terça-feira, 20 de maio de 2014

Eu sou um “viciado” em cigarro e cerveja, mas o Marcelo D2 é apenas um “usuário” de maconha

“Fumo maconha todos os dias e nunca vou deixar de fumar e nem escrever sobre isso.” Marcelo D2

O título é meu e a matéria do Reinaldo Azevedo é muito bem sacada.

Lobby transforma em “usuários” os viciados nas drogas ilegais…

Escrevo este outro para chamar a atenção de vocês para um aspecto em particular: observem que os consumidores das chamadas “drogas lícitas” são tratados por praticamente a totalidade da imprensa como “viciados”. Não se tem receio - e é o certo - de afirmar que o sujeito é viciado em tabaco (nicotina), álcool ou remédios.

Quando, no entanto, entram na parada as drogas ilícitas, aí se recorre a outro vocabulário. Não temos “viciados” em crack, maconha ou cocaína! Nada disso! Essas pessoas ou são “consumidoras de drogas” ou, e esta palavrinha é ainda interessante: “usuárias”.

A cultura das drogas e o lobby em favor da descriminação é de tal sorte poderoso que é capaz de mudar até o vocabulário. Eu não tenho muitas dúvidas de que uma marcha em favor do cigarro ou do Lexotan seriam muito mal recebida pela imprensa. Já as Marchas da Maconha são reverenciadas quase como um desfile de seguidores de Schopenhauer…

4 comentários:

  1. Grande Sacada! - são coisas Aparentemente Inocentes" mas que mudam a PERCEPÇÃO dos fatos.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Já ouvi que "mudando o nome da coisa não modifica a coisa" - não é necessário mudar o nome, basta, apenas, mudar a Percepção da coisa para manipular uma possível reação, adiar uma tomada de posição ou Consciência.

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  2. Nunca fui contra quem fuma maconha, mas sempre fui contra as argumentações furadíssimas e hipócritas tentando exaltar os seus "benefícios". Fuma quem quer e ninguém tem nada a ver com isso, desde que não incomode.

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