domingo, 29 de dezembro de 2013

Encarnações

“Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!”
 Vinicius de Morais

E mesmo assim eu ainda teria dúvidas. Tem tanto cartório por aí que reconhece firma até de folha em branco... Até porque esse tal de Deus teria que me dar uma prova de vida, ou de existência, sei lá. Um telefonema, um Skipe...

Mas, sério, alguém conhece algum espírito que não seja de porco? Um espírito mesmo, que conversa, dá conselhos, cura, escreve através das mãos dos vivos, fala que conhece os parentes mortos do seu interlocutor? Morro de curiosidade para encontrar uma pessoa que possa me narrar como é essa convivência com o além.

E as suas vidas anteriores? Alguém sabe se foi Cleópatra ou Marco Antônio? Aliás, sobre o mito injusto de que ninguém foi um joão-ninguém em vidas anteriores, que todos os “médiuns” que nos informam sobre isso tratam de dourar a nossa pílula dizendo que fomos reis e rainhas, na única vez que eu me submeti a uma “espírita” que lidava com isso, ela revelou que eu fui um reles mercador em Veneza - ela deve ter lido Shakespeare na véspera -, que na minha última encarnação antes dessa que vos escreve eu vim como um capataz de uma fazenda na África do Sul que maltratava horrores os escravos e, por isso, foi assassinado por eles, e que na próxima eu serei - pasmem - um candidato negro à presidência dos Estados Unidos que morrerá, também assassinado, em plena campanha. É mole?

Quiuspariu! Que passado e que futuro! Como diz o outro, eu devo ter picado salsinha na Tábua dos Dez Mandamentos, sapateado no Santo Sepulcro, feito confete com os pergaminhos do Mar Morto e tomado caipirinha no Santo Graal, para ter que pagar tanta penitência!

Visto isso, eu peço a todos que não me contrariem para que eu possa, pelo menos nessa vida, ter um resto feliz e uma morte decente, um infarto ou um câncer, quem sabe?

3 comentários:

  1. Há muita mistificação ao redor desse tema, a ideia de encarnações no hinduísmo ou budismo é muito diferentes da ideia ocidental. No hinduísmo/budismo é possível reencarnar em vários corpos ao mesmo tempo, da mesma forma como é possível várias encanações em um único corpo, não existe reencarnação de Pedro e Paulo, mas sim Pedro e Paulo reencarnados em um só, ou Pedro e/ou Paulo reencarnados em vários. O problema é que a cultura ocidental costuma pensar em Deus ou espíritos como indivíduos, então Deus para os ocidentais é um cara que não tem o que fazer e fica metendo o bedelho na vida de todos, culpando o Diabo (outro indivíduo) por tudo o que sai errado.

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  2. Sómente agora cheguei ao post "reencarnacao" fiz uma pergunta ao Milton no outro post, ficaria meslhor aqui já que se trata dos drussos, que realmente sao deveras diferentes do pouco que eu sei sobre o assunto, mas vi um documentario há 20 que me deixou desassossegada por completo.
    Podem ser charlatoes, se forem sao bons, muito bons.
    Eu gostaria de fazer uma pergunta ao Milton nao sei se ele irá ler ou responder, farei na mesma.
    Quando o Milton pesquisou sobre o assunto o qual escreveu o livro, certamente pesquisou sobre o tema reencarnacao ou?
    Penso que o Milton conhece a religiao dos drussos, o qual a reencarnacao é o foco principal e ja foram estudadas varias vezes por expertos no assunto assim como cientistas.
    Os drussos nao admitem novos membros em suas comunidades, casam entre si justamente para preservar o parentesco para que a reencarnacao ocorra dentro da familia, poucos casamentos fora da comunidade sao aceitos. O drussos vivem na Siria, Libano, Israel, Canada, USA e tambem parecre que há uma pequena comunidade no Brasil, é simplesmeente absorvente certos documentarios sobre o assunto, pois se for charlatanice, é feita soberbamente e inexplicavel.
    Como o espiritismo tambem acredita na reeencarnacao pensei que talvez o Milton tenha se interessado pelos drussos que realmente deixam aqueles que nao acreditam com as sobrancelhas em pé ou pelos na duvida.

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    1. Religion

      The origins of the Druze faith can be traced to Egypt in the early eleventh century. Their faith subsequently spread to many regions in the Middle East and North Africa. The basis of the religion is the belief that at various times God has been divinely incarnated in a living person. His last, and final, incarnation was al-Hakim bi-Amrih Alla, who announced himself as the earthly incarnation of God in about 1009. A year later, his followers helped shaped a creed that is still followed today.

      The Druze religion is an outgrowth of Islam, although Muslims disavow it. The religion also incorporates elements of Judaism and Christianity. When the religion was established, its founders were influenced by Greek philosophy and Asiatic thought. Their progressive ideas—including the abolition of slavery and the separation of church and state—were considered unorthodox and placed its followers at risk. This cloak of secrecy continues today.

      The tenets of the Druze religion are secret and mysterious, even to many Druze themselves, since the faith allows only a limited number of elite men and sometimes women, called uqqal ("the enlightened"), to study and learn all of its aspects. The uqqals oversee the religious life of their particular community, acting almost as intermediaries with God. Other Druze, known as the juhhal ("the unenlightened"), are not permitted to access the religion's six holy books but are given a simplified outline of their faith in the form of a strict code of moral and ethical behavior.

      The seven duties that all Druze are required to observe are recognition of al-Hakim and strict adherence to monotheism; negation of all non-Druze tenets; rejection of Satan and unbelief; acceptance of God's acts; submission to God for good or ill; truthfulness; and mutual solidarity and help between fellow Druze. While they are respectful of other religions, the Druze are convinced that a severe judgment awaits all non-Druze.

      Religious meetings are held on Thursday nights in inconspicuous buildings without embellishments or furniture, except a small lectern to lay books on during meditation. Men and women may sit together, but with a divider between them. During the first part of the service, community affairs are discussed, and everyone may attend. However, the juhhal must leave when prayer, study, and meditation begin. The secrecy surrounding the Druze faith is meant to protect its followers from persecution.

      In order to protect their religion and not divulge its teachings, the Druze worship as Muslims when among Muslims, and as Christians when among Christians. They allow no outside converts to their religion: one must be born into the Druze faith. What is known is that the Druze are Muwahhidun, or Unitarians, who believe in one God whose qualities cannot be understood or defined and who renders justice impartially.

      Reincarnation is a key belief of the faith. The Druze believe that the number of days of one's life is fixed, not to be exceeded or diminished by a single day. Since a Druze considers his body a mere robe for the soul, he does not fear death because it is only a tearing of the robe. The Druze believe that as soon as one dies, his soul immediately is reborn into another body. If that person was bad in a previous life, however, his soul may return in the body of a dog. Reincarnation continues until one's soul achieves purification and merges with the Holy One. Hell is the failure to achieve this state.



      Read more: http://www.everyculture.com/multi/Bu-Dr/Druze.html#ixzz2p3fjmBTE

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