domingo, 8 de dezembro de 2013

John Lennon 33 anos depois, só para lembrar

Eu gostava do cara. Não exatamente do ser político, militante de algumas causas tolas e ingênuas, mas da pessoa que falava o que lhe vinha à cabeça - brilhante, por sinal - com rara contundência e às vezes com poesia. Faz muita falta hoje, exatamente 33 anos depois da sua morte.

Escolhi Crippled Inside. Foi a primeira que me veio à cabeça.


Tradução:

Aleijado por dentro
John Lennon

Você pode dar um brilho nos sapatos e vestir um terno
Você pode pentear o cabelo e parecer muito bonito
Você pode esconder seu rosto atrás de um sorriso
Uma coisa que você não pode esconder
É quando você está aleijado por dentro

Você pode usar uma máscara e pintar o seu rosto
Você pode chamar-se de raça humana
Você pode usar um colar e uma gravata
Uma coisa que você não pode esconder
É quando você está aleijado por dentro

Bem, agora você sabe que o seu
Gato tem nove vidas
Nove vidas para si mesmo
Mas você só tem uma
E a vida de um cachorro não é divertida
Mãe, dê uma olhada do lado de fora

Você pode ir à igreja e cantar um hino
Você pode me julgar pela cor da minha pele
Você pode viver uma mentira até que você morra
Uma coisa que você não pode esconder
É quando você está aleijado por dentro

8 comentários:

  1. Como musico eu gosto, como pessoa nao, embora a culpa nao tenha sido exatamente dele. Teve uma infancia dificil, nao teve alicerces, um pai que o abandonou e o marcou para sempre, tanto é que fez o mesmo com o filho, abandonou uma crianca de 5 anos e nunca quis saber dela.
    Como homem um lixo, como musico grande.

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    1. Com todo o respeito, Lennon nunca abandonou o filho. A relação com a primeira mulher era insuportável, era bizarra, no entanto ninguém fala da mulher dele. Até aonde eu sei Julian admirava o pai mesmo tendo vivido afastado dele. Antes de dizer que Lennon abandonou o filho, é necessário lembrar das atitudes da mãe. Se ele tivesse ficado com o filho seria condenado por afastar mãe e filho, como não podem acusar disso, acusam de abandonar o filho.
      Alguém que superou as dificuldades que o John Lennon superou, é merecedor de admiração, considerar um lixo é uma leviandade. Com todo o respeito.

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  2. Interessante documentario.
    http://www.youtube.com/watch?v=aYQENKq9gIo

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  3. Como pessoa, John Lennon é um exemplo a ser seguido, não seguindo seus atos, mas vontade de superar dificuldades e principalmente superar seus próprios erros.

    "Crianças, não façam como eu fiz. Eu não sabia andar e tentei correr" (John Lennon).

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  4. Para mim como pessoa é um lixo, abandonou o filho e tambem a heranca dizem foi quase toda para o outro filho dele com a louca da Yoko Ono. Ademais a opiniao é minha e a conservo: lixo, lixo, lixo, um homem que deixa o filho para ir com a outra mulher sem sequer despedir-se do filho, é lixo.

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  5. É necessario ver os documentarios serios feitos sobre a pessoa do Lennon, ele nao foi nem diabo nem Deus, nao deixou nada a ser seguido a nao ser a sua "genialidade musical", gosto de algumas coisas, mas tambem nao acho o dono da cocada, o Bowie a meu ver é muito mais completo. The Beatles foram um grande pedaco da minha meninice e adolescencia, eram 4 e continuam a ser 4.
    Ficar pelado com uma louca na cama em uma vitrine experimentando drogas, nao vejo que seja um exemplo a seguir.

    Respeito a opiniao, mas nao necessito admitir que seja correcta, é para voce, para mim nao é.

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    1. Eu costumo dizer que diante de fatos, toda e qualquer opinião é irrelevante.

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  6. Theresa, em minha opinião não é bem por aí que uma figura pública tem ou não valor. Churchill foi bêbado de cair, Einstein foi um tirano com sua família, Gandhi era pedófilo e homossexual, e por aí afora. No entanto, ninguém apela para os seus problemas pessoais para criticá-los hoje, embora esses problemas sejam de conhecimento geral - ou quase. Foram todos gênios em suas áreas e essa é a opinião geral.

    Eu não vou argumentar sobre os problemas que John teve desde pequeno e nem tentar justificar certas atitudes no âmbito pessoal que ele tomou durante a vida como sendo oriundas da sua criação. Não julgo as pessoas pelas partes íntimas das suas vidas. O importante é o que John - a pessoa, não o ser político que ele tentou ser - me passou, com suas músicas e seu incomparável senso crítico.

    Se eu fosse íntimo de John, certamente o alertaria sobre as muitas atitudes erradas que ele tomou na vida, mas, apesar disso, acredito que mesmo criticando algumas e sendo visceralmente contra outras, minha admiração por ele continuaria inabalável. Afinal, a vida era dele e, desde que eu não fosse atingido, sem problemas.

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