Descobri em “Erros de Português, Gafes e Pérolas...” um sujeito
que gosta do Paulo Coelho ainda menos que eu. Aliás, nem sei, já que ele leu o
Alquimista todo e eu não consegui passar da metade. Mas vejam as barbaridades que o cara encontrou no livro:
Paulo Coelho??? Acadêmico??? ... PQP #☻X♀!!!
Eu não posso dizer que tenho raiva ou desprezo por quem lê
os livros de Paulo Coelho, pois tenho muitos amigos que e infelizmente gastam
tempo e dinheiro com suas “obras”, fazer o quê?
Eu sinto mesmo é PENA!!!
ABAIXO, MUITOS ERROS ENCONTRADOS EM APENAS UM DOS LIVROS
ESCRITOS PELO MAGUINHO DE ARAQUE... “O Alquimista”
“Lembrou-se da espada — foi um preço caro contemplá-la um
pouco, mas também nunca tinha visto algo igual antes.” (Pág. 71)
Preço caro é erro indecoroso. “Caro” significa “preço
elevado”.
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“Haviam certas ovelhas, porém, que demoravam um pouco para
levantar.” (Pág. 22)
Não há registro, em nossa literatura, de nenhum outro
escritor que tenha empregado haver no plural, com o sentido de existir.
A culpa não deve ser somente do pobre revisor, pois este
tipo de erro de concordância aparece mais de DEZ no livro.
- Demorar (sentido de tardar) usa-se com “a” e não com “para”.
- Levantar é sinônimo de erguer, mas levantar-se é que
significa pôr-se de pé.
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“Há dois dias atrás você disse que eu nunca tive sonhos de
viajar.” (Pág. 86)
É uma desgraça encontrar uma frase assim... principalmente
quando vem de um “escritor imortal” e ainda se acha “mago”.
“há” e “atrás” não combinam!!! - “Há dois dias atrás” é
expressão redundante, pois a idéia de passado do advérbio “atrás” já está no
verbo “haver”.
A excrescência também ocorre nas páginas 103, 133, 161, 210,
242...
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“O teto tinha despencado há muito tempo, e um enorme
sicômoro havia crescido no local que antes abrigava a sacristia.” (Pág. 21)
“Fazia aquilo há anos, e já sabia o horário de cada pessoa.”
(Pág. 76)
Definitivamente o verbo haver é uma enorme pedra no sapato
do nosso alquimista.
Quando o verbo “haver” for usado com outro verbo no tempo
imperfeito ou mais-que-perfeito, emprega-se “havia” e não “há” O mesmo erro
encontra-se ainda nas páginas 22, 83, 133, e 157...
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“Em 1973, já desesperado com a ausência de progresso, cometi
uma suprema irresponsabilidade. Nesta época eu era contratado pela Secretaria
de Educação de Mato Grosso...” (Pág. 08)
“Nesta” refere-se ao período em que o escritor estava
escrevendo, e não a 1973.
“Nessa” é que se usa com referência a tempo passado ou
futuro.
Os erros se repetem nas páginas 50, 54, 77, 119, 143, 238...
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“— Então, nas Pirâmides do Egito, — ele falou as três
últimas palavras lentamente, para que a velha pudesse entender...” (Pág. 37)
O verbo falar é intransitivo. O certo seria “...ele disse as
três palavras...”.
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Outros casos com uso de “FALAR” na obra do “maguinho”:
“Por isso lhe falei que seu sonho era difícil.” (Pág. 38)
“O velho, entretanto, insistiu. Falou que estava cansado,
com sede...” (Pág. 42)
É um animal...
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“Por isso costumava às vezes ler... ou comentar sobre as
últimas novidades que via nas cidades por onde costumava passar.” (Pág. 22)
Não se diz “comentar sobre alguma coisa”, mas sim “comentar
alguma coisa”: “Todos comentavam o desastre.”
(Tá no Aurélio, cacete!!! Será que ele não tem dicionário em
casa?)
