quinta-feira, 22 de maio de 2014

Gostar de assistir sexo entre homossexuais agora é obrigação!


A estreia do filme “Praia do Futuro” em circuito nacional, na última quinta-feira, tem provocado reações surpreendentes na plateia brasileira. A produção brasileira, que traz a assinatura de Karim Aïnouz, tem sido, em algumas cidades, alvo de forte rejeição às cenas de sexo entre os personagens centrais, vividos pelo brasileiro Wagner Moura e pelo alemão Clemens Schick e levou dezenas de pessoas a deixar as salas de exibição em lugares como Niterói, no Grande Rio, e São Luís, no Maranhão.

Na noite do último domingo o incômodo com as cenas envolvendo Moura levou nada menos que 42 pessoas a deixarem uma sala de cinema em Niterói. Na capital maranhense a história se repetiu. Numa sala com cerca de 40 pessoas, mais da metade debandou depois de testemunhar as cenas.

Aí começa a palhaçada. A notícia diz que “especialistas atribuem as reações ao conservadorismo da população do país, onde a aceitação ao amor entre homens ainda é longe da ideal”.

Depois, passa algumas opiniões da turminha do politicamente correto:

“Na segunda cena, começou todo mundo a se levantar. Achei estranho e comecei a contar. Duas meninas, de cerca de 25 anos, diziam ‘não vim aqui para assistir a filme gay’. Fiquei chocada, eu realmente fico sem entender o que leva uma pessoa a fazer isso.”
Jornalista Vivian Fernandez, que testemunhou a debandada em Niterói.

“O que existe é a negação da possibilidade do afeto entre dois homens, as pessoas não querem entender os desejos de quem lhes é diferente, daí o estranhamento.”
Coordenador do movimento Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

“Ficou muito claro que eles saíram por causa da temática LGBT. O que as pessoas acham que é a sala de cinema? Um bufê?”
Márcio Sallem, crítico de cinema, assistiu a tudo em São Luiz.

“É ótimo que ele tenha aceitado fazer o filme e tenha dado um tapa na cara dos retrógrados.”
Organizador do Cineclube LGBT Aleques Eiterer, que exibiu o longa em pré-estreia no dia 9 de maio no Rio “com ótima receptividade”, não tem dúvidas de que o caso traz embutido um forte preconceito. Para ele, incomoda particularmente ver o ator que viveu o brutal Capitão Nascimento na pele de um homossexual.

“Isso acontece porque é um filme com dois homens, né? Vemos o quanto a sociedade não consegue lidar com relações homossexuais e sabemos que a questão das religiões fundamentalistas ajuda a arraigar o atraso.”
Vice-presidente do Grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves, lamentando “tamanho retrocesso”.

Como se pode notar, na opinião dos “especialistas” quem não gosta de viadagem é retrógrado e não tem o direito de se “chocar” com cenas de sexo homossexual em um filme. Pelo contrário, esse tipo de atitude é exclusiva dos “progressistas”, que, não satisfeitos em tentar nos impingir conceitos, acham-se no direito de mandar também nas nossas reações e convicções morais.

Não há coisa mais estúpida que a imposição dessa inversão de valores em nome de um modernismo fajuto que hoje ocorre em todas as áreas da nossa vida, até porque esse tal “progressismo” nada tem de moderno, já que foi posto em prática por Stalin, logo após a Segunda Guerra. A Teoria dos dois Campos, como ficou conhecido o absurdo, estabelecia que todas as áreas do pensamento e da ação deveriam ser divididas em dois campos mutuamente excludentes, antagônicos e irreconciliáveis, maniqueísmo que determinava que quem pensasse diferente das concepções oficiais era inimigo.

De mais a mais, aonde está o preconceito contra o homossexualismo de quem se retira de um cinema para não ver o que não quer, alegado por esses idiotas? Desde quando uma moça dizer à outra “não vim aqui para assistir a filme gay” e ambas retirarem-se do cinema é motivo para escandalizar alguém? E quem é fã do Wagner Moura, o machão do Bope, ao deparar-se com uma cena em que ele queima a rosca - ainda que de mentirinha -, não tem o direito de ficar chocado e se mandar dizendo cobras e lagartos?

Hoje, quem não acha que viadagem é lindo, que negro é inferior e precisa de cotas para isso e aquilo, que o aborto deve ser liberado, que maconha idem e que o socialismo é a solução para os problemas do mundo apesar de ter fracassado por onde passou, é rotulado de reacionário, quando, na verdade, quem são os reacionários (segundo o Houaiss, contrários, hostis à democracia; antidemocráticos) são eles mesmos ao querer nos fazer imposições (i)morais de toda a ordem.

Vão chupar um prego!

3 comentários:

  1. Quanto aos filmes com cenas entre duas mulheres? Com toda a certeza a maioria dos homens babam.
    Quem foi ver o filme não sabia do que se tratava? Eu não vou ao cinema sem saber a essência do filme.

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  2. Veja só como a velhice se revela das formas mais inesperadas. Eu sou tão velho que ainda sei desligar os aparelhos que uso.

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  3. Exatamente Milton, o mesmo se passa quando vamos ver um filme no cinema,ou uma peca de teatro ou qualquer outra manifestação cultural, também podemos sair e ir embora se não gostarmos.
    Apenas uma vez aconteceu de eu sair antes da metade do filme, foi quando fui ver o "Good Morning Vietnam" sabia do que tratava, mas foi demasiado chato para o meu gosto.

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