Deu (êpa) no Radar OnLine:
A possibilidade de um beijo gay entre Félix e Niko (Mateus
Solano e Thiago Fragoso) no último capítulo de Amor à Vida já incomoda
profundamente o interlocutor preferido da Globo com os evangélicos.
O pastor Silas Malafaia, que está sempre em contato com a
cúpula da emissora, já reage antecipadamente, no estilo não viu e não gostou:
“A Globo tenta abrir um canal com os evangélicos por um lado
e fecha por um lado. A Rede Globo é a emissora campeã no país de promoção da
causa gay.”
Difícil de opinar, mas nesses casos eu sempre digo que existe
uma arma mais poderosa que a censura sempre à nossa disposição: o controle
remoto, que ainda oferece duas opções, que sejam, mudar de canal ou desligar.
Confesso que, como Malafaia, também não sou amigo da ideia da
exposição do beijo gay, mas por motivos diferentes: não porque seja pecado, não
porque deus não recomenda e não porque a Bíblia condena, mas simplesmente
porque me dão nojo. Mesmo os beijos entre homem e mulher, quando extrapolam as
medidas e chegam ao nível de desentupidores de pias, não me agradam ver, mesmo
dentro de certos contextos. Beijos assim são bons de fazer, e bem escondidinho.
Confesso também que esta semana assisti a três capítulos quase
inteiros da tal novela, motivado exatamente pelo reboliço que os gays da
telinha andam causando pelaí. Não fiquei horrorizado porque já estou habituado
com a viadagem aqui em Ipanema, mas principalmente porque os personagens são
tão caricatos que dá vontade de rir. É muito viado junto! A coisa fica
engraçada porque os artistas principais que interpretam os gays - Mateus Solano,
Marcelo Anthony e Thiago Fragoso - foram galãs em outras novelas e não são viados
(ou, pelo menos não são desmunhecados), mas, com a obrigação de sê-los na tela,
viram as bichonas mais desengonçadas que eu já vi. Até lembrei do filme “A
Gaiola das Loucas”, a maravilhosa comédia que tem Ugo Tognazzi interpretando
uma bicha velha.
De qualquer maneira, não há nada muito diferente a se esperar das
novelas da Globo já que seus principais escritores e criadores são gays
assumidíssimos: Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Walcyr Carrasco. É puro
corporativismo...
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