A mais antiga imagem que me vem à cabeça quando se fala em
Carnaval (falo dos anos 50) é das duas velhinhas gêmeas inseparáveis e
solteironas (Délia e Laura), amigas de minha avó, que à época saíam por Ipanema sempre
fantasiadas, às vezes mascaradas, para brincar, se divertir e divertir os
outros (foram madrinhas da Banda de Ipanema).
Um belo dia, ao voltarem da folia na rua, ambas foram
abordadas por policiais na porta da sua casa porque estavam mascaradas. Claro
que foi preciosismo da polícia, a não ser que eles tenham desconfiado de alguma
coisa ligada a pedofilia, já que a alegria de ambas era a felicidade das
crianças do bairro, que as acompanhavam para todo canto. Não sei, mas me parece
que naquela época as máscaras eram proibidas por lei.
Enfim, os tempos eram outros, havia muito menos gente e o
trabalho da polícia era facilitado por isso, mas, principalmente, era preventivo.
Passando aos dias de hoje, leio que, “por determinação da Justiça
do Rio de Janeiro, todo manifestante com máscara poderá ser levado por um
policial para a delegacia, a fim de ser identificado, tirando digitais e foto,
e o material será usado pela Comissão Especial de Investigação de Atos de
Vandalismo em Manifestações Públicas (Ceiv), formada por promotores e
policiais, para ser comparado com as informações de dez inquéritos sobre
vandalismo durante protestos”.
Pelo que dá para entender, hoje as máscaras não são
proibidas por lei, havendo apenas uma determinação facultativa contra elas, atribuindo
ao policial a responsabilidade de julgar se é aplicável ou não. Ora, não seria
bem mais racional que as regras fossem claras para tirar mais esse ônus dos
policiais, que, muitas vezes não têm nem a capacidade de se defender, quanto
mais de julgar se a tal norma é aplicável ou não?
Sei não, mas dá a impressão que a maioria dessa gente que é
paga para pensar, quando bota a bunda na cadeira pensa que é latrina e passa a
raciocinar com os intestinos.
Há uma grande diferença entre sair mascarado num bloco de carnaval, que atualmente é bestaval, e sair mascarado em manifestações. A lei poderia ser específica pelo menos nessa situação.
ResponderExcluirClaro que sim, mas nós pensamos, ainda que não sejamos pagos para tal proeza...
ResponderExcluirCultura inútil.
ResponderExcluir"Mistress Day" nos USA
HOje nos USA os amantes (nao oficiais) comemoram o "dia dos amantes".
Amanha será o dia dos amantes oficiais Sao Valentim.
Oba, vou ganhar presente.