Não sei se alguém notou.
Quando não havia silicone para as mulheres botarem no peito,
nenhuma delas tinha a menor cerimônia em não usar sutiã. Tanto as
privilegiadas pela natureza que as dotou de peitos lindos à la Venus de Milo, com
os bicos apontando para o céu - tipo tamanco holandês -, quanto as nem tão
privilegiadas, e mesmo as prejudicadas pelas suas verdadeiras muxibas
penduradas, faziam questão de mostrar seus equipamentos mamários ao sabor dos
ventos e ao balanço dos andares, sem medo de serem felizes.
Hoje, quando se conta nos dedos das mãos do Lula as mulheres
que não implantaram próteses, é regra usar uma blusa com alças, às vezes até por
cima de um top com alças, que, por sua vez, são vestidos obrigatoriamente por
cima de um sutiã com alças, transformando os ombros das mulheres em imagens de
cabides de armário apertado: só se vê alça. Não há coisa mais esdrúxula.
E não se precipitem em ser engraçadinhos e atribuírem a “moda”
às louras porque uma das minhas maiores amigas, louríssima, bonita, peitos
lindíssimos e prestes a fazer sessentinha, foi uma das precursoras do silicone
e, depois da implantação, nunca mais usou sutiã. Ao comentar o assunto, ainda
outro dia, ela me disse que já havia reparado, mas nunca parou para pensar
sobre ele e nem tampouco perguntou a alguma amiga o porquê da babaquice.
Se alguém puder explicar, por favor, cartas para a redação.
O sutiã é para fazer de conta (enganar) que não é silicone. Mais ou menos como colocar o símbolo da Mercedes num Lada.
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