terça-feira, 11 de junho de 2013

Criança! Não verás país nenhum como este! (2)


E seguem os absurdos.

Por Magu, do blog do Giulio Sanmartini:

Penso que nossos leitores sentem a mesma coisa que este que vos escreve, quando ouvimos ou lemos coisas desse jaez:

- O Brasil não é um país sério (Charles De Gaulle)

- Que país é este que junta milhões numa marcha gay, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção? (Juan Arias, do jornal El País, Espanha).

Pode-se ficar zangado; ou abaixar a cabeça, tristes, porque eles tem razão.

Mas por que essas frases são ditas? Porque nossas instituições são pífias… Como justificar que:

- Um motorista do Senado ganhe mais para dirigir um automóvel que serve V. Exas. do que um Oficial da Marinha do Brasil, que tem a responsabilidade de pilotar uma fragata!

- Um ascensorista da Câmara Federal ganhe mais para servir V. Exas. da casa da Maria Joana do que um Oficial da Força Aérea Brasileira que pilota um Mirage.

- Um diretor responsável pela garagem do Senado ganhe mais que um Oficial-General do Exército Brasileiro que comanda uma Região Militar inteira.

- Um diretor “sem diretoria” do Senado, cujo título é só para justificar o vencimento, ganhe o dobro do que ganha um professor universitário federal, concursado, com mestrado, doutorado e prestígio internacional.

- Um assessor de 3º nível (um aspone) de um deputado qualquer, que também tem esse título para justificar seus ganhos, um mero estafeta de correspondência, ganhe mais que um cientista, pesquisador da FioCruz, com muitos anos de formado, que dedica seu tempo buscando vacinas para salvar vidas.

- O SUS paga a um cirurgião, por cirurgia cardíaca a peito aberto, a reles importância de R$ 70,00, o que é menos do que uma diarista cobra para fazer faxina num apartamento de dois quartos.

Precisamos urgentemente de um choque de moralidade nos 3 poderes da União, Estados e Municípios, acabando com os oportunismos e cabides de emprego. Os resultado não justificam, nem de longe, o atual número de senadores, deputados federais, estaduais e vereadores. É preciso dar fim a esses currais eleitorais, que transformaram o Brasil numa oligarquia sem escrúpulos, onde os negócios públicos são geridos pela “cosa nostra brasiliense”. O país está sem futuro, com a irresponsabilidade social e os gastos públicos crescentes, porque o povo perdeu a capacidade de indignar-se. Aceitam essas coisas, com se tivesse que ser assim mesmo, ou que nada mais tem jeito. Os eleitores seriam os únicos que, pelo voto, poderiam modificar isso. Mas o que interessa a eles? É não perder a bolsa, de jeito nenhum. E la nave va…

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