quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

José Antônio Conceição: Minhas diferenças com Ricardo Rangel Froes

Lamento, Zé, mas seu artigo me passou despercebido na época, não sei por quê. Peço desculpas, um ano atrasadas, e publico agora, já que eu tenho a impressão que nada mudou, nem mesmo a  azêmola do Leão Lelé, que continua enchendo o saco dos outros, através dos espaços reservados a comentários nos mais diversos veículos da internet, com seu discursinho único, eterno, imbecil, oco e chato. Só você mesmo para chamá-lo de “presidenciável”...

Ricardo Froes, segundo o Luiz Felipe (Loriaga Leão), um presidenciável careca que emite opiniões diretamente lá no Observador Político diariamente é um dos debatedores que mais implica comigo e com as opiniões que emito dentro dos temas lançados para discussão na plataforma, uma rede social com tendencias de catar votos para o PSDB. Ocasionalmente ele concorda comigo como fêz recentemente no apagar das luzes de 2011 nesta discussão que pode ser visitada aqui, sobre a influência dos programas dos partidos políticos no povo, no eleitor e na atuação dos políticos da nossa contemporaneidade brasileira.

As diferenças que tenho com Ricardo Froes são explicáveis em poucas linhas.

Inicialmente, me coloco como esquerdista e Ricardo Froes se declara de direita. O que isso significa? Significa duas coisas completamente diferentes quando observadas pelo meu ponto de vista em confronto com o do Ricardo, também com o do Jáder Ribeiro e muitos outros direitistas que não conseguem atinar com o desejo dos esquerdistas, mesmo os mais brandos como eu. Não é a ideia em si que bate de frente, mas os resultados da implantação da ideia.

Direita, para os esquerdistas é um conglomerado de idéias que privilegia determinadas posições e atitudes de Estado com as quais os esquerdistas não concordam. Discorrerei a respeito mais à frente.

Esquerda, para os direitistas são idéias ultrapassadas que não deram certo quando implantadas por causa da derrocada dos países que adotaram o socialismo ou o comunismo como lema e foram derrotados pelo capitalismo. Discorrerei também sobre isso.

Será então, que existem pontos comuns nesta aparente dicotomia na maneira de pensar e de se posicionar de direitistas e esquerdistas? Existem sim. Ambos querem seriedade no trato com a coisa pública, ambos querem a aplicação da justiça de forma correta, não discriminatória nem tendenciosa, ambos sonham com as instituições funcionando dentro daquilo que determina a lei e com o Estado atuando de maneira honesta, cumprindo seus deveres constitucionais e garantindo os direitos.

Onde residem as diferenças então? Numa análise bastante isenta da questão que se coloca, a diferença principal está no beneficiário. Na seleção e na indicação daqueles que, na heterogeneidade da nossa sociedade, irão se beneficiar da implantação daquilo que ambos desejam.

Direitistas desejam implantar as Leis e o estado de direito que cuide de tudo que acima citei, de uma maneira tal, que a classe que já possui bens e privilégios continuem usufruindo daquilo que já possui e tenha a condição de aumentar sem muito esforço os bens e os privilégios que facilitam sua vida no propósito de adquirir mais bens, mais status e melhoramentos constantes em sua escalada social rumo ao topo.

Já o esquerdista, quer a implantação das mesmas coisas, porém, coibindo o crescimento econômico de um ser humano por meio da utilização (compra) do trabalho de outro(s) ser(es) humano(s) utilizando o recurso legal de pagar menos do que vale aquele esforço (trabalho) e apoderar-se da diferença somando-a ao seu patrimônio. O esquerdista deseja que as oportunidades sejam iguais para todos e quando alguma “capacidade superior” ou esperteza de algum ser humano o colocar em condições de usufruir melhor que o outro dos frutos do trabalho, o Estado entre, com regulamentação e corrija a distorção. O esquerdista também não concorda com a mágica de "criar dinheiro" a partir do nada por meio de juros escorchantes e estratosféricos cobrados no financiamento aos menos favorecidos.

A “capacidade superior” citada pode existir já no ato do nascimento ou, ocorrer durante a vida devido diversos fatores, principalmente aos acessos diferenciados à Educação e à cultura e a outros bens, de acordo com a classe a que se pertence.

No meu entendimento, e na minha luta, não é uma questão de redistribuir a riqueza gerada igualitariamente entre todos, todavia, cuidar para que esta distribuição não gere as distancias astronômicas que se verificam entre o miserável e o bilionário em dólares e outros bens. Que haja a distância e que exista a premiação dos mais capazes, sem que isso signifique que para cada dólar do bilionário aplicado no capital produtivo ou especulativo, falte um prato de comida simples e barata para alguém em algum lugar do mundo.

É aí, justamente neste quesito, que o pensamento de direitistas e esquerdistas entra em choque: sobre como regular as atitudes do Estado e dos legisladores, para direcionar estas atitudes e Leis a favor de quem, definindo qual camada do povo irá se beneficiar do resultado da implantação de determinado tipo de Estado, se todo o povo ou apenas uma parcela dele.

