sábado, 14 de dezembro de 2013

Por favor, critiquem-me se eu estiver errado

Há certas coisas que andam me incomodando nos caras que eu posso considerar que pensam mais ou menos como eu penso, que rezam da mesma cartilha liberal de direita que eu rezo, que não têm medo de rótulos e que dão a cara a tapa, na boa. Basicamente é um triunvirato que começou com Olavo de Carvalho, depois com Reinaldo Azevedo e agora com Rodrigo Constantino. Há outros, como Guilherme Fiuza e Marco Antonio Villa, por exemplo, mas esses três andam mais em evidência.

Olavo e Reinaldo disputam pelo maior ego - não uma disputa direta, claro. O primeiro se julga detentor de todo o conhecimento da humanidade, um portento que elabora teorias da religião à física, passando pela política e a astrologia, tão “naturalmente” quanto eu, quando atravesso uma rua, a maioria delas tão absurdas quanto as suas “ousadas” contestações a Newton e a Darwin.

Já Reinaldo não tem veleidades científicas, mas em compensação se acha o dono da verdade em tudo que diga respeito a direito e política. Só que, apesar dele acertar muitas vezes, “Tio Rei” - apelido que infla ainda mais seu ego - simplesmente não admite contrapontos, que dirá, críticas. Muitas vezes tentei comentar em seu blog, contestando, às vezes apenas detalhes sem importância, mas nunca fui “publicado”. Ainda hoje o cara deu uma bela demonstração de como ele superdimensiona de seu prestígio ao dizer no blog que “eu os convido desde já a assinar a ficha do ‘Partido do Reinaldão e Seus Leitores’: PRSL. A gente consegue 400 mil assinaturas com os pés nas costas”. Tá bom, mala sem alça.

Eu só espero que Rodrigo Constantino, que conheço por blogs há uns dez anos, não embarque nessa canoa de bestice dos donos da verdade. Por enquanto reclamo apenas do exagero com que ele emprega o termo “esquerda caviar”, título do seu novo livro, o que dá sempre a desagradável impressão de uma propaganda aonde ela não cabe. É uma forçação de barra desnecessária, porque ele já consolidou seus leitores, entre os quais me incluo, sem apelar.

Tudo que a direita liberal menos precisa é de gente que leva ao pé da letra a valorização do indivíduo, principalmente em se tratando de autoinflação de egos.

12 comentários:

  1. Não será desta vez que vou divergir de você, embora uma das coisas que mais me agrada em sua pessoa é a oportunidade de divergir com alguém que sabe argumentar e acrescentar/adquirir conhecimentos com as divergências. Infelizmente estão sendo raras as situações onde divergimos, mas espero ocorram ocasionalmente.

    Sobre o Rodrigo Constantino já apresentei um comentário no mesmo sentido que o seu, no posto do vídeo com o Lobão. Sobre os outros dois já foram publicados postagens de minha autoria e dispensa maiores comentários.

    Existem três livros que estão badalando no Brasil, o do Lobão, o do Olavo e o do Rodrigo Constantino. Senti vontade de ler o livro do Lobão, mas logo percebi que nenhum dos "badaladores" do livro conseguiu citar algo de interessante. O do Olavo eu desejo adquirir como coletânea de bobagens, começando pelo título, que diz que o mínimo que alguém precisa para não ser idiota é conhecer 600 páginas de opiniões do Olavo. Sinceramente, idiota é quem lê um livro com esse título, a não ser que seja para fazer uma crítica.

    Esquerda Caviar é outro livro que se mostra besta no próprio título, se propõe a mostrar a riqueza de pessoas da esquerda como se ser de esquerda significasse ser pobre ou desejar que todos sejam pobres. Na verdade ninguém sabe dizer o que é ser esquerda ou direita, eu digo que ser esquerda é não ser direita e vice-versa, Mas o mais interessante foi o Rodrigo Constantino considerar John Lennon e Gandhi como esquerda.

    Sobre Gandhi o Rodrigo fez o seguinte comentário: “Se fosse Hitler no lugar da Inglaterra, teriam matado o Gandhi em pouco tempo.” Acontece que Gandhi apoiou a Inglaterra contra o Hítler e nunca foi contra a Inglaterra em nenhum sentido, apenas desejava que os indianos tivessem o direito de produzir roupas, sal e outros produtos que somente os ingleses podiam produzir. Constantino deve considerar que a livre iniciativa na Índia é esquerda.

    Sobre Lennon, mencionou as correspondências com o Fidel Castro, no entanto não mencionou que Fidel escreveu para Lennon depois que houve uma tentativa de expulsá-lo dos EUA (ou de NY, não lembro), mas em poucas horas surgiu um abaixo assinado com mais 600 mil assinaturas impediu a expulsão. Lennon respondeu e houve uma segunda troca de correspondências, mas em nenhum momento Lennon mostrou qualquer forma de apoio ao Fidel.