Veja outros deslizes semelhantes:
“O pastor contou dos campos de Andaluzia, das últimas
novidades que viu nas cidades onde visitara.” (Pág.24)
“ A gente sempre acaba fazendo amigos novos , e não precisa
ficar com eles dia após dia.”(Pág. 40)
“O alquimista enfiou a mão dentro do buraco , e depois
enfiou o braço até o ombro.” (Pág. 184)
“Últimas novidades...” “fazer amigos novos...” “enfiar
dentro...”
Como assim “últimas novidades” ????? PQP!!
Faz pensar então que há novidades não tão recentes. Isso já
está cômico!
Não vou nem dizer que a expressão “às vezes” deveria estar
entre virgulas, para não me tacharem de mais ranzinza do que já sou!
Por que será que ele faz isso com os seus leitores?
RESPOSTA: Porque eles não ligam para língua portuguesa e o
ilustre imortal já sabe disso!
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“Todos os dias o rapaz ia para o poço esperar Fátima.” (Pág.
157)
A preposição “a” indica deslocamento rápido ou provisório
como “de passagem”.
Já o “para”, é mais para uma certa permanência ou ida
definitiva:
Exemplo: “Ele vai à uma cidadezinha do interior” e “Ele vai
para uma cidadezinha do interior”.
Gostou senhor mago?
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“Entretanto, à medida em que o tempo vai passando, ...”
(Pág. 47)
Pelo amor aos verdadeiros imortais da ABL!!! ... NÃO EXISTE “à
medida em que” PQP!!! O certo é “à medida que”. Existe também “Na medida em que”
mas “à medida em que” NÃO EXISTEEE!!!!!!!
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“O rapaz assistiu aquilo tudo fascinado.” (Pág. 207)
O verbo assistir no sentido de observar exige a preposição “a”.
A expressão “assistiu àquilo tudo” equivale a “assistiu a tudo
aquilo”.
Não é simples? Mas parece que para este “imortal”, não...
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“Mas tinha a espada em sua mão.” (Pág. 175)
“...Um cavaleiro todo vestido de negro, com um falcão em seu
ombro esquerdo.” (Pág. 173)
Não se emprega o possessivo quando se trata de parte do
corpo ou em peças do vestuário.
Nesse caso, usa-se apenas o artigo: (na mão, no ombro, na
calça, na blusa).
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“A menina ficava deslumbrada quando ele começava a lhe
explicar que as ovelhas devem ser tosquiadas de trás para frente .” (Pág. 41)
“— Daqui para frente você vai sozinho — disse o Alquimista.”
(Pág. 229)
O mesmo erro duas vezes encontrado!!!
A expressão correta é para a frente (sempre com a presença
do artigo).
Qualquer gramática elementar registra isso. Eu tive uma GLP
(Celso Cunha) no primário, vai ver ele não sabe que estas coisas existem...
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“A África ficava a apenas algumas horas da Tarifa.” (Pág.
43)
“Ah, se eles soubessem que a apenas duas horas de barco
existem tantas coisas diferentes.” (Pág. 71)
“Estamos há apenas duas horas da Espanha.” (Pág. 65 )
O advérbio “apenas” não deve ficar entre a preposição e o
termo regido como ocorreu nas duas primeiras orações. Tudo bem... não foi tão
grave!
Não se deve dizer “da Tarifa” e sim “de Tarifa” (locução).
A presença da palavra “há” exercendo o papel de preposição “a”,
no terceiro exemplo, é um pecado inominável... SEM NOÇÃO!!!
Estaria o nosso “bruxinho” sóbrio ou será que ele andou “respirando
muito” incenso ???
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“Já não havia mais a esperança e a aventura...” (Pág. 79)
“Se a gente não for como elas esperam ficar, chateadas.”
(Pág. 40)
O uso simultâneo de “já” e “mais” constitui redundância.
Tudo bem, perdoado mais uma vez...
