domingo, 23 de fevereiro de 2014

A incrível história de um porralouca* que leva a noiva para protestar contra a Copa em um sábado à noite

* Porra-louca (Houaiss): que ou aquele que age de maneira inconsequente, louca, irresponsável.

Não tem jeito: essa merda de imprensa continua fazendo de tudo para que haja unanimidade na condenação da polícia nesses episódios onde há confrontos entre ela e as quadrilhas de criminosos - eufemisticamente chamados de manifestantes - que resolveram que o Brasil é deles e que a única solução (não sei para quê) é depredar tudo que há na sua frente.

Ontem em Sampa, a polícia resolveu enfrentar os marginais na base da porrada com um batalhão que chamaram de “Tropa do Braço”, um grupo de 140 policiais não armados e treinados em artes marciais, como o jiu-jitsu, para cercar e isolar os manifestantes, ideia de jerico que acaba transformando o singelo ato de manter a lei e a ordem em um espetáculo mambembe de MMA (Mixed Martial Arts). O resultado foi de 257 pessoas detidas (todas liberadas, é óbvio), sendo que uma ou outra tomou porrada à vera, assim como alguns membros da “Tropa do Braço” também saíram feridos - uma policial teve o braço quebrado - como consequências de desacatos, desobediências e resistências às prisões.

Mas nem por isso - um erro grave de raciocínio que considera fazer justiça tentar equiparar os poderes de ataque “ataque e defesa” - a imprensa deixa de ser um “imbecil coletivo”.

Teve um cara, por exemplo, que ficou revoltado com o que sofreu durante a manifestação. Diz ele que foi detido e ferido na testa por policiais no momento em que protestava, pacificamente, ao lado da noiva que, ainda segundo ele, ficou em estado de choque. “Estávamos desarmados e apenas cantando, em protesto, quando a confusão começou”, disse o coitadinho.

Dá para acreditar que ele estava “apenas cantando” quando tomou cacete? Só se estivesse cantando a mulher do guarda... Dá pra acreditar em um cara que leva a noiva em plena noite de sábado para uma bagunça contra a realização da Copa, com tanta coisa melhor para fazer?

Para essa imprensa vagabunda, não só dá para acreditar, como também é forçoso que transformem esse sujeito em um mártir, estampando sua foto sangrando “abundantemente” após provavelmente esperarem uns quinze minutos de sangramento sem que ele limpasse as fuças, para dar um tom perfeitamente dramático à história.

Taquemetepariu! Ainda bem que o absurdo foi noticiado pelo Globo, senão ninguém ia acreditar em mim...

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