    Rodrigo Constantino está se mostrando mais um “formador de opinião”, que ao invés de produzir informações para serem analisada produz opiniões para serem copiadas.
    Na verdade isso está ocorrendo no mundo inteiro, através de um movimento velado que se autodenomina conservadorismo. Estão destruindo reputações e desejam destruir a modernidade. O Olavo diz que a ciência moderna não resistirá mais que algumas décadas, mas que não sabe o irá substituí-la.

    Aparentemente o conservadorismo pretende transformar tudo em questão de opinião, ou seja, na minha opinião a Terra se move ao redor do Sol, na opinião do Olavo não. Na minha opinião a Teoria da Evolução é válida, na opinião do Olavo não. Então nas escolas os alunos poderão escolher se acreditam que a Terra se move ao redor do Sol, ou não, se a Teoria da Evolução é válida ou não.

    O mais interessante é que muitos defendem essas bobagens com base na incerteza da mecânica quântica, como se nada pudesse ser demonstrado cientificamente por causa da incerteza, quando a incerteza é exatamente um princípio da ciência em si, é devido à incerteza que toda e qualquer teoria está sob constante verificação e frequentemente surgem novas descobertas.

    O exemplo mais contundente sobre essa intenção de transformar tudo em questão de opinião é o Onze de Setembro, que jamais foi devidamente investigado e qualquer questionamento é chamado de “Teoria da Conspiração”. A opinião oficial é que quatro aviões foram sequestrados, os fatos mostram que não houve nenhum avião sequestrado em 11/09/2001.

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  2. Ricardo !
    Boa tarde !
    Eu acho que é muito importante o aparecimento desses 3 livros que o Milton citou acima, considerando que livros com viés não esquerdistas são "mercadoria rara" no mercado editorial nacional.

    Eu acabei de ler o livro do Olavo e achei bom. Continuando o assunto do Olavo, acho que todos têm o direito de expor suas opiniões nos mais variados campos e eu por sinal, sentiria a maior alegria se viessem um dia a me chamar de astróloga, pois estudo há alguns anos e considero um aprendizado bem interessante. E considero o Olavo muito perspicaz e inteligente vislumbrando muito à frente da maioria os fatos.
    Se tiveres tempo, referente ao assunto do Newton, dá uma olhadinha nesse texto, acho que tu, com a tua inteligência aguda (te acho inteligente, pacas, e gosto MUUUUUUUUITO, do teu senso de humor e das maravilhosas tiradas que nos apresenta aqui no blog) vai dedicar esse tempo para acompanhar o raciocínio desse engenheiro:
    http://heliopereiriano.blogspot.com.br/search?q=olavo

    Quanto ao Reinaldo, acredito que o Tio Rei, (li em algum lugar isso), começou em família, pois em vez de o chamarem TIO REInaldo, usavam o diminutivo...e depois se tornou uso corrente para alguns leitores dele.
    Posso chegar a pensar que soa meio como o "dono da razão", mas, no momento em que percebo o desgoverno que está acabando conosco, a corrupção galopante e a mídia domada, te juro, que o que menos me chama a atenção é se o cara se "acha" o tal (apesar que o Reinaldo é bom d+), e tento preservar e divulgar as poucas vozes (como tu, tbém) que ainda se manifestam contra essa corja comunista petralha.

    Quanto ao Constantino, vejo de maneira diversa do leitor Milton, pois em nenhum momento está querendo dizer no livro dele que a esquerda não poderia ter riquezas ou é sinônimo de pobreza, mas está IRONIZANDO, os caras que vivem muito bem, tomam Glenfiddich (isso não foi ele que citou, fui eu que dei o exemplo), tem apto em Paris e NY e elogiam os regimes que defendem o comunismo, (CUBA, Coréia do Norte, etc)... É UMA p...contradição.
    E nesse aspecto acho importante ser repetido o assunto o mais possível, pois nem todos tem um intelecto para entender leituras mais filosófias e complicadas, e os livros mais fáceis de ler atingem muitas pessoas que já estão começando a entender, por exemplos práticos, a vergonha da nossa sociedade atual (Brasil) e o que esse desgoverno quer nos impor.
    abraços,

    déia

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    1. Literatura anti marxista é sempre bom, mas uma opinião não deixa de ser opinião por causa disso. O Lobão era esquerda até ontem, por acaso ele é um ex esquerda caviar? Aqueles que leram o livro Esquerda Caviar não sabiam que é irônico ir para Cuba com o jatinho de uma empreiteira, ou defender o regime cubano e cobrar 200 mil por uma palestra?
      No caso do Olavo, o livro não apenas anti esquerda, contra qualquer coisa que não seja a opinião do autor. "Quando um brasileiro reclama de alguma coisa, não que ela incomode de fato. Não é nem mesmo que exista. É apenas que ele gostaria de que existisse e fosse má, para por em evidência a bondade daquele que a condena" (Olavo de Carvalho).
      Então o autor e os leitores do livro não são brasileiros, ou consideram que todos os brasileiros sejam como eles. Isso não é ser contra a esquerda é ser contra os brasileiros, além de ser completamente sem fundamento.

