Como bem lembrou Ucho em seu site, enquanto o Brasil está de
ponta cabeça, a imprensa se preocupa com a barba do Barba, que se deixou
fotografar ao lado do Poste-Que-Não-Dá-Luz no Palácio do Planalto, onde ambos discutiram
as reformas ministeriais.
Isso, sem falar nos rolezinhos, a coqueluche do momento.
Aliás, eu fico imaginando o teor da conversa desses dois. A
primeira coisa que imagino é a compreensão mútua, prejudicadíssima pelo fato de
cada um ter seu idioma próprio, ambos de origem desconhecida. Depois, um
problema comum aos dois, o intelecto, já que ambos primam pela burrice crônica,
sendo que Lula tem a seu favor apenas uma coisa a mais: a esperteza, que não
tem nada a ver com inteligência. Em terceiro lugar, as decisões propriamente
ditas sobre quem vai esculhambar qual ministério, a troco de favores políticos,
passando por cima de critérios técnicos e de probidade, coisas que os petralhas
nunca ouviram falar. Ou seja, o caráter, para quem não o tem, pouco importa,
desde que a troca de favores atenda à pura e simples ambição pelo poder.
Não, eu não critico o Poste por pedir ajuda a alguém, nem
mesmo a Lula (afinal, merda atrai merda) para resolver problemas porque isso é
normal em uma Democracia (até quando?), onde ninguém toma decisões sozinho. Mas
tudo tem limites. Neste caso, recomenda-se discrição, o que, definitivamente,
não há quando se trata dessa parelha, já que a figura da presidente,
naturalmente apagada, praticamente some de cena quando o Barba aparece, fazendo
questão de ser fotografado e devidamente documentado pela imprensa, dando a
impressão – verdadeira – que quem manda é ele. Até mesmo os petralhas acham
isso.
E Ucho manda:
É inaceitável o comportamento da
grande imprensa nacional, que se deixa pautar pelos interesses escusos do
Palácio do Planalto, sem ao menos contestar os desmandos que brotam nos
gabinetes palacianos. Cada vez mais provando sua conhecida incompetência,
apesar de ter sido apresentada aos brasileiros como a gerentona e a garantia de
continuidade, Dilma não passa de uma obediente tutelada de Lula, que muda os
rumos do governo conforme seus interesses. Se situação idêntica acontecesse com
algum partido de oposição no poder central, por certo o PT já teria
protagonizado a maior gritaria, não sem antes Lula ter criado mais um dos seus
enfadonhos “governos paralelos”.
Os jornalistas que cobrem o
cotidiano do Palácio do Planalto perderam uma grande oportunidade de perguntar
ao lobista e dedo-duro sobre o escândalo de corrupção envolvendo Rosemary
Noronha, que se apresentava aos interlocutores como namorada do ex-metalúrgico.
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