domingo, 30 de junho de 2013

Torta na cara de um torto. Você merece muito mais, Genoíno...

Tenho a impressão que essa é antiga, mas foi postada este mês no YouTube

Duas do Simão:


E a Dilma, pro próximo discurso, vai fazer um botoshop: botox com photoshop! O Laquê Acordou!

E eu fui a três manifestações. E o melhor cartaz:
“SE A BOMBA É DE EFEITO MORAL, JOGA NO CONGRESSO!”

Saramago e Calcanhoto, os sem-parágrafo


Adriana Calcanhoto, nova colunista do Globo, escreveu um texto hoje sem parágrafos. No jornal, a quatro colunas, foram 120 linhas sem direito a tomar fôlego. No formato A4, foram 41 linhas. Resultado: não li.

Eu me recuso a ler coisas assim, tipo “originais”, onde o autor visivelmente apela para uma estética não convencional para tentar chamar atenção. E tem mais: talvez eu vá cometer uma heresia para muitos, mas também me recusei a ler Saramago pelo mesmo motivo. No seu livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” há páginas e mais páginas seguidas sem um único parágrafo.

Cisma ou defeito meu, só sei que não consigo. Cansa demais.

Juliana Mynssen: “O dia em que a presidenta Dilma em dez minutos cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros”


Desabafo de cirurgiã carioca sobre contratação de médicos estrangeiros repercute em todo o país.

Há alguns meses eu fiz um plantão que chorei. Não contei à ninguém (é nada fácil compartilhar isso numa mídia social). Eu, cirurgiã-geral, “do trauma”, médica “chatinha”, preceptora “bruxa”, que carrego no carro o manual da equipe militar cirúrgica americana que atendia no Afeganistão, chorei.

Na frente da sala da sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira. Com o soro pendurado na parede num prego similiar aos que prendemos plantas (diga-se: samambaias). Ao seu lado, seu filho. Bem vestido. Com fala pausada, calmo e educado. Como eu. Como você. Como nós. Perguntava pela possibilidade de internação do seu pai numa maca, que estava há mais de um dia na cadeira. Ia desmaiar. Esperou, esperou, e toda vez que abria a portinha da sutura ele estava lá.

Esperando. Como eu. Como você. Como nós. Teve um momento que ele desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou para mim e disse “não é para mim, é para o meu pai, uma maca”. Como eu faria. Como você. Como nós. Pensei “meudeusdocéu, com todos que passam aqui, justo eu... Nãoooo..... Porque se chorar eu choro, se falar do seu pai eu choro, se me der um desafio vou brigar com 5 até tirá-lo daqui”.

E saí, chorei, voltei, briguei e o coloquei numa maca retirada da ala feminina.

Já levei meu pai para fazer exame no meu HU. O endoscopista quando soube que era meu pai, disse “por que não me falou, levava no privado, Juliana!” Não precisamos, acredito nas pessoas que trabalham comigo. Que me ensinaram e ainda ensinam. Confio. Meu irmão precisou e o levei lá. Todos os nossos médicos são de hospitais públicos que conhecemos, e, se não os usamos mais, é porque as instituições públicas carecem. Carecem e padecem de leitos, aparelhos, materiais e medicamentos.

Uma vez fiz um risco cirúrgico e colhi sangue no meu hospital universitário. No consultório de um professor ele me pergunta: “e você confia?”. “Se confio para os meus pacientes tenho que confiar para mim.” Eu pratico a medicina. Ela pisa em mim alguns dias, me machuca, tira o sono, dá rugas, lágrimas, mas eu ainda acredito na medicina. Me faz melhor. Aprendo, cresço, me torna humana. Se tenho dívidas, pago-as assim. Faço porque acredito.

Nesses últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias brigamos por um país melhor. Menos corrupto. Transparente. Menos populista. Com mais qualidade. Com mais macas. Com hospitais melhores, mais equipamentos e que não faltem medicamentos. Um SUS melhor. Briguei pelo filho do paciente ajoelhado. Por todos os meus pacientes. Por mim. Por você. Por nós. O SUS é nosso.

Não tenho palavras para descrever o que penso da “Presidenta” Dilma. (Uma figura que se proclama “a presidenta” já não merece minha atenção).

Mas hoje, por mim, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi. A ouvi dizendo que escutou “o povo democrático brasileiro”. Que escutou que queremos educação, saúde e segurança de qualidades. “Qualidade”... Ela disse. E disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil... Para melhorar a qualidade?...

Sra “presidenta”, eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos de qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade. Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que não tem qualidade.

O dia em que a Sra “presidenta” abrir uma ficha numa UPA, for internada num Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de qualidade, aí conversaremos. Não cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.

Somos quase 400mil, não nos ofenda. Estou amanhã de plantão, abra uma ficha, eu te atendo. Não demora, não. Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde sentar.

Afinal, a cadeira é prioridade dos internados. Hoje, eu chorei de novo.


Por: Juliana Mynssen - Médica

Um tapa no visual por R$ 3.125,00


Se você, minha amiga, quer dar um tapa completo no visual por R$ 680,00, pode optar por comparecer à Rua da Consolação, 3679, Jardim Paulista - São Paulo - SP nos seguintes horários: segunda das 12h às 20h; de terça a sexta das 9h às 21h, e sábados das 9h às 18h.  Para sua maior tranquilidade você deve telefonar para 3061-5500 e marcar um horário com Celso Kamura.

Agora, se você morar em Brasília e for “presidenta” da República pode optar por chamar o renomado japa “tapa stylist”, desde que mande as passagens de ida e volta (frete um jatinho? vai ajudante?) e pague a simbólica quantia de R$ 3.125,00.

No caso, se você for um dragão igual à Dilma, vai ver que o resultado dessa dinheirama gasta não melhora suas fuças em coisa nenhuma, mas vai ter o prazer de gentinha petralha em dizer às amigas que ainda lhe restarem que o Kamura deu um tapa no seu visual.

Se os gastos da Dilma com o japa não chegam a causar um abalo nas contas do país, causam nojo. Em nove pronunciamentos em cadeia nacional feitos até dezembro passado, cada tapa da madame custou R$ 400,00. Nos três ocorridos entre dezembro de 2012 e março deste ano, cada serviço custou R$ 3.125,00, uma alta de 681%.

Como disse Elio Gaspari, dinheiro público tem sempre um zero a mais. E eu acrescento: o uso deles pelos políticos tem vergonha a menos.

E pensar que Clinton, em 1993, quando pagou US$ 200 por um corte de cabelo feito por um cara que cobrava mais que isso em seu salão, no Air Force One estacionado em Los Angeles, deu um rolo danado que rendeu três dias de manchetes e críticas aos montes no Congresso...