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    2. Nem todo esquerda é esquerda caviar...posso estar enganada, mas não me lembro do Lobão elogiando Cuba, defendendo essas causas ditas nobres (salvar o planeta, combater os ricos capitalistas, proteger os índios)...ele mesmo contou que era uma anta em política e achou que o Roberto Freire era o psicanalista...
      Acredito que muitos que leram o Esquerda Caviar já sabiam "que é irônico ir para Cuba com o jatinho de uma empreiteira, ou defender o regime cubano e cobrar 200 mil por uma palestra?", sim. Mas talvés não atinassem para vários outros exemplos dados no livro.
      Acho importante que ele ressalta o quanto vários ídolos (tipo atores de Hollymood) estão incluídos nessa "esquerda caviar" pois sabemos que as palavras, os atos de um "líder", influenciam o modo de agir e pensar das pessoas.
      E NÃO ACHO QUE SE TRATA SOMENTE DE UM LIVRO DE OPINIÕES, E DOU COMO EXEMPLO O QUE TU MESMO ESCREVESTE:
      -é irônico ir para Cuba com o jatinho de uma empreiteira, ou defender o regime cubano e cobrar 200 mil por uma palestra?
      Isso me parece serem fatos concretos, assim como vários outros citados no livro e não meras opiniões.

      Aqui não entendi o que tentaste expressar : "
      No caso do Olavo, o livro não apenas anti esquerda, contra qualquer coisa que não seja a opinião do autor.
      " ?????????????????????????

      E para terminar entendo essa frase do Olavo da seguinte forma, escrita mais abaixo.

      Tu escreveste:
      " "Quando um brasileiro reclama de alguma coisa, não que ela incomode de fato. Não é nem mesmo que exista. É apenas que ele gostaria de que existisse e fosse má, para por em evidência a bondade daquele que a condena" (Olavo de Carvalho).
      Então o autor e os leitores do livro não são brasileiros, ou consideram que todos os brasileiros sejam como eles. Isso não é ser contra a esquerda é ser contra os brasileiros, além de ser completamente sem fundamento."

      Essa frase veio num texto onde ele explicitava que os brasileiros, na sua grande maioria não sabem pensar (basta ver que os intelectuais cultuados são os m...da Chauí, Emir Sader, Leonardo Boff, Giannotti, etc) e que seguem a manada, pois se sentem excluídos não seguindo o politicamente correto.
      Esse brasileiro expresssa então opiniões, ou reclamações que muitas vezes nem sabe exatamente o que significam, mas desta forma ele se sente a favor dos mocinhos, ou seja, uma pessoa que só quer o bem da coletividade em contraposição aos conservadores malvados - " para por em evidência a bondade daquele que a condena".
      Ele só está mostrando que o povo até acha lindo ser burro e condena aqueles que ainda seguem valores, que pensam acima da média.
      abraços,
      déia

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  3. Neste post: http://bigfull.wordpress.com/2013/11/09/desgastando-o-ja-pequeno-espaco-da-direita/, expresso minha preocupação com os rumos que estão tomando os espaços da direita e liberais.

    Concordo com você em diversos pontos. Em alguns posts e vídeos de Reinaldo Azevedo, ele deixa transparecer uma certa "arrogância", não sei se este seria o termo correto.

    É comum em fãs não perceberem os defeitos de seus ídolos, assim como é comum nos ídolos não percebem seus próprios defeitos, devido à aprovação incondicional dos fãs. Ídolos como Reinaldo, se não perceberem seus limites, podem começar a agir como a Lindsay Lohan, Justin Bieber e tantos outros idiotas por aí que perderam a noção, daqui a pouco começa a cuspir nos leitores,

    Quanto a Olavo de Carvalho, não posso opinar pois todo o material que leio ou assisto é relacionado à política, história ou filosofia, e até o momento não encontrei nada de errado, o que percebo no Olavo é uma profunda tristeza e decepção com os intelectuais brasileiros.

    Senti vergonha alheia quando ele, muito resignado, fez um comentário sobre "contar com o que temos no Brasil", onde faz uma análise conformista: "se Rodrigo Constantino, ...,... são intelectuais para os brasileiros", então é com isto que teremos que lutar.

