Deu no Blog do Coronel:
Atenção, paulistas! Com a concordância do PSDB de Alckmin, o
PT aprova golpe na democracia representativa. O mesmo golpe que o Congresso
impediu.
Comandada pelo PSDB, a Assembleia Legislativa de São Paulo
aprovou por consenso o projeto de lei que autoriza a criação de conselhos
populares no Estado, nos mesmos moldes da proposta elaborada pelo governo da
presidente Dilma Rousseff - e que foi vetada por deputados federais dois dias
depois da reeleição de Dilma.
Na quarta-feira, os deputados estaduais deram aval à
participação popular nas decisões do governo paulista, por meio da criação da
Política Estadual de Participação Social e do Sistema Estadual de Participação
Social. O projeto de lei, apresentado pela bancada do PT, prevê que movimentos
sociais sejam ouvidos na elaboração de políticas públicas no Estado, comandado
pelo governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB). O texto segue para apreciação
do governador.
O projeto de lei número 1073, de 2014, prevê dez tipos de
instâncias e mecanismos de participação social, como conselhos, conferências,
comissões de política pública, mesas de diálogo, consulta pública e orçamento
participativo. O texto afirma que os órgãos e entidades da administração
pública direta e indireta “deverão considerar as instâncias e os mecanismos de
participação social para a formulação, a execução, o monitoramento e a
avaliação de seus programas e políticas públicas”. As despesas de viagem dos
representantes da sociedade para a participação em reuniões e eventos deverão
ser pagas pelo governo.
A votação da proposta do PT, que é minoritário na
Assembleia, foi negociada com o PSDB em meio a um pacote de projetos de
deputados e do Executivo para serem aprovados. O líder do governo, Barros
Munhoz (PSDB), disse que não houve polêmica porque o projeto não obriga a
instalação de conselhos populares. “A proposta é autorizativa, não impositiva
como a do governo federal. Não há necessidade de polêmica”.
A Política Nacional de Participação Social apresentada por
meio de decreto pela presidente Dilma, no entanto, também não obrigava o
governo federal a seguir as decisões tomadas pelos conselhos, mas sim
estabelecia a consulta popular antes da adoção de políticas públicas. PT, PSOL
e PCdoB ficaram isolados na defesa da proposta criticada como “bolivarianista”,
que foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.
Na Assembleia, o líder do PT, João Paulo Rillo,
disse que a forma de apresentação da proposta em São Paulo, por meio de um
projeto de lei e não por decreto, pode ter ajudado na aprovação. O projeto,
afirmou Rillo, segue a “orientação política e ideológica” da proposta federal.
( AASP)
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