Como não poderia deixar de ser, Reinaldo Azevedo se manifestou contra a tal lei da eutanásia infantil, aprovada ontem na Bélgica.
“É possível, sim, que a lei acabe sendo pouco, sei lá como
dizer, ‘acionada’. A questão grave aí é de princípio mesmo. Nem tem a criança,
mesmo com condições de se comunicar com clareza, discernimento o suficiente
para opinar sobre algo tão… definitivo nem me parece razoável, como princípio
de civilização, que outros possam definir quem continua ou não vivo, ainda que
pais, médicos e psicólogos.
Tudo está preparado para a falsa polarização entre a
sociedade laica e as religiões, já que cristãos judeus e muçulmanos criticaram
a aprovação da lei, como se a defesa incondicional da vida fosse expressão de
um dogma que interessa a hierarcas religiosos. Até onde alcanço, deveria ser um
fundamento inegociável do humanismo, com ou sem Deus.
Sem Deus? Pois é… Quem precisa Dele quando os homens sabem,
não é mesmo?, quem pode nascer, viver e morrer?”
Pois é, Reinaldo deu uma bela topada na lógica, vejam
só: primeiro ele afirma que “a defesa incondicional da vida” não é a “expressão
de um dogma” religioso, para logo em seguida dizer que a mesma “deveria ser um
fundamento inegociável do humanismo”. Ora, o que é um “fundamento inegociável” senão
um dogma, que, só para reforçar a memória, é definido como o “ponto fundamental
de uma doutrina religiosa, apresentado como certo e indiscutível”? E o que fez Reinaldo
além de trocar a religião pelo humanismo, termo tão vago que pode definir tanto
as ideias de Bolsonaro quanto as de Jean Wyllys?
Além disso, um dos pontos principais da “filosofia humanista”,
que não passa de uma colcha de retalhos de várias doutrinas, trata exatamente
do livre-arbítrio diante de pretensos poderes transcendentes e de
condicionamentos naturais e históricos.
Portanto, mais uma vez repito aqui, toda vez que Reinaldo -
ou qualquer outra pessoa - mistura suas crenças com assuntos objetivos, acaba perdendo
sua capacidade de raciocínio lógico. É uma pena que isso aconteça tantas vezes
e com tanta gente.
A lei é belga, a eutanasia ira acontecer na Bélgica., 80% do povo belga aprova a lei, portanto ...
ResponderExcluir... Reinaldo Azevedo perdeu a oportunidade de ficar calado.
ExcluirPois é, exigir que o sofrimento alheio seja preservado acima de qualquer coisa é realmente humanista.
ResponderExcluirDeixa ver se eu entendi. Cristãos, Judeus e Muçulmanos são contra, certo? Judeus praticavam a pena de morte por apedrejamento com as mulheres que faziam pipi fora da bacia; Cristão queimavam vivas por motivos irracionais. Judeus e Cristão tiveram vergonha na cara e mudaram esses hábitos, mas o passado os impede de falar que a religião não permite que o homem decida quem vive e quem morre. Quanto aos muçulmanos... sem comentários.
ResponderExcluirBem comentado Milton, bem comentado.
ResponderExcluirNao podemos em hipotese alguma sequer misturar o islão em um debate com pessoas que realmente vivem no século XXI. O retraso é tamanho que nao existe maneira.