Da Folha
Os Três Patetas no comando da Nau Flagrante |
Um bilhete escrito pelo presidente de uma empreiteira relata
o lobby feito para pôr de pé um negócio de R$ 8 bilhões, a revitalização da
zona portuária do Rio de Janeiro. Léo Pinheiro, presidente da Construtora OAS,
conta no texto de abril de 2007 que “o presidente da República e o governador
não só tomaram conhecimento como já desencadearam ações de apoio ao projeto”. O
presidente à época era Lula (PT), e o governador, Sérgio Cabral (PMDB).
O projeto, conhecido como Porto Maravilha, começou a ser
executado em 2010 por um consórcio com OAS, Odebrecht e Carioca. Está previsto
para ficar pronto em 2016.
O autor do bilhete foi preso no dia 14 pela Operação Lava
Jato da Polícia Federal, sob acusação de pagar propina para obter contratos na
Petrobras, o que seus advogados negam. Mais três executivos da OAS estão
presos.
Entre outras ações que o presidente teria desencadeado, o
executivo da OAS diz que o Ministério das Cidades coordenaria a participação do
governo federal e de bancos públicos. Isso de fato ocorreu.
A coordenação era importante porque a revitalização envolve
uma série de órgãos federais, como a SPU (Secretaria do Patrimônio da União),
responsável pelos terrenos do governo. O bilhete relata ainda que o governo do
Estado apoiaria a revitalização da área, o que também ocorreu.
O ingresso da Caixa Econômica Federal no projeto, por
determinação de Lula, foi fundamental para desatar um dos nós da revitalização:
a prefeitura não tinha os recursos para revitalizar o porto.
A Caixa desfez o nó ao se dispor a comprar com recursos do
FGTS todos os títulos imobiliários da região, emitidos pela Prefeitura do Rio.
Esses títulos permitem que construtoras levantem prédios com
mais andares do que aqueles previstos pela lei. É como se a construtora
comprasse o espaço no ar para fazer mais prédios mais altos do que se permite e
pagasse ao poder público por isso.
Como a Caixa se dispôs a comprar todos os títulos de uma
vez, a prefeitura não precisou ficar negociando caso a caso, o que poderia
levar anos para levantar os R$ 8 bilhões necessários ao projeto. Por vias
indiretas, a Caixa acabou se tornando a principal financiadora da obra.
O texto diz que a OAS estava elaborando o melhor modelo de
negócio e sugere que a Companhia Docas do Rio, que administra o porto,
precisaria de “novo presidente, com perfil apropriado para gestão da
revitalização”.
A troca de presidente não ocorreu, mas em setembro de 2013 a
presidente Dilma Rousseff autorizou que a prefeitura do Rio desapropriasse
vários imóveis da região que eram da Companhia Docas.
O bilhete foi encontrado na casa do presidente
da OAS numa caixa de papelão com a inscrição “Dr. Léo”, guardada no closet do
empreiteiro.
Só faltam escândalos sexuais , o resto a caterva petista parece estar no cimo da montanha.
ResponderExcluirEu estou decepcionado,quero apenas ver o que vai acontecer a partir do dia 1 de janeiro 2015,vou pensar o mesmo referente ao meu país,"ninguém faz nada porque ainda tem muito feijão na panela,temos que raspar" Não á outra explicação,todos querem comer do mesmo prato,a esquerda,a direita,centro, empresários e os conectados á mais de 14 anos.
ResponderExcluirPedro M Gorrochotegui.