Lula e Taurus, monopolista do fabrico de armas no Brasil, uma ligação suspeita


“‘O Senhor das Armas’. Eis o novo título distintivo a que faz jus o mascate transnacional Luiz Inácio Lula da Silva. O cabra especializado em “vender o Brazil” ampliou sua atuação na África. Até semana passada, o foco de negócio dele, por lá, era compra e venda de diamantes, além de promover outros produtos de exportação brasileiros. Agora, enviado ao mundo africano pela Taurus, Lula cuida da venda de armas. Senta o dedo, $talinácio!”

Li com muita desconfiança o artigo de Jorge Serrão que começa com esse parágrafo, já que o cara é pródigo em exageros e sacações estapafúrdias, o que já me fez vender gato por lebre aqui no Toma Mais Uma. Como eu havia lido que essa viagem à Etiópia é coisa da ONU, fiquei de pé atrás. E saí a pesquisar em outras fontes qual ligação poderia haver entre a Taurus e Lula.

De imediato dei de cara com um artigo em inglês de um jornalista chamado Ben Tavener, escrito em maio deste ano, cujo primeiro parágrafo diz:

“As vendas de armas de fogo fabricadas no Brasil para os EUA aumentaram 187,5 por cento no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em comparação com o mesmo período de oito anos do seu antecessor. Os EUA compraram quase 7,9 milhões, ou oitenta por cento, dos 9,9 milhões de armas de fogo brasileiras exportadas nos últimos 40 anos, segundo informa a Folha de S.Paulo.”

E depois:

“A fabricante brasileira de armas Taurus, com sede em Porto Alegre, no sul do estado do Rio Grande do Sul, éo responsável por mais da metade das exportações de armas brasileiras para os EUA desde 1971, e cerca de metade dos produtos da empresa são vendidos a compradores americanos. A empresa, fundada em 1941, chegou nos EUA em 1968 e é hoje uma das maiores fabricantes do mundo de pequenas armas de fogo e a quarta maior dos Estados Unidos. Taurus EUA foi criada em 1984 e, juntamente com a sua fábrica em Miami, a empresa afirma fornecer armas a forças policiais em mais de setenta países. No Brasil, de acordo com a Taurus, as receitas da empresa foram de R$ 701 milhões no ano passado, um aumento de 13,4 por cento.”

Já a IstoÉ em um artigo de 2004 intitulado “A emenda Taurus” diz que o decreto que regulamentou estatuto do desarmamento, preparado nos ministérios da Defesa e da Justiça e assinado por Lula, criou quase um monopólio da empresa gaúcha onde diz: “As armas de fogo, munições e acessórios, de uso restrito, poderão ter sua importação negada ou restringida, se houver produto similar fabricado no país”.

Detalhe: a Taurus adquiriu a sua maior concorrente, a Amadeo Rossi, construindo um monopólio no Brasil.

Depois disso, até dá para desconfiar que Serrão esteja realmente certo. Nada de concreto, mas há indícios de sobra que Lula seja realmente o “senhor das armas”.

Uma curiosidade: há no mercado americano um carregador de pistolas cujo nome é Lula. Faz sentido, vejam:

Só para lembrar: a Colômbia já renunciou a ser sede de uma Copa do Mundo de Futebol


Belisário Betancour, eleito presidente colombiano em 1982, dois meses e meio depois de empossado, tornou pública a decisão histórica: “Por preservamos o bem público, por sabermos que o desperdício é imperdoável, anuncio aos meus compatriotas que o Mundial de Futebol de 1986 não se realizará na Colômbia (...). Temos outras coisas a fazer, e não há tempo para atender às extravagâncias da Fifa e de seus sócios.”

Naquele momento o conturbado momento que vivia o país talvez justificasse, por si só, essa decisão. Começavam as tentativas de negociação do governo com os grupos extremistas e também uma guerra sangrenta contra o narcotráfico.

Mas não foi só isso. A Fifa praticamente inviabilizou a realização da Copa do Mundo de 1986 na Colômbia. Em 1974, quando o país fora oficializado como sede, as exigências da Fifa eram umas. Oito anos depois, outras. Com a eleição de João Havelange o mundo do futebol começava a mudar. O processo de globalização que a entidade empreenderia, e que ajudaria a enriquecê-la graças a negócios milionários, tinha tudo a ver com o novo presidente. A consequência foi o aumento das exigências para 1986. De 16 participantes, a Copa passava a ter 24 para dar-se um jeito de enfiar países africanos e asiáticos, os responsáveis diretos pela eleição de Havelange. Além disso, novas condições eram impostas em relação à infraestrutura: necessidade de 12 subsedes (ao contrário das cinco previstas até 1978), estádios com capacidades mínimas, e, pela primeira vez, tratamento de luxo para dirigentes e delegados visitantes, incluindo hotel cinco estrelas, limusines e outras benesses. Em julho de 1982, a Fifa enviou um ultimato ao governo colombiano, cobrando investimentos públicos no evento, como a absurda exigência da construção de uma malha ferroviária.

Não havia coisa mais racional a fazer que não a renúncia da Colômbia em sediar a Copa de 1986.

As opções passaram a ser o Canadá,que recusou por causa do peso das dívidas contraídas com as Olimpíadas de 1976, os Estados Unidos, que chegaram a se candidatar, mas Ronald Reagan cortou, Brasil e México.

No Brasil, Figueiredo não concordou que o país dispendesse quase um bilhão de dólares para tentar satisfazer o caderno de encargos da Fifa, principalmente diante do quadro de enorme dificuldade financeira que o Brasil atravessava.

E a Copa foi para o México, o confessado interesse de Havelange - naturalmente, com o apoio já garantido do governo local - por causa das vantagens financeiras que foram oferecidas pela Televisa. Com um detalhe: as exigências impostas pela Fifa à Colômbia foram reduzidas a zero no México

Falta um ano para a Copa no Brasil, mas nunca é tarde demais para ser decente.

Sobre uma reportagem de O Globo.

O movimento das ruas na opinião de petralhas de alto coturno


Vicentinho, o ponderado:
“Recomendo ao meu partido: ouça o que diz a juventude do PT. Esse movimento de agora é muito justo, respeitoso, novo, criativo, sem panfleto e sem carro de som. Não tem nada a ver com direita, ou golpe. É o jeito deles. Se quisermos participar, tem que ser sem provocação e disputa, sem bandeiras e sem partidos. Nas reuniões em que estive a constatação foi: ‘Puxa vida, somos o PT, nós que sonhamos isso tudo, nós que puxamos o movimento das ruas e agora somos excluídos?’ Foi muito duro. Mas temos que respeitar e interpretar esse recado como a vontade dos jovens.”

