domingo, 25 de maio de 2014

Feias Artes

O museólogo Pedro Xexeo, em um documentário na TV, resolveu apresentar as mais belas obras - segundo ele - da exposição permanente do Museu Nacional de Belas Artes, da qual ele é curador. Em ordem cronológica, ele começou com um quadro de Taunay, “Floresta reduzida a carvão”, porque “é um documento que aborda um problema atual”, que seja, o desmatamento. Depois seguiu com um de José Correia de Lima, “Retrato do intrépido marinheiro Simão, carvoeiro do vapor Pernambucana”, por causa de alguma coisa relacionada com negros, assim como o quadro seguinte, que mostrava negros combatendo na Guerra do Paraguai.

Correia de Lima
Bom, eu entendo como belo, um quadro que seja agradável, bem pintado, harmonicamente composto e equilibrado. Em nada importam quais tenham sido os motivos que levaram o artista a pintá-lo e, muito menos, quais as interpretações que críticos porraloucas inventam para valorizar ou depreciar uma obra.

No caso citado, nenhum dos quadros ditos como “belos” por Pedro Xexeo são dignos de qualquer relevância, sendo que o de Taunay, que até tem coisas boas, é um monumento ao desequilíbrio.

Taunay
Logo em seguida, Xexeo queimou etapas e mencionou que iria mostrar as obras de Cândido Portinari e Tarsila do Amaral. Gelei. Mudei de canal ao deparar com um auto-retrato horroroso da pintora, uma comunista que passou grande parte da sua vida na Europa torrando a fortuna que herdou, e antes que mostrassem o indefectível e igualmente horroroso “Café”, do também comunista Portinari.

Tarsila
Nem nas Artes essa gentinha com a cabeça impregnada de titica dá sossego!

Portinari

2 comentários:

  1. Era da época, a maioria dos artistas plásticos eram comunistas. Eu adoro a arte do Diego Rivera, e mais comunista que ele não tinha.
    Não nego que gosto de quase tudo que pintou, já a Frida não aprecio nada, nada mesmo.
    Eram decadentes.
    Não há muitas mulheres reconhecidas como grandes pintoras, mas há uma que gosto muito que é a Georgia O'Keeffe, não sei de nada que a tenha levado a ser política, por ser americana não precisava ser militante política. Parece que era uma mulher que vivia uma vida normal, pelo que sei, pode ser que tenha sido diferente.
    A Frida Khalo foi a primeira mulher do novo mundo a expor em Paris, que bom para ela.
    A Tamara Lempicka vivia o seu lesbianismo abertamente e retratava bem a sua escolha sexual através das suas telas, muitas telas bonitas sem duvidas. Nada de sexo nas telas da Lempicka, nas pintava somente mulheres.
    Eu gosto de algumas obras do Portinari.

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  2. Sabe, Theresa, não entendo muito, ... na verdade, nada de arte - gosto ou não gosto e pronto - mas tive alguns períodos dedicados a ela. Num primeiro momento, reprodução de quadrinhos dos "gibis", a "lápis de escrever" com esfuminhos a dedo; num segundo momento, nas aulas de "arte" ginasiana a "coisa" sofisticou-se, usava lápis de cera (caros pra dedeu!) e já "criava" naturezas vivas e mortas com cera e brevíssima passagem por guache e óleo ... houve uma fase Hippie, no terceiro momento das alucinações de ácido, produzia Camisetas.

    O Lixo ganhou um Artista! - graças a deus, a fase Yuppie-Careta não produziu Arte alguma, só o bom e velho Trabalho. Não tenho saudade nenhuma da "arte" que produzi.

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