Agora, tarefa ingrata mesmo é tentar descobrir o sentido do
segundo texto, hahahahaha... Será problema de pontuação? Ou será que o efeito
do incenso não passou? A cabeça desse alquimista deve ser como bumbum de
criança sempre têm coisa pra sair...
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“Depois de vencidos os obstáculos, ele voltava de novo...”
(Pág.113)
Obstáculos não se vencem; superam-se... ok, estou exigindo
muito do pobrezinho... mas é sempre bom saber que há diferença entre “obstáculo”
e “desafio”.
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“E que tanto os pastores, como os marinheiros, como os
caixeiro-viajantes, sempre conheciam...” (Pág. 26)
Nas palavras compostas por substantivo + adjetivo,
flexionam-se os dois elementos!!!!!!
De “bruxo” para “assassino” falta pouco! Sorte que a língua
portuguesa é um pouco resistente.
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“Assim que sentaram na única mesa existente, o Mercador de
Cristais sorriu.” (Pág. 78)
Sentar na mesa deve ser algo muito engraçado de presenciar,
mesmo em um conto absurdo como este! Mas ele é uma piada mesmo...
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“Naquela época não havia imprensa... Não havia jeito de todo
mundo tomar conhecimento da Alquimia.” (Pág. 133)
Se era o sentido de “completamente” então deveria ser “todo
o mundo” e não “todo mundo”. Alguém precisa ensinar o “coelhinho mágico” sobre
o uso de advérbios e pronomes.
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“Para quê tanto dinheiro?” (Pág. 203)
O acento só se justificaria se A PALAVRA “que” estivesse no
final da frase: “Tanto dinheiro para quê?”
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“Mas de repente a vida me deu dinheiro suficiente, e eu
tenho todo o tempo que preciso.” (Pág. 100)
O verbo “precisar” não abre mão da preposição “de” (todo o
tempo de que preciso). Exceto antes de infinitivo. Claro!!
E mais uma vez o problema das vírgulas (“Mas, de repente, a
vida...”). Ok, eu estou cobrando muito do coelhinho alquimista! Vou fingir que
não vi...
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“Então os guerreiros viviam apenas o presente... e eles
tinham que prestar atenção em muitas coisas.” (Pág. 164)
“No presente é que está o segredo; se você prestar atenção
no presente, poderá melhorá-lo.” (Pág. 166)
Vamos lá coelhinho mágico, vê se aprende... Quem presta
atenção, presta “a alguém” ou “a alguma coisa” e não “em”, entendeu?
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“Ninguém disse qualquer palavra enquanto o velho falava.”
(Pág. 170)
“O camelos são traiçoeiros: andam milhares de passos, e não
dão qualquer sinal de cansaço.” (Pág. 181)
A palavra “Qualquer”, nestes casos, deveriam ser
substituídas por “nenhum”, pois “qualquer” ou “quaisquer”, no plural, não têm
sentido de negação. Devem ser usadas em orações declarativas afirmativas.
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“A velha pediu para que ele repetisse o juramento olhando
para a imagem do Sagrado Coração de Jesus.” (Pág. 38)
“... Pediu para lhe mostrar onde morava Fátima.” (Pág. 189 )
“Pedir para” só deve ser usado no sentido de solicitar a
aprovação, permissão ou consentimento.
Exemplo: “Eu peço para rir de Paulo Coelho”
Nos demais casos, usa-se “pedir que”.
Exemplo: “Eu peço que tomem providências”
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“— Podemos chegar amanhã nas Pirâmides...” (Pág. 66)
“O rapaz se aproximou de uma mulher que havia chegado no
poço...” (Pág. 150)
“Chegou na pequena igreja... quando já estava quase
anoitecendo.” (Pág. 245)
Escritores medíocres ou sem muita preocupação com o idioma
(salvo raríssimas exceções) podem escrever assim, mas a verdade é que Verbos de
movimento exigem “a” e não “em” - “Chega-se a algum lugar” este é o certo! O
único caso em que se pode empregar “em” com “chegar” é na referência a tempo e
não espaço físico. Exemplo: “chegar em cima da hora” ou “chegar em tempo de”.