Marco Aurelio TopTop Garcia, o saudosista enganado:
“Vivi, como estudante, o Maio-68 na França, movimento de gigantescas proporções, que surgiu aparentemente ‘do nada’. Entre o estopim (a repressão a um grupo de estudantes da Faculdade de Nanterre) e o rumo que os acontecimentos tomaram (a maior greve geral dos tempos contemporâneos) parecia haver um abismo. São esses abismos que têm de ser entendidos. O Brasil mudou, como as mobilizações atuais demonstram. O país só pode ir para frente, não para atrás. Este é o movimento do ‘quero mais’. Engana-se quem o interpreta como um ‘quero voltar atrás’. É um movimento que exige qualidade no gasto público. Nada mais avesso à agenda privatista e antiestado das oposições.”

Lula, o apedeuta idiota:
“Já vi muita coisa assim. Isso é coisa da direita. Querem desestabilizar. Acabar com nossas conquistas, com programas sociais, com ministérios criados para as minorias… Eu acho que, possivelmente, seja a hora de vocês, a juventude, os trabalhadores, irem para a rua, não deixar a direita tomar conta e pedir para aprofundar as mudanças.”

Como vocês podem ver, Lula é, disparado, o mais imbecil dos três, no entanto é, também disparado, a figura mais prestigiada no PT, um deus que é imperador do Brasil há mais de dez anos.

Vá se entender esse partido. Vá se entender esse povo, que recuou em 21% na intenção de voto em Dilma e só 11% na intenção de voto em Lula, segundo pesquisa do Datafolha após as manifestações...

sábado, 29 de junho de 2013

Antes tarde


Tem uma coisa que eu deveria ter comentado há dias, mas é meio impossível para um cara desorganizado como eu lembrar de tudo que quero escrever, além de todo o “resto” que tenho que fazer para tentar ganhar a vida. Não sei o que atrapalha o que, se o Toma Mais Uma ou o “resto”. Ou melhor, sei sim: eu mesmo atrapalho os dois. Mas vamos lá, apesar de ser uma chuva no molhado.

Ando lendo por aí que a “leitura” que Dilma fez dessas manifestações Brasil adentro foi de uma reivindicação de reforma política, tendo inclusive proposto um famigerado plebiscito que a maioria dos analistas sérios classificou como um “golpe”.

Para começar, Dilma não fez “leitura” nenhuma porque não é capaz de interpretar sequer um desenho animado do Pica-Pau. Já cansei de dizer aqui que o Brasil não precisa de mais leis - nós já as temos de sobra - e nem de mudanças nas que já vigoram, mas sim do cumprimento das mesmas, mesmo porque, qualquer coisa que emane desse legislativo canalha vai ser, forçosamente, bem pior do que já existe.

O recado que as ruas mandam nunca foi contra a política e sim contra os políticos. A briga é puramente social, contra essa casta que, segundo as mais recentes estimativas, rouba 200 bilhões de reais por ano e que, sendo autocrítico, porque eu, a princípio não gostava da expressão, realmente não nos representa, não no sentido da legitimidade e sim da moralidade. Deputados, senadores, vereadores, governadores e presidentes são todos nossos legítimos representantes, porque lhes demos, através dos votos, procurações para nos representar, mas analisando de maneira prática e moral, estão muito longe disso.

Eu mesmo sou vítima de um voto que dei para deputado federal após ponderar, considerar e reconsiderar muito. Votei em Alfredo Sirkis, por conhecê-lo desde os 12 anos, por admirar sua postura, parecida com a do Gabeira, ao reconhecer que o terrorismo que ele fazia à época dos militares era uma furada, por ser sabidamente um sujeito honesto, capaz e extremamente inteligente. Doce ilusão. Sua primeira providência após ser eleito foi se bandear para o lado de Marina Silva, virar seu bibelô de estimação e dedicar sua vida a batalhar para fundar o partido da panaca, esquecendo totalmente as suas atividades parlamentares e o compromisso que tem comigo e com os demais infelizes que o elegeram.

Isto prova que ninguém está livre de não ser “representado” por quem votou, porque se até eu, um sujeito relativamente politizado e bem informado, fui solenemente enganado, imaginem então os 90% da população que não quer saber de política por falta de tempo, saco ou capacidade...

É lógico que ninguém é obrigado a se informar ou a se interessar por política - cadê o voto facultativo? -, mas é mais lógico ainda que um político que ocupa um cargo eletivo tem a obrigação de ter decoro, que é um resumo de honestidade, trabalho, caráter, civilidade e - por que não - patriotismo, e não se valer do desinteresse da população para cometer seus crimes sem nenhum escrúpulo.

Portanto, dona Dilma, como sempre, escolheu o caminho errado, não sei se por “golpe” ou por incompetência mesmo. Ela devia ler o que o “ilustre” enganador-geral das pesquisas, Marcos Coimbra escreveu, e que publiquei acima: “Quem deu o sentido das manifestações foi a classe média antipetista”, e esta, além de ser mil vezes maior do que ela imagina, não se deixa enganar.


As coisas estão clareando...

AVISO AOS NAVEGANTES: SEGUNDA-FEIRA NÃO VAI TER GREVE!


Antes que os apressadinhos programem uma praia, desmarquem suas consultas médicas e avisem aos patrões que na segunda-feira não vão trabalhar, os (famigerados) sindicatos já declararam que não vai haver nada. Ônibus, trens, barcas, aviões, taxis, metalúrgicos, estivadores e tudo mais vão comparecer ao batente normalmente.

“Quem deu o sentido das manifestações foi a classe média antipetista”. Marcos Coimbra, reavaliando a contagem dessa “classe”...


Pela primeira vez eu concordo (em parte) com esse senhor, que agora faz uma análise óbvia sobre a recente ocupação das ruas por manifestantes. É claro que ele não perde a viagem, tentando ridicularizar e diminuir a importância dessa tal “classe média antipetista”, que é muito, mas muito maior que as pesquisas do seu Vox Populi chinfrim indicam. Mas ele acerta em cheio ao dizer que Fernando Henrique, depois que saiu da presidência, falou que queria uma oposição que “suscitasse o interesse” da classe média e lhe “oferecesse alternativas”, mas não fez nada para que isso fosse viável.

De qualquer maneira, continuo considerando que Coimbra não vale nada. Ele, petralha por conveniência, tal como outros petralhas, também está se borrando de medo. Já pensou perder essa boquinha de órgão de pesquisa oficial do PT?

