sábado, 28 de dezembro de 2013

"Cabelogate" e im(p)unidade

Fernando Rodrigues, colunista da Folha, disse hoje que o Brasil não ficou “mais nem menos torto” depois do episódio do “cabelogate” do Renan Calheiros simplesmente porque “a FAB publicou os dados na internet e qualquer pessoa pode investigar”. E concluiu dizendo que “a frequência atual com que políticos são apanhados em situação irregular tem ligação direta com a maior sofisticação das ferramentas de controle e com o fato de o Brasil ser hoje mais transparente.”

Lá isso é argumento? Quer dizer que se esses canalhas forem caras de pau o suficiente - como os são - para fazer tudo que lhes dá na telha - como o fazem -, simplesmente pelo fato de serem monitorados - mas não punidos -, não contribui para “entortar” cada vez mais o Brasil? Será que não está na cara que quanto mais crimes forem cometidos por essa corja do poder e não punidos devidamente, contribui para a degradação da moral do povo?

Gente como Renan deveria estar trancafiada a sete chaves para o resto da vida. Um criminoso contumaz como ele é o maior exemplo de que o crime aqui no Brasil compensa. Quantas e quantas vezes esse sujeito já foi pego sem que nenhuma punição lhe fosse aplicada? Só em viagens escandalosas em aviões da FAB neste ano foram duas. Quer dizer: o cara erra, é flagrado, paga a “passagem” como se os aviões da Força Aérea fossem táxis aéreos e tudo fica por isso mesmo.

Depois tem gente que reclama que eu adjetivo demais as pessoas, mas como é que eu posso me referir ao Renan a não ser chamando-o de canalha? Como é que eu posso me referir à Justiça sem chamá-la de vagabunda e venal? Como é que eu posso me referir ao povo de Alagoas a não ser chamando-os de burros? Como é que eu posso me referir aos brasileiros em geral a não ser chamando-os de completos idiotas?

2 comentários:

  1. Eu quero parabenizar o artista que renovou a cabeleira do Renan. Imagino que o artista deve ter pensado o seguinte: "não posso lhe mandar para a cadeia, mas vou fazer você usar o cabelo mais ridículo do mundo". Na verdade eu concordo em usar o avião da FAB para colocar cabeleiras iguais no Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio e demais mensaleiros.

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  2. Magu disse:

    Nada como uma irritaçãozinha para fazer "a gente" escrever o que deve ser escrito, sem atenuação.
    Parabéns, Ric. Não está sozinho. Se me permite, eu assino em baixo do seu texto, por extenso.

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