Coisas como “chegar em casa” a gente até ouve na rua, mas
para alguém com obrigações literárias, ESTÁ ERRADO!!! ERRADÍSSIMO!!!
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“— Por que quis me ver? — disse o rapaz.” (Pág. 180)
“... quando sabe que estamos há várias gerações aqui? —
disse outro chefe tribal.” (Pág. 168)
Quando há uma pergunta (discurso direto), o ideal seria
empregar: indagar, perguntar, interrogar e não “disse”, como o coelhinho mágico
escreveu! hehehe...
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“Não sei porquê.” (Pág. 36 )
“E por que?” (Pág. 56 )
Nos dois trechos deveria ser “por quê”.
“... perguntou porque o cameleiro estava tão interessado em
saber o futuro.” (Pág. 165)
O certo seria: “...por que o cameleiro...”
“Não pergunte porquê; não sei.” (Pág. 209 )
O certo seria: “Não pergunte por quê; não sei.”
Dentre muitas outras coisas, Paulo Coelho (bruxinho feliz)
não domina o uso dos “porquês”.
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“Eu lhe ensinarei como conseguir o tesouro escondido. Boa
tarde.” (Pág. 51)
Os cumprimentos: “bom-dia”, “boa-tarde” e “boa-noite” só se
escreve com com hífen. Certos alquimistas imortais hippies não se preocupam com
minúcias, o negócio deles é encontrar a pedra filosofal. Aí dá nisso...
hehehe!!!
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“Mas o comerciante finalmente chegou e mandou que ele
tosquiasse quatro ovelhas.” (Pág. 25)
O verbo mandar na acepção de ordenar rege o pronome oblíquo “o”,
mas se for com um verbo transitivo, como no caso em questão, é admissível
também o pronome “lhe”.
Então teríamos quatro maneiras de tosquiar as quatro
ovelhas! hehehe...
...mandou-o tosquiar...
...mandou-lhe que tosquiasse...
...mandou-lhe tosquiar...
O rico marqueteiro, porém pobre escritor ocupante da cadeira
nº 21, ignorou em sua “obra” o uso de pronomes e também de conjunções,
advérbios, regências, pontuação, concordância... etc... etc... etc...
Em um país decente que ama e respeita sua língua, um Paulo
Coelho não participaria de academia nenhuma muito menos de letras!
Nao existe revisores competentes e profissionais no país para que os livros sejam editados quase sem erros gramaticais?
ResponderExcluirEstranho, isso poderia significar que os tais revisores sao incompetentes caso prestem servico ao suposto escritor.
A literatura do Paulo Coelho nao faz o meu genero, embora eu goste de misticismo e fantasia, ele é confuso e sem conteúdo.
Claro que existem, e muito bons, só que sua majestade não admite revisores.
ExcluirEsta explicado. Grazie.
ExcluirPelas barbas do profeta, se ele não admite revisores pela editora de seus livros, "entonces" ele usa o esquema do lula de falar ou escrever errado propositalmente, expediente que funciona só nos países de terceiro mundo.
ResponderExcluirA editora nao deveria aceitar a recusa do pseudo-escritor em ter os seus manuscritos revisados por profssionais. A editora tem a responsabilidade dos livros serem editados repletos de erros.
ResponderExcluirO ministërio da cultura parece exstir somente para a promocao das"capoeiras e escolas de samba."
Literatura é o maior tesouro cultural de um povo, se nao é bem cuidada …
Tudo tem a cara do PT.
Quem é que vai peitar uma mina de ouro?
ExcluirMagu disse:
ResponderExcluirBINGO !
Pela matéria, e pelos comentários...
É mesmo, sou ingenua, e emburreci. Esqueci o mais importante: dinheiro.
ResponderExcluirTem toda a razao Ricardo, ninguem iria vetar coisa alguma. O meu rico dinheirinho eles nao ganham.