Esta é a diferença fundamental entre direitistas e esquerdistas. Diferença que alastra-se para dentro dos partidos, gera discussões imensas e inócuas sobre as maneiras de governar, gera duas novas classes dentro das classes. Pobres de direita e de esquerda, classe média idem, abastados sempre de direita por causa do medo de serem imediatamente “despossuidos” de seus bens, se os “comedores de criancinhas” alcançarem o poder e legislarem corretamente em benefício de todos.


Feliz 2012 prá você também Ricardo. Feliz 2012 a todos debatedores do OP, inclusive os que se ausentaram.

11 comentários:

  1. É incrível a capacidade que muitas pessoas tem para escrever longos textos e dizer absolutamente coisa nenhuma. Tem aqueles que escrevem coisas com fundamentos, que podem ser questionadas e debatidas, outros escrevem bobagens que são refutadas pelo óbvio, mas o que mais me impressiona são aqueles que escrevem algo que nem bobagem consegue ser.

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    1. Discordo, Milton, do "dizer absolutamente coisa nenhuma". Esta é uma enxurrada de besteiras para ninguém botar defeito!

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  2. Escreveu, escreveu, escreveu, e se perdeu; pensei que ia ler alguma novidade, mas são os mesmos argumentos puídos e mofados de sempre. O papo do capitalista explorador e do proletário explorado já encheu.

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    1. Novidade vinda da cabeça de um "progressista"? Acorda, Alice!...

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  3. “Já o esquerdista, quer a implantação das mesmas coisas, porém, coibindo o crescimento econômico de um ser humano por meio da utilização (compra) do trabalho de outro(s) ser(es) humano(s) utilizando o recurso legal de pagar menos do que vale aquele esforço (trabalho) e apoderar-se da diferença somando-a ao seu patrimônio.”

    Esse parágrafo inviabiliza toda e qualquer discussão acerca do tema do Zé, porque ele (o tema) é uma singela e sincera confissão de que o esquerdista não sabe produzir riqueza - é só roubar dos ricos para que os seus comandantes-em-chefes tenham suas vidas de nababos e garantir que as suas descendências tenham um futuro farto. É uma confissão de que o objetivo primordial da esquerda é impedir que os “burgueses” prosperem, para que, só depois de levá-los à bancarrota, satisfaçam suas demagogias com o resultado da pilhagem, esquecendo que o dinheiro mal empregado leva quem o tem a um fim trágico - na história recente há dezenas de exemplos disso.

    Um outro ponto é a terminologia usada para definir o empregado de um “burguês”: o assalariado é apenas um sujeito útil e comprado, tal e qual um burro que puxa carroça. Com o detalhe que, segundo o Zé, todo o “burguês” que tem algum sucesso em seus empreendimentos usa um tal de “recurso legal”, que eu não sei de que se trata, para pagar mal seus funcionários e a suposta diferença serve para aumentar seu patrimônio. Portanto, meus amigos, todos vocês que foram empregados de algum patrão que prosperou e ficou rico são uns imorais que se venderam pelo simples prazer de perder dinheiro, por não serem as suas remunerações (ou, como diz o Zé, o pagamento pelas suas compras) compatíveis com as suas capacidades e pelo simples prazer de serem explorados pelos chefes.

    Daria para ficar falando muito mais, inclusive sobre esse vício do brasileiro em achar que o Estado tem que prover o cidadão e não gerar condições para que ele produza e possa prosperar - prosperidade é uma palavra maldita para qualquer esquerdista -, mas vou ficar por aqui e apenas lembrar que o grande paizão responsável por essa aberração chama-se Getúlio Vargas, fascista, mas que, inexplicavelmente é venerado por dez entre dez esquerdopatas.

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  4. Só uma correção no seu entendimento Ricardo: O "presidenciável careca" era o Demóstenes Torres. O Loriaga Leão pensava que "ele era você ou, você era ele" dentro do Observador Político.

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    1. Putz! O cara é mais demente que eu pensava...

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    2. Acreditar que você é o Demóstenes Torres... até que dá prá engolir. Acreditar que o Leão Lelé pensava (ou pensa), aí é exigir demais da minha boa vontade. KKKKKKKKKKK

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  5. Magu disse:

    Caceta, Ric. Como hoje é 26/12, "o dia seguinte", pensei que a ressaca esteja mais perdurante, para gastar um puta espaço com má escolha, eheheh. Tenha um pouco de dó de seus leitores, não os obrigando a ler um pernóstico que acha (veja que não escrevi 'pensa') que abolir a livre iniciativa faz bem para qualquer ser humano. Esse aí parou em 1989 (queda do muro de Berlin). O pior é que ele explica que ainda acredita nisso...

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    1. Magu, foi para chocar mesmo. Para mostrar a cores o tipo de de raciossímio que impera hoje na esquerda brasileira, que se acha esclarecida porque copia os bostejamentos cerebrais de Chauí, Boff, Sader, Betto, Verissimo e outros tantos idiotas que se dizem intelequituais.

      E... Tá bom: tô de ressaca mesmo!

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  6. E tô pasmo também, com a revelação que fui confundido por muito tempo com Demóstenes Torres...

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