segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Irritem bastante o ministro Joaquim Barbosa. É só o que falta para ele perder a paciência e se candidatar a presidente.

Carlos Newton na Tribuna da Internet:

A perseguição ao ministro Joaquim Barbosa é impressionante. Tentam devassar sua vida de todas as formas, para descobrir manchas em seu extraordinário currículo. É claro que muitos erros serão encontrados, ninguém é perfeito (ou atire logo a primeira pedra). Mas em comparação à quase totalidade dos políticos e autoridades brasileiras, a trajetória de Barbosa é algo insuperável.

Sua origem carente tem semelhanças com a de Lula, mas Barbosa conseguiu uma diferença fundamental. Ao contrário do ex-presidente, que sempre se orgulhou de jamais ter lido um só livro, Barbosa se tornou um intelectual de primeira, com um currículo cravejado de concursos públicos e uma cultura realmente invejável.

A pressão que hoje o PT e parte da mídia exercem sobre ele é implacável. Procuram de todas as formas evitar que ele peça aposentadoria em abril, se filie a algum partido e se candidate à Presidência da República, conforme a legislação eleitoral lhe permite, por ser magistrado.

Mas o resultado dessa perseguição pode ser exatamente o contrário. Por ter um temperamento irritadiço e combativo, o resultado mais provável é que Barbosa acabe respondendo a seus desafetos com a apresentação da sua candidatura. E aí o atual quadro da política mudará por completo.

Nessa hipótese, a eleição presidencial deixará de estar vencida pelo PT por antecipação, Dilma Rousseff sai de cena e Lula será imediatamente “convocado” pelo partido, enquanto Aécio Neves (ou José Serra) e Eduardo Campos (ou Marina Silva) apenas disputarão o terceiro lugar no primeiro turno.

Irritem bastante Joaquim Barbosa, continuem perseguindo o presidente do Supremo. E vejam bem aonde isso vai dar.

Embora não descarte votar nele, caso isso aconteça, particularmente, eu acho precipitada a candidatura de Barbosa à Presidência, mas teria muito prazer em vê-lo representando o Estado do Rio de Janeiro no Senado. 

Depois disso, em 2018, quem sabe?

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