O texto:

O sentido das manifestações

Enquanto perdem fôlego e amainam as manifestações de protesto que afetaram o País nas últimas semanas, está na hora de procurar entender seu significado.

Uma das maiores dificuldades para compreendê-las é que não tiveram sentido único. Salvo, talvez, nos primórdios, quando usuários de transportes públicos foram às ruas em São Paulo para reclamar do aumento no preço das passagens. Lá, ainda tínhamos o cenário que explica as mobilizações sociais mais características: causa concreta, pessoas afetadas concretamente, reivindicações concretas.

Muito se diz que as manifestações seguintes foram novas. Diferentes, por exemplo, das que a direita fez pela deposição de João Goulart ou das que empurraram o governo Collor para a crise final.

Mas, será que a “horizontalidade” e a “difusão” das atuais as tornam mesmo originais?

Não terá existido, nas manifestações deste mês de junho, um segmento que desempenhou papel definidor análogo ao dos anticomunistas e dos conservadores católicos nas marchas de 1964? Dentre os muitos tipos de gente que foi às ruas, não houve um que forneceu personalidade ao “movimento”?  

Para identificar o sentido das que aconteceram agora, temos o perfil mais típico dos participantes, suas bandeiras mais características e as reações mais comuns que suscitaram.

Nada ilustra melhor a mudança do perfil socioeconômico dos manifestantes que a imagem veiculada pela TV Globo nos primeiros jogos do Brasil na Copa das Confederações: madames vestidas a caráter e cheias de balangandãs, brandindo cartazes sobre o “fim da corrupção” e fazendo propaganda de um endereço no Twitter. Os jovens que, no YouTube, se tornaram astros dos “insatisfeitos”, parecem seus filhos ou irmãos.

No conteúdo, o elemento central da “ideologia das ruas” foi a crítica à representação política e às instituições, particularmente os partidos políticos. Os manifestantes gritaram País afora que não se sentiam representados por ninguém, que estavam na rua para denunciar os “políticos” e “fazer política com as próprias mãos”. As vagas perorações em favor de “mais verbas para a educação e a saúde” ou contra os “gastos exagerados na Copa do Mundo” nada mais foram que pretextos para externar sua aversão ao sistema político e ao governo.    

Quem monitorou as redes sociais durante esses dias percebeu que os defensores mais entusiastas das passeatas foram os antipetistas radicais. Esses é que se sentiram em íntima comunhão com os participantes e torceram para que as manifestações escalassem, enfraquecendo o governo e prejudicando as chances de reeleição da presidenta.

Para dizer o óbvio, quem deu o sentido das manifestações foi a classe média antipetista, predominantemente de direita. Nem sempre, nem todos os participantes, mas em seu núcleo característico.

Ou seja: embora tenham participado do movimento desde punks neonazistas a adolescentes apenas curiosos (e mesmo gente genuinamente progressista), seu rosto é nítido.  

A classe média antipetista tem motivos reais para estar insatisfeita com a representação que tem. Ao contrário do cidadão que simpatiza com o PT e outros partidos de esquerda, e que majoritariamente aprova o governo, ela se sente mal representada.  

Faz tempo que Fernando Henrique Cardoso lhe dá razão. Em texto de 2011, em que tentava explicar a vitória de Dilma e definia novos caminhos para a oposição, propunha ao PSDB que deixasse o “povão” para o PT e fosse procurar a classe média: “É a essa que as oposições devem dirigir suas mensagens prioritariamente”. Dizia que  o partido precisava “mergulhar na vida cotidiana” e encontrar “ligações orgânicas com grupos que expressem as dificuldades e anseios do homem comum” (leia-se, de classe média).

Lembrava que havia “toda uma gama de classes médias”, empresários jovens, profissionais, “novas classes possuidoras”, que estariam “ausentes do jogo político-partidário, mas não desconectadas das redes de internet, Facebook, YouTube, Twitter, etc.”. Considerando seu “pragmatismo”, o discurso para atraí-las não deveria ser “institucional”, mas centrado em temas como a corrupção, o trânsito, os problemas urbanos, os serviços públicos.

FHC queria uma oposição que “suscitasse o interesse” da classe média e lhe “oferecesse alternativas”. Se não conseguisse ser “uma alternativa viável de poder, um caminho preparado por lideranças nas quais confie”, sequer adiantaria “se a fagulha da insatisfação produzisse um curto-circuito”.

Falou, mas não fez. Nessa, como em outras oportunidades, as oposições brasileiras mostraram-se mais competentes na conversa que na ação. Perceberam os desafios, mas não lhes deram resposta.

Foram de Serra, quando precisavam renovar-se. Apresentam Aécio como prosseguidor da “herança de FHC”. Nada fizeram para “organizar-se pelos meios eletrônicos, dando vida a debates verdadeiros sobre os temas de interesse dessas camadas”, como sugeria o ex-presidente. 

Presas de seus paradoxos, as oposições criaram a crise de representação dos setores da sociedade a quem pretendiam (e deveriam) expressar. Talvez principalmente, foi a impaciência das classes médias antipetistas com a oposição que as levou às ruas.

Depois, é claro, de um ano de ataque da mídia conservadora ao governo. Seus estrategistas acharam que conseguiriam, através de incursões cirúrgicas, eliminar somente as lideranças do PT. O que fizeram foi ferir valores fundamentais da democracia.

Petralhada apavorada: “O resultado da nova pesquisa do DATAFOLHA é preocupante...” (Blog da Dilma)


Como vocês podem perceber pelo texto abaixo, publicado no http://blogdadilma.com/, apesar do analfabetismo funcional do seu Daniel Pearl Bezerra, editor da espelunca, nem os “dilmistas” acreditam mais no poste.

Só que agora, além dos culpados de praxe - a “classe conservadora”, a “imprensa venal e golpista” e a “elite” -, tem o ministro Paulo Bernardo que “enterrou o Projeto do Marco Regulatório das Comunicações” e a própria Dilma, que “deu uma guinada a direita” e não ouviu “o clamor dos Movimentos Sociais”.

Então tá. Borrem-se petralhas!

A Classe conservadora não precisou dos tanques de 1964, em novos tempos, ela usou as Redes Sociais para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, o nocaute virtual foi brutal. A imprensa venal e golpista aproveitou a revolta dos jovens nas ruas, para criar todo clima de pânico e medo para população, como aconteceu durante a Marcha para Deus, no final de março de 1964, levando a saída de Jango do Poder.