    O conhecimento de Olavo é indiscutível, mas sua sabedoria é questionável.

    Espero que este pessoal, se não descer deste "salto alto" que estão, que pelo menos não os aumentem mais.



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  4. Full, boa tarde !
    Que coincidência...eu estava há minutos atrás, antes de ler teu comentário, repassando tua indicação:
    Os equívocos dos iditotas úteis! try again..(vídeo do cara do Pizaria, que por sinal acho que fecharam o canal dele no youtube, pois não encontro mais), e daí segui para teu canal no youtube e estava vendo tuas atividades, pois já vira 1 dos teus 3 vídeos.
    Achei bom esse teu artigo, mas não tenho certeza de como eu agiria se tivesse lançado um livro e tivesse um blog próprio, se não o divulgaria assim como livros da mesma linha. Digo isso, pois o espaço de divulgação de obras mais "conservadoras" (não é o termo certo) na mídia é muito restrito e se meu objetivo fosse tentar chamar a atenção aos desmandos da política e sociedade atual, acho que passaria por cima da "vergonha" (eu sentiria) de divulgar meu próprio livro, em nome de uma causa maior.
    abraços,
    Déia

    p.s aproveito para expressar minha vergonha ao reler meu comentário anterior, onde coloquei o uso do REInaldo (REI) como sendo um diminutivo...cultura zero minha, mas realmente ignoro e não fui pesquisar como se chamaria o uso de um pedaço do nome.

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    1. Boa noite Andrea!

      Não tem nada de mais cada um divulgar o seu trabalho, mas penso que não é prudente usar certos espaços somente para autopromoção, sendo que precisamos ampliar a divulgação dos nossos conceitos para combater as mentiras da esquerda.

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  5. Magu disse:

    Auto-inflação de egos e auto-flagelação dos leitores.
    Ufa!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Fico muito feliz em ter opiniões tão detalhadas, atentas, bem desenvolvidas e coerentes aqui no TMU. Sério mesmo.

    Antes de argumentar qualquer coisa, eu gostaria de frisar que em momento algum botei em dúvida a inteligência específica dos três cavalheiros citados no que diz respeito às suas visões políticas - que, aliás, já elogiei várias vezes -, mas sim as suas vaidades e presunções pessoais que, várias vezes, extrapolam os limites do ridículo (ainda não dá para incluir Constantino nessa).

    O problema do Olavo e do Reinaldo é muito menos o que eles dizem e muito mais a maneira com que dizem. Esses dois, que são hoje considerados as duas maiores cabeças da direita, fazem um tremendo desfavor à causa ao se portarem como dois alunos cdfs mimados pelos pais, só faltando, para a exibição ficar completa, a histrionice do Bolsonaro.

    Como eu disse, esses dois levam a valorização do indivíduo pregada no liberalismo ao extremo máximo, que seria o ideal se eles não pensassem, em 99% das vezes, nas suas próprias individualidades.

    Não é essa a imagem que eu quero passar do que considero como direita decente, que tem na preocupação com o indivíduo, não uma supervalorização do “eu”, mas sim, a consciência de que quanto mais seguro se fica, mais apto se está para incentivar outras pessoas a procurar seus próprios espaços - que seja até por egoísmo, no sentido de que ao proporcionar condições a outrem, diminuem suas chances de ser incomodado por problemas que não são da sua alçada.

    Quanto a livros, o do Rodrigo eu ainda não li, mas já que ele fala tanto sobre a tal “esquerda caviar” que quando eu ler - se eu ler - acho que vou ter a impressão de dejá vu, o mesmo acontecendo com o livro do Olavo, que acredito já ter lido quase todo, pois trata-se de uma coletânea de textos já publicados, feita pelo olavete Felipe Moura Brasil. Aliás o pretensioso título desse último, “O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota”, já é um motivo a mais para não comprá-lo. Prefiro continuar sendo um idiota...

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    1. Você acaba de fechar o raciocínio!

      Concordamos então que:

      1. O individualismo e a auto promoção não são "pecados";
      2. O "excesso" é prejudicial em qualquer atividade humana.
      3. A valorização do "eu" ou a "meritocracia" devem servir apenas como instrumentos de construção de indivíduos mais seguros, porém conscientes de sua responsabilidade social;
      4. Quanto mais pessoas seguras e esclarecidas nas diversas áreas da atuação humana, menos problemas para todos;
      5. Uma sociedade com estas características saberia votar e cobrar os eleitos.

      obs: Fazer coletânea de textos alheios não o transformam em intelectual.

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    2. Falar em intelectual, eu tenho um texto que comecei há anos sobre isso, vou ver se acho e concluo. Ou não..., como diria Caetano.

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