quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

No país da baderna até advogado de porta de cadeia tenta ridicularizar o presidente do Supremo e nada acontece

 Em Paris, Joaquim Barbosa, com toda a razão, ontem criticou os ministros que o substituíram no cargo por não terem assinado o mandado de prisão do mensaleiro João Paulo Cunha.

“Se eu estivesse como substituto jamais hesitaria em tomar essa decisão. O presidente do STF responde pelo tribunal no período em que estiver lá, à frente. Responde sobretudo a questões urgentes. Se é urgente ou não, é avaliação que cada um faz”, declarou Barbosa.

Barbosa disse ainda que não teve tempo hábil para assinar o pedido de prisão de João Paulo Cunha porque terminou a decisão pouco antes das 18h e que saiu para viajar de madrugada: “Só depois de divulgada a decisão é que se emite o mandado, se fazem as comunicações à Câmara dos Deputados, ao juiz da Vara de Execuções. Nada disso é feito antes da decisão. Portanto, eu não poderia ter feito isso, porque já estava voando para o exterior”.

A verdade é que nem Carmen Lucia nem Ricardo Lewandowski se interessaram em assinar o mandado de prisão de João Paulo Cunha por motivos óbvios: querem tirar o deles da reta e, como bem lembrou Barbosa, “querem transformar decisões coletivas em decisões de Joaquim Barbosa”.

A falta de continuidade, por motivos covardes e interesseiros, num processo importante como o mensalão mostra a bagunça que impera na Justiça brasileira.

E a baderna se avilta ainda mais com as idiotices impunes proferidas pelo advogado Alberto Toron, que defendeu João Paulo Cunha no julgamento do mensalão, criticando as declarações feitas por Barbosa:

“Eu ouço isso com a maior estranheza. Ele deixou de cumprir o dever dele e agora põe a culpa pela não efetivação da prisão do deputado João Paulo Cunha nos colegas dele. É o fim da picada. Eu acho que não tem que dizer muito mais do que isso. E ele confortavelmente dando seu rolezinho em Paris.”

A verdade é que a Justiça brasileira é um lixo que, na medida em que crescem as importâncias das Cortes aproximando-se perigosamente do poder, mais fede. Arrisco a dizer que se o Poder Judiciário funcionasse a contento 90% dos problemas do País estariam resolvidos. E houvesse cadeia!

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