A Elite começou sua campanha eleitoral de 2014, um dia após a vitória nas urnas da presidenta Dilma Rousseff, dia 1º de novembro de 2010. Dilma Rousseff se distanciou dos Movimentos Sociais, isolou o Partido dos Trabalhadores, deu carta branca a fraquismo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo que enterrou o Projeto do Marco Regulatório das Comunicações, conhecido como a início da democratização da mídia no Brasil, como foi feito na Argentina, Venezuela, Equador, Inglaterra, Estados Unidos.

A desastrosa entrevista do ministro Paulo Bernardo as páginas da revista Veja é uma demonstração que o Governo Dilma Rousseff deu uma guinada a “direita”, revoltando as forças progressistas. Outro fator, o centralismo da presidenta Dilma Rousseff, não ouvindo o clamor dos Movimentos Sociais, CUT, Força Sindical, MST, UNE, Movimentos Religiosos... O resultado da nova pesquisa do DATAFOLHA é preocupante...

Reunião de emergência

Que tombo, hem, madame...


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Mais uma piadinha de sexta


O velhinho, bem velhinho, chegou ao hospital todo estropiado. Enquanto cuidava das feridas e hematomas o médico perguntou o que tinha acontecido, já que ele estava lúcido. E ele respondeu:

- Eu tava passando em frente ao puteiro, e uma puta que estava na janela me chamou: “Ei, vovô, não quer experimentar?” Aí eu respondi: “Não, filha, não posso!” Aí a puta insistiu: “Ânimo! Vem, não custa nada tentar!”

- E o senhor? - perguntou o médico.

- Aí eu entrei, né, e dei 3 na quenga.

- E?...

- Bom, ela disse: “Puerra!, e você ainda dizia que já não podia mais? Parece que tem 20 anos!

- E o senhor, o que respondeu pra moça?

- Eu respondi: Ah!, trepar eu posso, como você viu. O que não posso é pagar...

Recomendação a Lula, que embarca hoje para a Etiópia


Adis não é nome de bebida e nem Abeba é “a beba”, uma insinuação para que você dê uns goles nela.

Adis Abeba significa nova flor e é só a capital da Etiópia.

P.S.: Fugindo do pau, né malandro?

Apesar da pressão Câmara dos Deputados continua sendo imoral


Deu no Claudio Humberto

Apesar de manter uma “Polícia Legislativa” que custa muito caro ao contribuinte, a Câmara dos Deputados confirmou ontem que não vai prender Natan Donadon (PMDB-RR), deputado ladrão transitado em julgado, foragido da Justiça, ainda que ele apareça por lá. A Câmara foi buscar em tecnicalidades o pretexto para o corporativismo: o mandado de prisão do Supremo Tribunal Federal foi dirigido à Polícia Federal.

A assessoria da Câmara garante que “ninguém mais” pode prender o deputado, além da PF. Nem a “Polícia Legislativa” nem a Civil.

É antiga a atitude “legalista” da Câmara, em defesa de meliantes com mandato, criando dificuldades ao cumprimento de sentenças judiciais.

Donadon está condenado por roubo desde 2010, e só agora Henrique Alves, presidente da Câmara, vai abrir processo de cassação.

É frequente a Mesa Diretora da Câmara se recusar até mesmo a tomar conhecimento de ordens judiciais nos casos de cassação.

Quer dizer: são tão sem vergonhas que têm a cara de pau de continuarem imorais mesmo com essa pressão toda.

Piadas de sexta

“Marco Feliciano condena beijo que o Neymar mandou para o uruguaio”.
Sofremos mais uma baixa internacional: “Por causa dos protestos, Superman cancela vinda ao Brasil”. Bundão! Chama o Chapolin Colorado! Ele vinha pro Brasil pra divulgar o filme “O Homem de Aço”! O Homem de Aço tem medo de bala de borracha!

E a velhinha no meio das manifestações, sem ônibus, querendo ir pra casa: “Moço, por favor, essa passeata passa na 23?”. Agora é assim: vai com o fluxo!


“Marco Feliciano lança projeto de lei contra exame da próstata”

No tempo em que Presidentes ainda se importavam com o povo...


Circula na internet uma mensagem de Paulo Figueiredo, filho do general João Batista Figueiredo, o último militar a ocupar a Presidência da República durante o regime militar. Ele relata por que seu pai não aceitou que o Brasil sediasse a Copa na década de 80.

De repente eu comecei a receber uma enxurrada de mensagens mencionando esta estória, que segue abaixo.  Sou, evidentemente, talvez o cara mais suspeito para tecer considerações sobre qualquer matéria que faça juízo de valor a respeito de meu pai, especialmente em atos do seu governo.

Mas sobre este episódio, especificamente, não posso me furtar a dizer, e com certeza absoluta, que o que está relatado é totalmente verdadeiro. …

Até porque, calhou de eu estar presente no mencionado encontro. Tinha acabado de vir do Rio, e fui direto ao Torto ver os meus pais, como eu sempre fazia assim que chegava a Brasília. Soube que o “Velho” estava reunido com o Havelange, no gabinete da residência. Como sempre tivemos com ele uma relação muito cordial, me permiti entrar para cumprimentá-lo e dar-lhe um abraço.

- João e João? Esta reunião eu tenho que respeitar!, brinquei irreverente, dele recebendo um carinhoso beijo. (Havelange sempre teve o hábito de beijar os amigos). Ia, logicamente, me retirar, mas Papai me deixou à vontade:

- Senta aí, estamos falando de futebol, que é coisa que você adora.

Fui logo sacaneando:

- E ele já descobriu um jeito de salvar o Fluminense? (risos – os dois, tricolores roxos).

- Ainda não, mas vamos chegar lá. Estamos conversando sobre Copa do Mundo…

E deu-se então o diálogo, do qual o trecho que está contido no texto fez parte, realmente. O Velho não concordava que o país dispendesse quase um bilhão de dólares (valor abissal para os números daquela época) para tentar satisfazer o caderno de encargos da Fifa, principalmente diante do quadro de enorme dificuldade financeira que o Brasil atravessava. Uma situação cambial dramática, resultante de um aperto histórico na liquidez internacional – taxa de juros internacionais de 22% a.a, barril de petróleo a 50 dólares no mercado spot – agravada pela necessidade de se dar continuidade a um importantíssimo conjunto de obras de infraestrutura. Muitas delas iniciadas, diga-se de passagem, em governos anteriores, mas que não poderiam ser paralisadas por serem realmente de vital importância para a continuidade do nosso desenvolvimento.

