Detesto Woody Allen

Como segunda-feira é o dia internacional do mau humor, acho que vou cometer uma heresia em seu nome: detesto Woody Allen.

Mariel Hemingway

Ontem eu resolvi dar mais uma chance a mim mesmo para tentar reavaliar minha opinião e assisti Manhattan. Bom, primeiro que não sei se foi a primeira vez ou já havia assistido antes, já que, para mim, a grande maioria dos filmes dele são absolutamente iguais. Que chatura! A única coisa que presta no filme é a beleza de Mariel Hemingway. Mesmo assim, só a beleza, porque a atuação dela é trágica.

Não sou o que se pode chamar de um cinéfilo, eu sei, mas isso não me impede de saber classificar filmes por gênero, só que não tenho a menor ideia de como enquadrar os de Woody em algum que não seja entre os apenas chatos. Como serem comédias românticas, como a maioria os classifica, se não são comédias e muito menos românticas? Prefiro Pillow Talk, com Rock Hudson e Doris Day.

Woody tenta ser sempre sarcástico, irônico e crítico, mas o máximo que consegue ser é patético. Suas piadinhas rápidas são sempre as mesmas e sobre os mesmos assuntos: judaísmo, psicanálise e a intelectualidade americana, ou seja, cospe no prato que come. De mais a mais, não sai da Nova Iorque dele. Tudo isso junto, dá para prever os seus próximos 50 filmes. E não assisti-los.

Se o que ele quer com os filmes em que dirige e atua é apenas passar a sua imagem de um chato idiota, o objetivo já foi plenamente atingido faz tempo. Se pretende alguma coisa a mais, é bom que explique.

Aliás, os fãs de Woody Allen que me perdoem, mas sua reação aos filmes dele me lembram bem da época do desbunde intelecto-cinéfilo (chamado aqui no Rio de Geração Payssandu, um cinema que só exibia filmes-cabeça), onde os desbundados saíam dos cinemas de arte dizendo: “O filme é uma merda, mas o diretor é genial...”