Se há coisas que me incomodam são as tentativas dos “entendidos”
e dos críticos ao querer descobrir e interpretar as intenções dos artistas quando
executam uma determinada obra. Talvez isso seja aplicável na literatura, teatro
ou cinema, mesmo assim, eu lembro de uma resposta de Michelangelo Antonioni ao
ser perguntado sobre o que ele quis dizer com um filme seu meio sem pé nem
cabeça, que fazia grande sucesso entre os críticos, que o interpretavam das
maneiras mais diversas: “Nada. Eu simplesmente queria filmar. Qualquer interpretação
que vá além da simplicidade das imagens em movimento é especulação.”
A mesma coisa se dava com Picasso, outro que zombou dos
deslumbrados confessando-se apenas um palhaço que explorava a burrice deles.
O introito é para falar do absurdo de um extenso documentário
francês sobre Edward Hopper, pintor realista americano, exibido ontem na TV
Cultura, onde os “intelequituais” deitaram e rolaram em viagens delirantes em
torno do que Hopper teria em mente ao pintar este ou aquele quadro, ignorando
solenemente a técnica ou harmonia das obras. O troço era mais ou menos assim: “a
obra de Hopper sofreu forte influência dos estudos psicológicos de Freud e da
teoria intuicionista de Bergson, que buscavam uma compreensão subjetiva do
homem e de seus problemas”, interpretação dada por Graça Proença, professora de
Filosofia e Literatura, em seu livro “História da Arte”. Teve até um sujeito que
interpretou que um carro preto com quatro bandidos armados tinha acabado de
sair do posto de gasolina vazio - onde apenas um homem mexia em uma bomba - retratado
em um dos quadros. Vá ter imaginação assim nas profundas!
A mim pouco importa o que Hopper, Rembrandt ou Warhol pensavam
enquanto pintavam, e sim o resultado final. Já pensaram em ter um quadro na
parede que merecesse uma resposta em forma de tratado psicanalítico toda vez
que uma visita fizesse uma observação sobre ele? Ora, me poupem!
Hopper: Gas (1940) - Um demente viu um carro preto com quatro bandidos armados acabando de sair |
Mais idiota que um critico de arte só mesmo um petista militante e militante tentando maquiar a verdade.
ResponderExcluirOs críticos de arte precisam de quilos de viagra, pois a masturbação mental é irrealizável sem ajuda química, o cérebro não sobe.
ResponderExcluirPor falar em "masturbação intelectual":
ResponderExcluirhttp://www.filmesonlinegratis.net/watchmen-o-filme-dublado.html