Para se ter uma ideia: produzíamos apenas, em 1979 (quando houve o segundo “oil shock”) 164.000 barris de petróleo por dia, contra uma demanda de 1,2 milhões. Um forte investimento nos programas de prospecção e mudança no perfil do refino, associado à criação e implementação do Proálcool, permitiu que em 1985 se atingisse uma produção de 640 mil barris/dia, fora a triplicação das reservas cubadas de gás, e ainda tivéssemos grande parte da bacia de Campos instalada (o que, sem medo de falar bobagem, até hoje garante o abastecimento do nosso carro ou o óleo diesel do nosso busão.)

Realmente, era contrastante com o que se fez (ou melhor, o que NÃO se fez) nos governos seguintes: várias hidrelétricas, começando por Itaipu – até hoje é a segunda maior do mundo, além de Tucuruí, Balbina, Sobradinho, etc, todas com as suas gigantescas linhas de transmissão; conclusão da expansão de todas as grandes siderúrgicas (CSN, Usiminas, Cosipa e outras – que fizeram o Brasil passar de crônico importador para exportador de aço); conclusão das usinas de Angra 1 e 2; um programa agrícola que permitiu que ainda hoje estejamos colhendo os frutos da disparada de produção de grãos – graças à Embrapa, ao programa dos cerrados e ao programa “Plante que o João garante”; um salto formidável nas telecomunicações, até então ridículas; multiplicação da malha rodoviária – a mesma, praticamente, na qual hoje ainda rodamos, só que agora sucateada e abandonada; inauguração de dois metrôs: Rio e São Paulo; instalação de vários açudes no sertão nordestino; e, o que não vejo ninguém da mídia mencionar (até porque não lhes interessa): a construção de 2,4 milhões de casas populares, mais do que toda a história do BNH até então, e muito mais do que a soma de todos os outros governos (?!) que sucederam.

Isto é apenas o que eu me lembro agora, ao aqui escrever rapidamente. Em resumo: naquela época, o dinheiro dos impostos dos brasileiros, simplesmente, destinava-se ao desenvolvimento do país.

Daí não ter havido condições de se fazer a Copa de 1986. O mais engraçado foi no dia seguinte: Delfim era muito ligado ao então presidente da CBF (ou ainda era CBD?), Giulite Coutinho, que, lógico, tinha todo o interesse em trazer aquela Copa para o Brasil. No despacho, Delfim foi logo colocando:

–Presidente, trago aqui os números globais de custo para fazermos a Copa, blá, blá, vai dar entre uns 300 a 500 milhões de dólares, blá, blá…

O Velho, que já havia pedido ao SNI para preparar um estudo acurado, cortou sumariamente:

- Não é isso não, Delfim, você está enganado, iria custar isto, mais isto, mais aquilo… e pode esquecer porque nós não vamos entrar nesta fria!

Mas, para concluir, já falando do presente: o que se está fazendo com o povo brasileiro é simplesmente criminoso. Só que a roubalheira na construção dos estádios é apenas a cabeça do iceberg...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

E pobre lá sabe o que é cristal rachado, FHC? Sai desse pedestal e diz que a vaca foi pro brejo, porra!

Não adianta. Por mais que as evidências mostrem que o PSDB não fala a língua do povo, nenhum tucano é capaz de se dignar a falar com ele.

Fernando Henrique hoje me veio com essa metáfora do cristal rachado, dizendo que “existe um mal-estar que ninguém percebia, mostrando que a vida do povo não é cor-de-rosa como parecia”, que não sei se é um artigo ou um pronunciamento, porque simplesmente ando me recusando a prestar atenção - ler ou ouvir - no sujeito que já foi meu ídolo, mas que hoje não passa de uma empáfia ambulante.

Quanto a se comunicar com a plebe ignara, os punhos rendados não permitem, eu entendo...

Convite a Dilma e Lula

Dilma, aquela que prefere pipoca a caviar, e Lula, aquele que agora resolveu virar líder de militontos, estão convidados para comparecer ao Maracanã no Domingo, mais precisamente às 19 horas, para assistirem o jogo da seleção brasileira contra os espanhois na final da Copa das Confederações.

Será um prazer para a torcida recebê-los...

Reinaldo Azevedo e seu “animus esperneandi”


O raciocínio de Reinaldo Azevedo tem cláusulas pétreas e não adianta o mundo vir abaixo que elas continuam lá, firmes. E já veio várias vezes, mas ele não deu o braço a torcer. Algumas, inclusive, são bastante antipáticas, como a raiva que tem do Rio de Janeiro, que sempre aparece quando alguém fala mal do governo de São Paulo. Mas essa, deixa pra lá. Deve ser inveja.

Agora ele anda às turras com o pessoal que é contra a lei da “cura gay”, defendendo com unhas e dentes a legitimidade do texto, dizendo que não fala sobre cura, enfim, passa horas do tempo que poderia ser gasto com coisas mais proveitosas só para provar que a sua teimosia vale mais que mil argumentos.

O mais gozado é que o problema não está na lei em si e sim na sua competência, porque o Congresso não é, definitivamente, o lugar mais adequado para se discutir e muito menos decidir sobre temas tão específicos e delicados da psicologia.

Que Reinaldo me diga qual daquelas antas evangélicas tem gabarito para abrir a boca sobre o assunto e eu lhe dou razão.

Quem tem fiofó tem medo, não é senhores Senadores?


Senado lotado ontem na hora do jogo do Brasil!

Estão se borrando todos. Canalhas! Só a base de chicote mesmo!

Uma boa para os manifestantes: cobrem a redução do número de deputados federais. O Projeto foi engavetado!


Deu no Claudio Humberto:

A Câmara dos Deputados faz prosperar propostas de emenda constitucional com rapidez estonteante, como a PEC 37, mas mantém na gaveta outras cuja aprovação não interessa aos parlamentares. É o caso da PEC 170, que tramita desde 1999, reduzindo de 513 para 380 o número de deputados. O projeto só ganhou parecer da Comissão de Constituição e Justiça – contra, claro – esta semana, 14 anos depois.

O corte de 133 deputados federais, além de agradar a opinião pública, proporcionaria uma economia de R$ 250 milhões por ano. No mínimo.

Uma corja legislando em causa própria dá nisso. Ninguém quer dar mole pra Kojak.

Suprema Corte dos Estados Unidos capitulou ante o “politicamente correto”

Peraí: eu só queria entender essa decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos ao considerar inconstitucional (por 5 a 4) a Lei Federal de Defesa do Casamento, que definia o casamento como aquele celebrado entre homem e mulher, porque agrediria o fundamento da igualdade garantido na Constituição.

Aí há um erro de interpretação do que seja igualdade, porque embora praticamente todas as constituições afirmem que “todos são iguais perante a lei”, homens e mulheres são bastante diferentes entre si, tanto que há leis específicas para uns e para outras. Alguém contesta?

