Oops! George Hilton errado. Esse é o Sartana do cinema. |
Essa mulherzinha quer acabar com o Brasil de cabo a rabo!
Globo
A escolha do novo ministro do Esporte, George Hilton, foi
duramente criticada pelo grupo “Atletas pelo Brasil”, uma ONG que reúne atletas
e ex-atletas que buscam a melhoria do esporte no país. Entre os nomes do grupo
estão Kaká, Rogério Ceni, Rubens Barrichello, Bernardinho, Gustavo Borges, Raí
e Hortência.
Em um comunicado divulgado, o grupo disse que a presidente
Dilma Rousseff “abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte”.
Procurado pela reportagem do GLOBO, o PRB se manifestou
sobre a posição do grupo de atletas:
‘O PRB, assim como a ONG Atletas pelo Brasil, quer
contribuir na melhora do esporte brasileiro. O partido acredita no diálogo como
forma de encontrar os melhores caminhos a fim de construir uma gestão eficiente
e ágil. A participação da sociedade organizada e das entidades ligadas ao
esporte é fundamental para o sucesso desse trabalho’, diz a nota enviada pela
assessoria do partido do novo ministro do Esporte.
Confira a íntegra do comunicado da ONG “Atletas pelo
Brasil”:
“A Atletas pelo Brasil vem manifestar publicamente seu
desapontamento com a forma de nomeação do atual Ministério do Esporte.
Somos uma organização não governamental que trabalha pela
melhoria da política esportiva no Brasil. Desde 2009, trabalhamos para
influenciar as decisões governamentais a fim de que haja uma legislação mais
moderna, uma alocação de recursos mais eficiente, uma melhor gestão e
transparência no esporte e para que o País possa pensar no esporte como fator
estratégico para o desenvolvimento humano e social com importante impacto na
saúde, educação e planejamento urbano.
Como diz nossa missão, queremos “melhorar o esporte para
melhorar o País”. Acreditamos piamente nisto. Somos uma associação de mais de
60 atletas de relevância para o esporte.
Tivemos, junto com muitos outros, importância no passado, e
continuamos tendo no presente. E, muito mais do que isso, queremos ajudar a
construir um País com espirito olímpico. Desejamos uma política esportiva
(educacional, de participação e de alto rendimento) que nos orgulhe e que
mostre um caminho diferente, que aponte para o Esporte que o Brasil merece.
Temos trabalhado na seara política pois acreditamos na
participação ativa da sociedade para as mudanças do País. No esporte, só
teremos resultados expressivos e de longo prazo caso ele seja administrado com
responsabilidade por nossos governantes e legisladores.
Exigimos muito mais respeito e cuidado com tudo que envolve
o tema Esporte no Brasil. O que está muito longe de acontecer quando
constatamos os critérios, ou a falta deles, que foram usados para a escolha do
novo ministro.
Infelizmente, há anos, o Ministério do Esporte é usado na
barganha política. Não se trata de decidir quem seria a melhor pessoa para
ocupar o cargo, mas qual partido o terá de acordo com as alianças e que
decidirá a seu bel-prazer quem o representará. Nem mesmo uma familiaridade com
o tema é observada, o que traz enormes prejuízos ao esporte e ao País em um
setor que está à frente de um enorme investimento com os megaeventos
esportivos.
A nomeação com critério unicamente político, na maior parte
das vezes, traz consigo o aumento da ineficiência de gestão, descontinuidade da
política, reinício de convencimentos e processos e tudo isso com custo aos
cofres públicos.
Às vésperas das Olimpíadas, a Presidente Dilma abriu mão de
uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte. Decepcionou todo um setor de
atletas, jornalistas, empresários, organizações, trabalhadores e amantes do
esporte em geral.
E nós, atletas, não podemos mais ser mais usados
simplesmente para fotos conjuntas em momentos de vitória nacional. Vamos ser
francos, essas conquistas são muitas vezes obtidas a despeito da política
esportiva, da legislação e da condução nacional do esporte. E, em alguns casos,
encontrando até forças contrárias a dificultar o caminho. Se os governantes
querem estar ao lado das vitórias, devem tomar consciência da sua enorme
responsabilidade nas derrotas.
Mesmo assim, seguimos em frente pois acreditamos em um País
melhor, mas reiteramos aqui hoje que, como cidadãos e cidadãs brasileiros, nos
sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil
continua sendo encarado como algo menor.
Nós da Atletas pelo Brasil continuaremos prontos para
ajudar, contribuir e dialogar com todos que desejam deixar um lindo legado
esportivo para o País.”
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