segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Barbárie, crueldade, incompetência, conivência com o crime - Retrato do “futebol”

Eu era garoto, uns quinze anos, e meu pai ciceroneava um americano que era diretor da Standard Eletric nos Estados Unidos, empresa para a qual meu velho trabalhava aqui no Rio. O cara era tão esquisito - padrão americano na época - que ficou espantadíssimo quando eu dei um beijo no rosto de meu pai ao chegar em casa, na primeira vez que o vi.

O gringo não sabia nada sobre o Brasil, tinha medo de tudo e sempre perguntava sobre as condições de segurança dos lugares que ia e, meu velho, muito sacana, sempre dava um susto no Kennedy - sobrenome do dito cujo - antes de responder a verdade. Uma das advertências que ele fez foi para que o americano andasse afastado dos meios-fios (guias, para os paulistas), porque era lá que as cobras se escondiam.

Outra foi numa churrascaria chamada Carreta. Quando serviram a tradicional linguiça como entrada, Kennedy perguntou o que era aquilo. Meu pai disse para que ele provasse para ver se gostava, o gringo assim o fez e achou uma delícia. E o velho: “É cobra”... E teve que segui-lo até o banheiro para explicar que tinha sido brincadeira.

Apesar das histórias pitorescas, eu quero chegar a um assunto sério, mas, para isso, sou obrigado a contar mais uma sacanagem do velho com o gringo. Quis o acaso que durante os poucos dias da estada de Kennedy aqui ocorresse um Fla-Flu. E fomos, os três, ao Maracanã, nas cadeiras especiais. Chegamos meia hora antes e as galeras já lotavam o estádio, proporcionando um colorido e uma alegria que, graças ao tal “padrão Fifa”, nunca mais vamos ver. Não preciso dizer que o gringo ficou deslumbrado, mas, como não poderia deixar de ser, ele perguntou: “Is it safe?” (Isso é seguro?). E meu pai: “É, até certo ponto. Quando as duas tribos rivais cismam de brigar é um problema!”.

Pois é, deixando pra lá a reação de pavor do gringo, o que eu vi ontem entre as torcidas do Vasco e do Atlético Paranaense não foi uma simples “briga entre tribos rivais”: foi uma batalha sangrenta entre - eu não diria nem selvagens - marginais da pior espécie, com o agravante de serem financiados pelos seus respectivos clubes.

Culpados? Todos: clubes, membros da torcidas envolvidos e polícia.

Li ainda há pouco uma notícia que dizia que o Atlético seria o responsável pela segurança. Babaquice. Quem é responsável por segurança é a polícia! Em que pese que um clube tenha uma boa estrutura administrativa, sua equipe não tem como avaliar e nem tem poderes para determinar como vai ser a segurança de um jogo.

Essa porra de país de vergonhas em todos os cantos decididamente não é o meu Brasil. É o Brasil do PT.






Um comentário:

  1. Exatamente!!!!!
    É o Brasil do PT, será a Copa do PT e do lula da silva,

    Li o acontecido em um jornal sueco, definitivamente nao é uma bom marketing.
    Com certeza o lula irá dizer como disse no passado: "porra! Parem de noticiar coisas ruins", isso o estulto disse para os jornalistas.
    Anuncia-se que talvez coisas menos boas acontecam durante a Copa e tudo sera controlado e manipulado, tipico de governos como os bolivarianos.

    Detesto o Atletico Paranaense, para mim é um time para petistas ahahahahahhahaha

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