É impressionante, não tem um que se salve!
Do Correio Braziliense
Com a imagem desgastada por ter utilizado o helicóptero da
Polícia Rodoviária Federal (PRF) conveniado com o Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (Samu) em Santa Catarina para visitar as bases eleitorais, a
ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli
Salvatti, enfrenta outra turbulência. O motivo é um calote milionário aplicado
na Tvídeo, produtora responsável pela campanha eleitoral derrotada de Ideli ao
governo estadual, em 2010. Até hoje, a dívida não foi paga.
Diante dos episódios, interlocutores petistas de Santa
Catarina afirmaram que uma eventual candidatura da ministra em 2014 está
ameaçada. A Justiça de Santa Catarina condenou o Partido dos Trabalhadores a
pagar R$ 6,3 milhões à empresa. O valor total original dos dois contratos assinados
por Claudinei Nascimento, atual número 2 da Secretaria de Relações
Institucionais, firmados entre o PT e a Tvídeo, é de R$ 5,2 milhões.
O PT declarou à Justiça Eleitoral que pagou apenas R$ 2,74
milhões durante a campanha. A empresa confirma o pagamento desta quantia e
alega que a dívida em valores atualizados já chega a R$ 8,48 milhões. Ideli
Salvatti está numa sinuca de bico porque, se afirmar que pagou todos os
serviços conforme os dois contratos previam, acaba assumindo a prática de caixa
dois. Em sua decisão, a juíza Rosane Portela Wolff alega que “não há dúvidas
acerca do direito da autora (Tvídeo) em ser restituída dos valores não pagos
pelos requeridos”.
No processo movido, além do PT como pessoa jurídica, consta
o nome do presidente do partido na época em que os contratos foram firmados,
José Fritz. Uma decisão judicial, no entanto, retirou o nome do ex-dirigente do
processo.
Ao Correio, o atual presidente da legenda em Santa Catarina,
Carlos Vignatti, que derrotou o grupo de Ideli nas eleições internas da sigla,
afirmou que não tinha conhecimento do calote. “Inclusive, isso não estava na
prestação de contas que recebi. Eu não posso me manifestar sobre o assunto
simplesmente porque não tenho nenhuma informação. Eu nem sequer sabia desse
processo”, defendeu-se.
Questionado se a sigla reconhecia o calote, ele afirmou que
vai procurar saber o que realmente aconteceu durante a campanha de Ideli
Salvatti. Vignatti afirmou que a ministra já retirou o nome da disputa
eleitoral para o governo do estado neste ano. “Em relação ao Senado, eu não
sei. Ainda vamos fazer esse debate”, explicou.
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