Localizada no Norte de Minas Gerais, a cidade de Januária
não tem mar, nem trem, nem petróleo e nem faz fronteira com país nenhum. Mas o
Plano Plurianual de Ação Governamental do município, que traça as metas da
prefeitura para os próximos quatro anos, traz pontos sobre transporte marítimo
e ferroviário, além da proteção das fronteiras e fala até em exploração de
petróleo. A proposta foi aprovada na Câmara Municipal, por 13 dos 15
vereadores, em primeiro turno. Já estava a ponto para ser avaliada em segundo
turno, na semana passada, mas a população fez pressão pelo adiamento.
A prefeitura atribui o erro a um funcionário que teria
copiado um plano de uma outra cidade e de uma portaria da União. O documento
entregue à Câmara tem cerca de mil páginas. O plano do governo federal, por
exemplo, tem 278.
O prefeito, Manoel Jorge de Castro (PT), diz que trataram o
erro como “a expressão maior do plano, e isso é um detalhe”. E completa: “Colocaram
mais farinha no ventilador do que se merecia. Foi um erro de redação.”
O problema não é nem tanto o tal “erro de redação”, que,
aliás, não é nem isso e sim uma fraude, já que se trata de uma cópia, que nem o
próprio prefeito - do PT - se deu ao trabalho de ler. O problema maior foi a
aprovação do absurdo por 13 dos 15 vereadores, evidenciando que eles também não
leram lhufas do tal “plano”.
É uma vergonha a
maneira com que a coisa pública é tratada justamente por quem deveria zelar por
ela. O detalhe importante é que, pelo visto, a população de Januária, que
elegeu esses calhordas, tem muito mais noção de cidadania que seus
representantes.
(Sobre notícia do Globo)
Pusilânime: característica principal do "politicanalha-braziliensis".
ResponderExcluirCondescendência: consentir, ceder ou transigir em qualquer coisa por interesse, PROPINA!, lisonja, complacência, temor ou fraqueza
Haja Carôço de Azeitona!