Eu era garoto, uns quinze anos, e meu pai ciceroneava um
americano que era diretor da Standard Eletric nos Estados Unidos, empresa para
a qual meu velho trabalhava aqui no Rio. O cara era tão esquisito - padrão
americano na época - que ficou espantadíssimo quando eu dei um beijo no rosto
de meu pai ao chegar em casa, na primeira vez que o vi.
O gringo não sabia nada sobre o Brasil, tinha medo de tudo e
sempre perguntava sobre as condições de segurança dos lugares que ia e, meu
velho, muito sacana, sempre dava um susto no Kennedy - sobrenome do dito cujo -
antes de responder a verdade. Uma das advertências que ele fez foi para que o
americano andasse afastado dos meios-fios (guias, para os paulistas), porque era
lá que as cobras se escondiam.
Outra foi numa churrascaria chamada Carreta. Quando serviram
a tradicional linguiça como entrada, Kennedy perguntou o que era aquilo. Meu
pai disse para que ele provasse para ver se gostava, o gringo assim o fez e
achou uma delícia. E o velho: “É cobra”... E teve que segui-lo até o banheiro
para explicar que tinha sido brincadeira.
Apesar das histórias pitorescas, eu quero chegar a um
assunto sério, mas, para isso, sou obrigado a contar mais uma sacanagem do
velho com o gringo. Quis o acaso que durante os poucos dias da estada de
Kennedy aqui ocorresse um Fla-Flu. E fomos, os três, ao Maracanã, nas cadeiras
especiais. Chegamos meia hora antes e as galeras já lotavam o estádio,
proporcionando um colorido e uma alegria que, graças ao tal “padrão Fifa”,
nunca mais vamos ver. Não preciso dizer que o gringo ficou deslumbrado, mas,
como não poderia deixar de ser, ele perguntou: “Is it safe?” (Isso é seguro?).
E meu pai: “É, até certo ponto. Quando as duas tribos rivais cismam de brigar é
um problema!”.
Pois é, deixando pra lá a reação de pavor do gringo, o que
eu vi ontem entre as torcidas do Vasco e do Atlético Paranaense não foi uma
simples “briga entre tribos rivais”: foi uma batalha sangrenta entre - eu não
diria nem selvagens - marginais da pior espécie, com o agravante de serem
financiados pelos seus respectivos clubes.
Culpados? Todos: clubes, membros da torcidas envolvidos e
polícia.
Li ainda há pouco uma notícia que dizia que o Atlético seria
o responsável pela segurança. Babaquice. Quem é responsável por segurança é a
polícia! Em que pese que um clube tenha uma boa estrutura administrativa, sua
equipe não tem como avaliar e nem tem poderes para determinar como vai ser a
segurança de um jogo.
Essa porra de país de vergonhas em todos os cantos
decididamente não é o meu Brasil. É o Brasil do PT.
Exatamente!!!!!
ResponderExcluirÉ o Brasil do PT, será a Copa do PT e do lula da silva,
Li o acontecido em um jornal sueco, definitivamente nao é uma bom marketing.
Com certeza o lula irá dizer como disse no passado: "porra! Parem de noticiar coisas ruins", isso o estulto disse para os jornalistas.
Anuncia-se que talvez coisas menos boas acontecam durante a Copa e tudo sera controlado e manipulado, tipico de governos como os bolivarianos.
Detesto o Atletico Paranaense, para mim é um time para petistas ahahahahahhahaha