Adriana Calcanhoto, nova colunista do Globo, escreveu um
texto hoje sem parágrafos. No jornal, a quatro colunas, foram 120 linhas sem
direito a tomar fôlego. No formato A4, foram 41 linhas. Resultado: não li.
Eu me recuso a ler coisas assim, tipo “originais”, onde o
autor visivelmente apela para uma estética não convencional para tentar chamar
atenção. E tem mais: talvez eu vá cometer uma heresia para muitos, mas também
me recusei a ler Saramago pelo mesmo motivo. No seu livro “O Evangelho Segundo
Jesus Cristo” há páginas e mais páginas seguidas sem um único parágrafo.
Cisma ou defeito meu, só sei que não consigo. Cansa demais.
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