Eu já disse aqui e repito: não sou contra a união de pares de homossexuais e nem que eles tenham os mesmos privilégios legais de casais heterossexuais. O que não pode é se inventar absurdos com o pretexto de legitimar essas uniões. Casamento é coisa entre homem e mulher e não é só uma questão semântica.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado no caso dos abortos, onde o maior empecilho parece ser a discussão interminável sobre quando começa a vida, se na fecundação, após o parto ou durante algum período específico desse intervalo de nove meses entre uma e outro. Puro sexo dos anjos. Aborto é assassinato em qualquer circunstância. Resta apenas decidir, sem firulas, em que situações ele será legalizado. Afinal, assassinatos legais já são previstos na Constituição vigente:

Art.5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes:
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

Querem legalizar essas uniões? Então que criem leis específicas para tal e batizem-nas como quiserem, mas não as chamem de casamento e nem tampouco tentem destruir uma instituição milenar para, sobre os escombros, inventarem uma nova ordem natural das coisas.

Fifa versus Povo

Os torcedores que cantam à capela todo o hino nacional nos estádios desafiam a Fifa, que impôs menos de dois minutos.

Só que a lei 5.700/71 determina que em caso de execução vocal a letra seja completa.


Esses velhinhos da Fifa são muito abusados mesmo, mas com um governo banana, até eu seria.

Sergio Guerra com seu “voto confuso” sobre a PEC 37 vira piada na rede

Deu no Claudio Humberto


O perfil humorístico da presidenta Dilma Rousseff nas redes sociais, Dilma Bolada, respondeu nesta quarta-feira (26) o deputado Sérgio Guerra no twitter. Ele fez uma série de postagens desesperadas para explicar que se confundiu no momento da votação da PEC 37 e acabou votando a favor da proposta. “Houve uma pequena confusão e eu errei meu voto na PEC 37. Tanto sou contra a proposta que a bancada do meu partido fechou voto contrário”, justificou.

De pronto, Dilma Bolada rebateu: “Nossa, que coisa... tomara que haja uma pequena confusão do povo quando for votar em você nas próximas eleições. Cínico!”. Guerra não respondeu à provocação, mas garante ter antecipado seu voto contrário ao texto há cinco dias.

Pois é, tomara mesmo!

Lula agora (des)orienta as massas


Com que então o apedeuta anda (des)orientando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União da Juventude Socialista (UJS), o Levante Popular da Juventude, o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), jovens do movimento sindical, negro e de direitos dos homossexuais. Convidados por Lula, quinze lideranças participaram de um encontro anteontem, na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O Movimento Passe Livre (MPL) não foi convidado.

Só que em vez de pedir conciliação para acalmar a crise no governo, Lula disse que o momento é de “ir para a rua”. Segundo um dos líderes, ele chamou os movimentos de que tem mais proximidade para ouvi-los, mas acabou estimulando mais a baderna ao dizer que é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças, enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda, agindo muito mais como um líder de massa do que como governo.

Será que o reizinho de Caetés agora pretende sair de porta-bandeira nesse carnaval de protestos, mesmo indo contra o poste que ele fincou na Presidência?

Vai saber...

Mais uma da musa da tautologia


Etimologia: Plebiscito, lei romana aprovada pelos plebeus.

Plebe: Entre os antigos romanos, classe popular da sociedade

“Custa crer que a presidente Dilma Rousseff tenha falado sério quando propôs um ‘plebiscito popular.’”
De um editorial do Estadão

Esse “custa crer” do Estadão é só uma figura de retórica. Ninguém mais se surpreende com as boçalidades do poste.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

In vino veritas


Do blog do Giulio Sanmartini, com algumas modificações


De férias em Paris, resolvi jantar em um restaurante conceituado, o Lucas Carton. Eu já estava acomodado numa mesa, quando um homem bastante idoso entrou acompanhado de uma moça, que provavelmente seria sua namorada - ou enfermeira, vá lá saber -, foi encaminhado à mesa bem ao lado da minha e pediu uma garrafa de “Chateau Mouton Rothschild”, safra 1928. O sommelier, em vez de trazer a garrafa para mostrar ao cliente, traz o décanteur de cristal cheio de vinho e, depois de uma mesura, serve um pouco no cálice para o cliente provar. O cliente, delicada e lentamente, movimenta o vinho, leva o cálice ao nariz para sentir o aroma, fecha os olhos e cheira o vinho. Inesperadamente, franze a testa e, com expressão muito irritada, pousa o copo na mesa, comentando rispidamente:

- Isto aqui não é um Mouton de 1928!

O sommelier assegura-lhe que é. O cliente insiste que não é. Estabelece-se uma pequena discussão e, rapidamente, muitas pessoas rodeiam a mesa, incluindo o maître, o chef de couisine e o gerente do hotel, que tentam convencer o intransigente consumidor de que o vinho é mesmo um Mouton de 1928. De repente, o maître resolve perguntar-lhe como sabe, com tanta certeza, que aquele vinho não é um Mouton de 1928.

- O meu nome é Phillippe de Rothschild - diz o cliente modestamente - e fui eu quem fez esse vinho.

Consternação geral. O sommelier então, de cabeça baixa, dá um passo à frente, tosse, pigarreia, bagas de suor escorrem-lhe da testa e, por fim, admite que serviu no décanteur um Chateau Clerc Milon, de 1928. E explica seus motivos:

- Perdão, cavalheiro, mas não consegui suportar a idéia de servir a nossa última garrafa de Mouton 1928. De qualquer forma, a diferença é irrelevante. Afinal, o senhor também é proprietário dos vinhedos de Clerc Milon, que ficam na mesma aldeia do Mouton. O solo é o mesmo, a vindima é feita na mesma época, a poda é a mesma e o esmagamento das uvas se faz na mesma ocasião, o mosto resultante vai para barris absolutamente idênticos. Ambos os vinhos são engarrafados ao mesmo tempo. Pode-se afirmar que os vinhos são iguais, apenas com uma pequeníssima diferença geográfica.

Rothschild, então, com a discrição e elegância que sempre foi a sua marca, puxa suavemente o sommelier pelo braço e fala-lhe ao ouvido, mas numa altura suficiente para nosso amigo ao lado ouvir:

- Quando voltar para casa esta noite, peça à sua mulher ou namorada para se despir completamente. Escolha dois orifícios do corpo dela muito próximos um do outro e faça um teste de olfato. Você perceberá a sutil diferença que pode haver em uma pequeníssima distância geográfica.

