (é melhor incluir o escorpião para garantir), provavelmente a dose se tornará letal, então tem que fazer com um veneno de cada vez e ter certeza de que não será picado pela cobra errada, ou aranha ou escorpião.
Já que entrou no tema o Rasputin, vou lembrar da Profecia de Fátima, que não está tendo a devida divulgação... dessa vez o mundo acaba.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=95gb0y7RNZM
Pra quem gosta de "professias", esta é para o Brasil e é terrível!:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=DhutozQlVv0&feature=em-hot