Pois é, meus caros, pensei muito antes de decidir publicar
essa história que aconteceu comigo na semana passada. Nem sei se tomei a decisão certa, em todo caso...
Não dá para reproduzir todos os diálogos exatamente, mas a
coisa foi mais ou menos assim:
Hoje (11/2) meu interfone tocou com o porteiro falando que
havia dois sujeitos procurando por mim para uma entrevista. “Entrevista,
eu?...”, pensei. Não sabendo do que se tratava e não querendo pedir ao porteiro
para que obtivesse dos caras maiores informações porque eu não iria entender
mesmo - ele fala uma língua estranha -, desci, abri a portaria, fechei, fui
para a calçada, e perguntei o que eles queriam.
Eram dois jovens bem trajados e com mochilas às
costas, que me responderam perguntando se eu era eu e se o meu blog era meu. Em
sequência, o mais falante perguntou se eu poderia ser entrevistado por eles e
eu disse que sim, perguntando a que e a quem devia essa honra e como eles
tinham obtido meu endereço.
- É que nós somos estudantes de jornalismo, lemos o seu blog
e também temos um blog. Endereços são fáceis de achar e, como nós moramos
perto, resolvemos conhecê-lo pessoalmente, respondeu o falante.
- Então vamos lá, disse eu, começando a ficar ressabiado por
me dar conta de ser tão fácil achar um endereço.
- Aqui mesmo?
- Se vocês quiserem atravessar a rua e me acompanhar em uma
cerveja no meu bureau etílico, a gente vai lá.
- Não, obrigado, aqui está bom. Mas o seu blog é político,
não é? - emendou o falante.
- Peraí - disse eu -, já começou a entrevista?
- Já.
- E vocês não vão gravar ou escrever nada?
- Não é preciso, a gente tem boa memória - disse o falante
com um risinho de canto de boca.
Já não gostei do cinismo e da ironia.
- Por que o senhor fala tão mal do PT e da esquerda no seu
blog? - continuou.
- Porque ambos são uma cambada de filhos da puta! -
disparei, já meio pau da vida.
- Não é bem assim, cara - o tratamento já tinha mudado. E é
melhor baixar a bola porque...
Entendendo que a intimidação era o objetivo, interrompi, elevando
a voz:
- E tem mais: se vocês vieram aqui, na porta da minha casa,
para me intimidar e ameaçar, é bom irem tirando o cavalinho da chuva, porque
pra marginal eu chamo a polícia!
- Pra quem tá sozinho, você é bem folgado, cara! - falou o
outro que até então estava mudo.
Mas eu não estava sozinho. O porteiro do meu prédio, dois seguranças
da área e o jornaleiro já estavam próximos em função da minha gritaria. Sendo
assim, emendei, cheio de coragem e já aos berros:
- E sumam daqui antes que eu mesmo resolva isso na porrada
antes da polícia chegar!
Enlouqueci! Um delinquente geriátrico (com a devida licença
do Magu) dando porrada em dois rapazes, só de uma cabeça transtornada! E a minha estava.
A essas alturas, a galera que me conhece já estava bem
próxima e, quando os manés olharam em volta, notaram que era furada e bateram
em retirada, balbuciando algo que não entendi bem. Pensei até em segui-los -
imaginem, santa idiotice! -, mas desisti, a pedidos.
Então, atravessei a rua e fui tomar uma Antarctica bem
gelada, que foi o melhor remédio para a tremedeira que eu estava.
A bem da verdade, eu cometi uma imprudência, já que estava
na porta de casa - afinal tenho mulher e uma filha morando comigo -, mas meus
gragomilos andam tão cheios que, na hora, nem pensei nisso. Tampouco pensei -
por distração - em perguntar antes o endereço do blog dos meliantes, mas,
provavelmente, seria perda de tempo, já que, como todo petralha e similares,
eles mentiriam.
Mas o recado deles, sem dúvida, foi dado.
Na realidade, meus amigos, o que resta a essa gentalha da
esquerda senão um único argumento, que é a intimidação, assinada, selada e
apoiada pela corja que governa a espelunca em que transformaram o Brasil? E
digo mais: se for para resolver na porrada, tô dentro, e se for na base de
armas, idem, compro uma.
Acharam o teu endereço através do teu nome?
ResponderExcluirQue medo! Parece um estado "democrático" como a Republica da Coreia do Norte.
Lembra a "polícia do pensamento" de 1984 do George Orwell, com a diferença que ele não tem a polícia oficial para denunciar o "crime de pensamento". Mas em Cuba existe a Polícia Ideológica, que pode ser acionada pela "polícia do pensamento". Não resta dúvida sobre as intenções do PT e similares. Muito mais grave foi em Cachoeira (BA), o Demétrio Magnoli teve sua palestra interrompida pela "polícia do pensamento" e foi impedido de professá-la, pois a polícia oficial ao invés de defender o direito de expressão defendeu a censura. A palestra do Pondé, que seria realizada mais tarde foi cancelada. Na Venezuela começou assim.
ResponderExcluirParece, Ricardo, pelo seu relato, que o patrullhamento ideológico está passando para patrulhamento biológico. Milton lembrou a Valenzuela, mas a história é bem mais antiga. A partir de 1933, a Hitlerjugend (juventude hitlerista), que tinha em torno de 100 mil jovens, em 1938 já tinha mais de 8 milhões. tendo se transformado em organização paramilitar. Eram encarregados de perseguir as minorias, vandalizando o comércio deles.
ResponderExcluirDizem que os esquerdistas não são nazistas. Bem, pela amostra, isso é uma mentira completa.
O problema principal é que os bolsistas não tem nada a perder...
Bem, é transparente que começou com o PT o ódio contra a tal "zelite" quase que completamente composta por brancos.
ExcluirDaí que lembrar do tempo hitleriano não é assim tao disparatado.
No Zimbabwe o amigo do lula o Mugabe incita e manda queimar os brancos que são donos das fazendas e os únicos a produzir algo no país.
Karaka! até eu achei seu endereço, na NET, facinho facinho, sem nenhum trabalho.
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