Apenas como informação, uma garrafa de Chateau Mouton Rothschild safra 1928 custa, na Europa, a mixaria de 2.457,99 €, sem a inclusão de impostos.

O PSDB se supera a cada dia: Sergio Guerra diz que voto a favor da PEC 37 foi “engano”. Desaforo!

O deputado tucano disse, após a computação dos votos, que se confundiu na hora de votar e que queria escolher o “não”.

Logo o ex-presidente dos tucanos! E o pior: não pediu correção. Cagou e andou!

Isso dá uma ideia da irresponsabilidade com que os políticos tratam os cargos para os quais foram eleitos pelo povo.

É um desaforo!

Minha carta pra dona Dilma foi um desabafo, uma alegoria, nada mais que isso.


É claro que ao sugerir a renúncia do poste eu medi as consequências que isso acarretaria, mas resolvi escrever assim mesmo. A sequência de desastres que se sucederia se Dilma tomasse essa atitude seria trágica. No mínimo ficaríamos na mesma ou talvez até pior que com a sua permanência.

Diz a Constituição: Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Imaginem a sequência Temer, Henrique Alves e Renan Calheiros. Depois seria só jogar terra em cima do Brasil e escrever na lápide:

“Aqui jaz um país assassinado por um povo que agora se comporta como um leão nas ruas, mas sempre se comportou como um jumento nas urnas”.

Uma grande verdade

“Discutir com petista é como jogar xadrez com pombo: ele vai derrubar as peças, cagar no tabuleiro e sair de peito estufado cantando vitória.” Lobão

terça-feira, 25 de junho de 2013

Boatos, uma praga consequente e previsível

Hoje a Zona Sul acordou apavorada com o boato - mais um - de uma passeata - mais uma - que desta vez viria da Rocinha.

Sem sacanagem: passeata da Rocinha só pode ser arrastão. Afinal, do que é que eles podem reclamar?

Moram de graça - quem paga aluguel em favela é otário - na Zona Sul com direito à vista que quase ninguém tem; pagam tarifas reduzidas de água, esgoto e luz; não pagam IPTU; têm polícia 24 horas por dia; roubam o sinal da TV a cabo; têm creches e escolas de graça e bem pertinho; o transporte é farto; o comércio idem e quem é chegado, continua comprando maconha e cocaína do vizinho.

Ora, vão à merda!

Regina regnat, sed non gubernat (a rainha reina, mas não governa) - Carta para dona Dilma

Dona Dilma Rousseff:

Mais perdida que chinelo de bêbado, a senhora agora fala em constituinte e plebiscito. Ora, minha senhora, se empurrar com a barriga adiantasse seria melhor engravidar primeiro, pelo menos teria estofo, mas, com essa idade, nem isso. Aliás, o melhor mesmo seria que a senhora ficasse prenhe de ideias, mas essa é mais uma impossibilidade, dada à sua infertilidade mental congênita.

De nada adiantam também os vexames aos quais a senhora se submete indo frequentemente a São Paulo pedir conselhos ao ex-presidente em exercício - em vez de recebê-lo em Brasília - porque o apedeuta, apesar de ser bem mais esperto que a senhora, anda mais angustiado que barata de ponta-cabeça, também sem saber o que fazer, além de estar também mais constrangido que padre em puteiro, com medo de aparecer em virtude da penca de acusações que pairam sobre aquela cabecinha chata.

Já que a senhora desonra o cargo que ocupa ao ser subserviente a um ladravaz como Lula; já que a senhora não assume responsabilidades; já que a senhora está cercada por ineptos do jaez de um Merdadante, que só lhe atrapalham - se é que é possível atrapalhar uma trapalhona; já que a senhora é mentalmente incapaz, e já que a senhora não faz coisa nenhuma que preste, pelo menos tenha autocrítica, peça o seu boné e saia de fininho, renuncie. Alegue alguma coisa como a volta do seu câncer, como fez a sua amiga, madame Kirschner, que inventou um na tireoide, diga que tem que cuidar do neto, enfim, invente alguma desculpa. Ou não diga nada, só renuncie: ninguém vai sentir a sua falta. Nem o Lula. A senhora vai descobrir que era feliz quando não era nada e não sabia - e continua não sendo nada, só que com um cargo.

Não, dona Dilma, eu não sou a favor do impeachment porque não é por aí que anda a minha noção de democracia e também porque se a senhora não seguir meus conselhos e renunciar, vai ser um prazer inenarrável vê-la definhar moralmente, cair dessa empáfia toda, tomar um tombo dessa irascibilidade, despencar nas pesquisas e ver os canalhas todos que a cercam irem junto. Só tome cuidado para quando tombar tantas vezes não cair de quatro: será irreversível.

Certo do seu pronto atendimento às minhas reivindicações, subscrevo-me

Atenciosamente


Ricardo Froes

segunda-feira, 24 de junho de 2013

E o Brasil vai continuar sem solução, pelo menos por enquanto

Segundo os analistas, os dois únicos políticos que estão se beneficiando com a zorra generalizada que tomou conta do país são Marina Silva e Lula. Eu concordo até certo ponto.

Lula vai ser a solução para o PT, mas para isso vai ter que sair da toca, porque tem muito o que explicar à justiça sobre a quantidade e gravidade das tramoias em que está metido, além de ter que ser muito mais político que jamais foi para tais acusações não “grudarem” na parte da população mais esclarecida, mas não duvido nada que ele consiga convencer parte dessa gente com as evasivas de costume e com a mesma retórica de caixoteiro de porta de sindicato que o levou a ser eleito duas vezes. Lembrando que ele já tem a seu favor os votos garantidos nas 15 milhões de famílias bolsistas, um belo handicap.

Já quanto a Marina eu não sei se os analistas estão certos. Não a vejo como capaz de capitalizar alguma coisa dessas manifestações com seu discursinho fuleiro, confuso e enganador, que só encanta os bichos-grilos e ecochatos. Seu cacife é limitado, apesar da sua importância política sempre ter sido supervalorizada, já que em nada contribuiu para coisa nenhuma no país a não ser com o enriquecimento do seu marido, o madeireiro Fábio Vaz de Lima, contrabandista de mogno roubado.

Quanto à nossa “valorosa e combatente” oposição, o ostracismo continua sendo o lugar ideal.

Padre ou detonador demográfico?

Do Blog do Giulio Sanmartini

Um pesquisador encontrou, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, situado em Lisboa, junto à Cidade Universitária, onde estão guardados os documentos antigos, no armário 5, maço nº 7, uma sentença de 1587, lavrada em Trancoso, Portugal, com o seguinte teor:

“Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres”.

Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres. Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior. El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1587, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português. El-Rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo”.