terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Patrulhamento covarde

“Me espanta ver como alguns jovens atores se distanciam cada vez mais da essência da profissão e fazem dela um grande negócio. São eles que vão influenciar os outros jovens falando sobre glúten e whey-protein nas redes sociais. São eles que vão provar que nesta profissão é melhor abrir casas noturnas e restaurantes do que perder um fim de semana de sol num teatro.” Ingrid Guimarães

“Tenho pena por ele. Quantos anos ele tem?” Rosamaria Murtinho

“Não acho uma atitude corajosa. Acho que ele é ignorante em não saber o que é teatro.” Laura Cardoso

“Você só erra quando o chama de ator, querida. Não é ator. É desinibido.” Miguel Falabella

“Não sei quem é a anta e nem me interesso em saber, mas me regozijo em não tê-la pastando em nosso jardim.” Pedro Paulo Rangel

Quem é “ele”? Caio Castro. Qual foi seu grande pecado? Em uma entrevista concedida a Marília Gabriela, no ano passado, reprisada recentemente, afirmou não gostar de teatro nem de literatura.

Que bando de patrulheiros sem vergonhas! E burros: desde quando não se gostar de alguma coisa significa desmerecê-la ou mesmo não conhecê-la? Eu detesto química mas fui obrigado a aprender para passar de ano.

Para ser sincero, nem conheço o trabalho do rapaz e, se é bom ou ruim, é o que menos importa. Tampouco importa o que ele gosta ou deixe de gostar. No entanto, parece que não é bem a opinião desses artistas consagrados, que se acharam no direito de determinar quais devem ser as preferências do rapaz, que parece não ter se manifestado ainda sobre esse patrulhamento covarde.

Talvez fosse o caso de Caio indagar Falabella e Pedro Paulo, por exemplo, se o fato deles não gostarem de mulher já os prejudicou ao representarem papéis de homens que gostam.

Um comentário:

  1. Não gosto de teatro, nunca gostei e não pretendo ver teatro, principalmente porque me parece um circo e eu não gosto de circo, gosto sim de opera, e não é a mesma coisa, não para mim.
    Tambem não gosto de balet, gosto das musicas que acompanham o balet, nada mais.

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