Olavo de Carvalho
Um dos dogmas mais básicos – e mais psicóticos – da
mentalidade revolucionária nas últimas quatro ou cinco décadas é que não existe
“natureza humana”: o bicho-homem não tem instintos, não tem programação
genética, é uma folha em branco, uma tábua rasa: tudo o que ele faz e pensa é
imposto por “estereótipos culturais”. Estes, por sua vez, não surgem da
experiência acumulada das gerações, mas são “instrumentos de dominação” criados
pela maldita classe dominante.
Se você acredita que é macho só porque nasceu macho, ou
fêmea só porque nasceu fêmea, está muito enganado(a). Foi o “aparato de
reprodução da ideologia burguesa” que vestiu em você esses modelitos odiosos
para que você não percebesse que seu pênis pode ser um sinal de feminilidade e
sua vagina uma prova de macheza acima de qualquer suspeita.
Nem precisa perguntar: Sim, a ciência já demonstrou que isso
é uma fraude das grossas. E sim, os mesmos que brandem a teoria da “tábua rasa”
contra os papéis tradicionais de homem e mulher saem gritando, cinco minutos
depois, que o homossexualismo é genético e que tentar mudar um homossexual é
crime. Isto é: você não nasce homem nem mulher, mas nasce homossexual.
Perguntar como você pode sentir atração por pessoas “do mesmo sexo” sem ter
sexo nenhum é homofobia.
Há ainda aqueles que exigem acesso aos banheiros femininos
para os transexuais e ao mesmo tempo berram que “é preciso acabar com os
estereótipos de macho e fêmea”. Mas o que faz de um transexual um transexual
senão o fato de que, nascido num sexo, ele copia os estereótipos do outro? E é
preciso ser cego para não notar que a conduta feminina de um transexual é ainda
mais estereotipada que a das mulheres.
Um documentário recente (https://www.youtube.com/watch?v=p5LRdW8xw70)
mostrou que na Noruega, o país onde a legislação é a mais igualitária do mundo
para homens e mulheres, as pessoas continuam a buscar as profissões que
correspondem ao “estereótipo” do seu sexo, com freqüência estatística até maior
do que o faziam antes de oficializado o discurso equalizante. Os fanáticos da
“tábua rasa” dizem que elas fazem isso por pressão da sociedade, mas elas
insistem que não: as mulheres escolhem cuidar de bebês, e não de automóveis,
porque querem e não porque mamãe mandou. Mas os iluminados acreditam que essas
pessoas não têm autoridade para dizer o que querem: quem tem são eles.
É essa a mentalidade por trás de milhares de leis psicóticas
com que cérebros lesados impõem a sua deformidade à população, proibindo a
saúde mental como se fosse um crime.
Marc diz
ResponderExcluirnão lembro qual país da Escandinávia (também não lembro onde li; preciso de um HD maior) está agora colhendo os frutos de um educação baseada na, argh, igualdade de gênero; com um aumento sensível de desajustados. Pelo jeito, eles vão acabar dom essa idiotice; mas como nossos idiotas são mais idiotas que os idiotas deles, a igualdade de gênero, argh, está salva