Fim do “ciclo petista”?

Não sou daqueles que torço para o “quanto pior, melhor” em relação ao governo de Dilma, até porque ela não precisa da minha torcida para trilhar esse caminho inevitável, dada à total incompetência da própria e do material humano que dispõe para assessorá-la.

Roberto Freire, presidente do PPS, hoje, em um artigo no Brasil Econômico diz que há uma percepção generalizada de que o governo Dilma não tem capacidade para resolver os problemas, como recordes no endividamento das famílias, desindustrialização, infraestrutura precária, entre outros gargalos de um país que não cresce e, ao mesmo tempo, vê diminuir o poder de compra de sua população, o que a levou a perder oito pontos percentuais na avaliação boa ou ótima de seu governo, despencando de 65% para 57% em relação à pesquisa anterior, de março.

Freire diz ainda que o “ciclo petista” já se esgotou, vítima de “uma crise gerada pela irresponsabilidade do governo Lula, que em 2010 patrocinou um verdadeiro descalabro nas contas públicas com o único intuito de eleger a sucessora”, com o que concordo, mas acrescento que Dilma não é só uma “herdeira” de problemas: ela também os criou aos montes.

Oxalá Freire esteja certo na sua avaliação quando inclui a percepção popular sobre o fato, em virtude da vertiginosa diminuição do seu poder de compra, porque sem um povo consciente de nada adiantam as nossas conclusões, por mais precisas que sejam - tudo vai continuar na mesma.