Isto é Bolsonaro, fazer o quê?...

Quero até esclarecer, antes que me venham de borzeguins ao leito, que não mancomuno com as práticas desse cidadão, mas gosto menos ainda das práticas de quem ele ofende.

Só para completar, me veio um cara do feicebúqui com um cartaz #FORABOLSONARO. Respondi:

Lá vem você com fora isso e fora aquilo. Isso aqui é democracia, cara! Bolsonaro teve mais de 600 mil votos e esse caso não é nenhum atentado à democracia e sim uma ofensa pessoal, até contestável, já que Rosário o ofendeu primeiro. Clodovil uma vez disse que a deputada Cida Diogo nem para puta servia porque ela era (é) muito feia e ninguém pediu um "fora Clodovil". Cada coisa em seu lugar.

Bom, já que a coisa teve desdobramentos, vou publicar a sequência:

V 

No problem meu amigo... Ele teve 600 mil, a Dilma teve 50 milhões, e nem por isso tenho que gostar de algum dos dois... e se pode “fora Dilma” e “fora Renan”, porque não fora Bolsonaro? Esse cara pra mim é um gay enrustido, nazista, figura deplorável que a democracia aceita...

C 

Isso aê querido! Eu como mulher, posso assegurar em nome de várias outras, que posso ser MIL VEZES comparada a puta (que nem vejo como nada demais), do que ser difamada pela palavra “ESTUPRO”. Infelizmente, algumas pessoas não entendem o significado desse verbo REPUGNANTE, a qual foi referido. Isso nos fere como mulher, como mãe, cidadã...e milhões de outras coisas. A cada minuto mulheres tiram a vida por terem sido estupradas, quando não é o próprio que o faz. Por favor, seja um pouco cuidadoso quando falar disso...E Fernando, petição ASSINADA!

Ricardo Froes 

Em primeiro lugar, V, a democracia aceita qualquer coisa, até a dona Rosário e o seu Bolsonaro. Aliás, aceita até pedidos de fora isso e fora aquilo. Em segundo lugar, tanto o pedido de fora Bolsonaro quanto o de fora Dilma, carecem de substância, por enquanto. Há regras a serem cumpridas para que tudo isso seja legítimo e legal, inclusive para o “fora Big Brother”, que você postou outro dia, indevidamente, já que confessou que nem a Globo você assiste. Ninguém pode (deve) exigir esse tipo de coisa apenas porque não gosta de fulano ou de alguma manifestação qualquer que julgue não estar à sua altura. É prepotência demais. Quanto ao caso do estupro, C, foi apenas uma piada de mau gosto, como tudo que vem do Bolsonaro. O que não foi piada - porque a dona Rosário nem isso sabe fazer - foi a acusação de estuprador dada por ela ao infausto coronel, que, diga-se de passagem, faz um desfavor à direita decente que hoje procura se livrar desses estereótipos histriônicos. Não se trata de preferir ser puta a ser estuprada, mas sim de certos comportamentos de determinadas pessoas que ainda não saíram da política neandertal ao procurar dar ênfase aos seus credos ideológicos através de caricaturas.