segunda-feira, 12 de maio de 2014

Edward Hopper e a masturbação intelectual

Se há coisas que me incomodam são as tentativas dos “entendidos” e dos críticos ao querer descobrir e interpretar as intenções dos artistas quando executam uma determinada obra. Talvez isso seja aplicável na literatura, teatro ou cinema, mesmo assim, eu lembro de uma resposta de Michelangelo Antonioni ao ser perguntado sobre o que ele quis dizer com um filme seu meio sem pé nem cabeça, que fazia grande sucesso entre os críticos, que o interpretavam das maneiras mais diversas: “Nada. Eu simplesmente queria filmar. Qualquer interpretação que vá além da simplicidade das imagens em movimento é especulação.”

A mesma coisa se dava com Picasso, outro que zombou dos deslumbrados confessando-se apenas um palhaço que explorava a burrice deles.

O introito é para falar do absurdo de um extenso documentário francês sobre Edward Hopper, pintor realista americano, exibido ontem na TV Cultura, onde os “intelequituais” deitaram e rolaram em viagens delirantes em torno do que Hopper teria em mente ao pintar este ou aquele quadro, ignorando solenemente a técnica ou harmonia das obras. O troço era mais ou menos assim: “a obra de Hopper sofreu forte influência dos estudos psicológicos de Freud e da teoria intuicionista de Bergson, que buscavam uma compreensão subjetiva do homem e de seus problemas”, interpretação dada por Graça Proença, professora de Filosofia e Literatura, em seu livro “História da Arte”. Teve até um sujeito que interpretou que um carro preto com quatro bandidos armados tinha acabado de sair do posto de gasolina vazio - onde apenas um homem mexia em uma bomba - retratado em um dos quadros. Vá ter imaginação assim nas profundas!

A mim pouco importa o que Hopper, Rembrandt ou Warhol pensavam enquanto pintavam, e sim o resultado final. Já pensaram em ter um quadro na parede que merecesse uma resposta em forma de tratado psicanalítico toda vez que uma visita fizesse uma observação sobre ele? Ora, me poupem!

Hopper: Gas (1940) - Um demente viu um carro preto com quatro bandidos armados acabando de sair

3 comentários:

  1. Mais idiota que um critico de arte só mesmo um petista militante e militante tentando maquiar a verdade.

    ResponderExcluir
  2. Os críticos de arte precisam de quilos de viagra, pois a masturbação mental é irrealizável sem ajuda química, o cérebro não sobe.

    ResponderExcluir
  3. Por falar em "masturbação intelectual":

    http://www.filmesonlinegratis.net/watchmen-o-filme-dublado.html

    ResponderExcluir