E seguem os absurdos.
Por Magu, do blog do Giulio Sanmartini:
Penso que nossos leitores sentem a mesma coisa que este que
vos escreve, quando ouvimos ou lemos coisas desse jaez:
- O Brasil não é um país sério (Charles De Gaulle)
- Que país é este que junta milhões numa marcha gay, muitas
centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a
corrupção? (Juan Arias, do jornal El País, Espanha).
Pode-se ficar zangado; ou abaixar a cabeça, tristes, porque
eles tem razão.
Mas por que essas frases são ditas? Porque nossas
instituições são pífias… Como justificar que:
- Um motorista do Senado ganhe mais para dirigir um
automóvel que serve V. Exas. do que um Oficial da Marinha do Brasil, que tem a
responsabilidade de pilotar uma fragata!
- Um ascensorista da Câmara Federal ganhe mais para servir
V. Exas. da casa da Maria Joana do que um Oficial da Força Aérea Brasileira que
pilota um Mirage.
- Um diretor responsável pela garagem do Senado ganhe mais
que um Oficial-General do Exército Brasileiro que comanda uma Região Militar
inteira.
- Um diretor “sem diretoria” do Senado, cujo título é só
para justificar o vencimento, ganhe o dobro do que ganha um professor
universitário federal, concursado, com mestrado, doutorado e prestígio
internacional.
- Um assessor de 3º nível (um aspone) de um deputado
qualquer, que também tem esse título para justificar seus ganhos, um mero
estafeta de correspondência, ganhe mais que um cientista, pesquisador da
FioCruz, com muitos anos de formado, que dedica seu tempo buscando vacinas para
salvar vidas.
- O SUS paga a um cirurgião, por cirurgia cardíaca a peito
aberto, a reles importância de R$ 70,00, o que é menos do que uma diarista
cobra para fazer faxina num apartamento de dois quartos.
Precisamos urgentemente de um choque de moralidade nos 3
poderes da União, Estados e Municípios, acabando com os oportunismos e cabides
de emprego. Os resultado não justificam, nem de longe, o atual número de
senadores, deputados federais, estaduais e vereadores. É preciso dar fim a
esses currais eleitorais, que transformaram o Brasil numa oligarquia sem
escrúpulos, onde os negócios públicos são geridos pela “cosa nostra
brasiliense”. O país está sem futuro, com a irresponsabilidade social e os gastos
públicos crescentes, porque o povo perdeu a capacidade de indignar-se. Aceitam
essas coisas, com se tivesse que ser assim mesmo, ou que nada mais tem jeito.
Os eleitores seriam os únicos que, pelo voto, poderiam modificar isso. Mas o
que interessa a eles? É não perder a bolsa, de jeito nenhum. E la nave va…
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