Carlos Newton na Tribuna da Internet:
A perseguição ao ministro Joaquim Barbosa é impressionante.
Tentam devassar sua vida de todas as formas, para descobrir manchas em seu
extraordinário currículo. É claro que muitos erros serão encontrados, ninguém é
perfeito (ou atire logo a primeira pedra). Mas em comparação à quase totalidade
dos políticos e autoridades brasileiras, a trajetória de Barbosa é algo
insuperável.
Sua origem carente tem semelhanças com a de Lula, mas
Barbosa conseguiu uma diferença fundamental. Ao contrário do ex-presidente, que
sempre se orgulhou de jamais ter lido um só livro, Barbosa se tornou um
intelectual de primeira, com um currículo cravejado de concursos públicos e uma
cultura realmente invejável.
A pressão que hoje o PT e parte da mídia exercem sobre ele é
implacável. Procuram de todas as formas evitar que ele peça aposentadoria em
abril, se filie a algum partido e se candidate à Presidência da República,
conforme a legislação eleitoral lhe permite, por ser magistrado.
Mas o resultado dessa perseguição pode ser exatamente o
contrário. Por ter um temperamento irritadiço e combativo, o resultado mais
provável é que Barbosa acabe respondendo a seus desafetos com a apresentação da
sua candidatura. E aí o atual quadro da política mudará por completo.
Nessa hipótese, a eleição presidencial deixará de estar
vencida pelo PT por antecipação, Dilma Rousseff sai de cena e Lula será
imediatamente “convocado” pelo partido, enquanto Aécio Neves (ou José Serra) e
Eduardo Campos (ou Marina Silva) apenas disputarão o terceiro lugar no primeiro
turno.
Irritem bastante Joaquim Barbosa, continuem perseguindo o
presidente do Supremo. E vejam bem aonde isso vai dar.
Embora não descarte votar nele, caso isso aconteça, particularmente, eu acho precipitada a candidatura de Barbosa
à Presidência, mas teria muito prazer em vê-lo representando o Estado do
Rio de Janeiro no Senado.
Depois disso, em 2018, quem sabe?
Depois disso, em 2018, quem sabe?
Nenhum comentário:
Postar um comentário