Marcelo Freixo além de tudo é cínico. Hoje, em um artigo, democraticamente
publicado pelo Globo, ele desce o pau no jornal, simplesmente porque o mesmo
cumpre sua missão precípua, que seja a de noticiar os fatos. É isso mesmo, ou
será que alguém tem dúvidas que o nome do deputado foi citado várias vezes, por
várias pessoas além dos jornalistas, como um dos defensores dos black blocs,
mesmo antes do episódio que culminou com a morte de Santiago?
Freixo diz, entre outras coisas, que o jornal lhe trata como
um “inimigo da democracia”. Sinceramente, eu nunca li nada no Globo que
justificasse essa afirmação, mas e se realmente ele tivesse sido tratado dessa
maneira, qual seria o problema? Aonde estaria a mentira? Ou será que alguém
conhece algum comunista “amigo da democracia”?
Ainda por cima, Freixo se queixa de isonomia no tratamento
do jornal, porque o Globo não dedicou o mesmo espaço dedicado a ele, às
ligações entre Cabral e Cavendish e ao fato de Adriana Anselmo, mulher de
Cabral, ter um escritório de advocacia que presta serviços ao estado. Desde
quando a importância de uma notícia tem que ser determinada pelo noticiado?
Sem parar, Freixo produz outra pérola, ao tentar desqualificar
o tal advogado dos fogueteiros assassinos, dizendo que o cara já foi
processado, condenado, etc. e tal. Só que uma coisa não tem nada a ver com a
outra, ou será que ele convenientemente se esqueceu, por exemplo, que quem
denunciou o mensalão, Bob Jeff, também é criminoso e foi condenado?
Apesar desse cinismo todo, ontem foi realizado um ato de
desagravo em favor de Freixo, organizado pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares e
pela socióloga Julita Lemgruber, onde cerca de 200 pessoas participaram. É
claro que lá estavam os porraloucas de sempre. Entre eles, Chico Alencar,
Lindberg Farias, Luciana Genro, Jefferson Moura, Jorge Mautner e... Caetano Veloso,
a musa dos black blocs.
Pouca vergonha, isso sim!
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