sábado, 7 de dezembro de 2013

Paulo Coelho: um acadêmico que não sabe português

Descobri em “Erros de Português, Gafes e Pérolas...” um sujeito que gosta do Paulo Coelho ainda menos que eu. Aliás, nem sei, já que ele leu o Alquimista todo e eu não consegui passar da metade. Mas vejam as barbaridades que o cara encontrou no livro:

Paulo Coelho??? Acadêmico??? ... PQP #☻X♀!!!

Eu não posso dizer que tenho raiva ou desprezo por quem lê os livros de Paulo Coelho, pois tenho muitos amigos que e infelizmente gastam tempo e dinheiro com suas “obras”, fazer o quê?

Eu sinto mesmo é PENA!!!

ABAIXO, MUITOS ERROS ENCONTRADOS EM APENAS UM DOS LIVROS ESCRITOS PELO MAGUINHO DE ARAQUE... “O Alquimista”

“Lembrou-se da espada — foi um preço caro contemplá-la um pouco, mas também nunca tinha visto algo igual antes.” (Pág. 71)

Preço caro é erro indecoroso. “Caro” significa “preço elevado”.

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“Haviam certas ovelhas, porém, que demoravam um pouco para levantar.” (Pág. 22)

Não há registro, em nossa literatura, de nenhum outro escritor que tenha empregado haver no plural, com o sentido de existir.
A culpa não deve ser somente do pobre revisor, pois este tipo de erro de concordância aparece mais de DEZ no livro.
- Demorar (sentido de tardar) usa-se com “a” e não com “para”.
- Levantar é sinônimo de erguer, mas levantar-se é que significa pôr-se de pé.

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“Há dois dias atrás você disse que eu nunca tive sonhos de viajar.” (Pág. 86)

É uma desgraça encontrar uma frase assim... principalmente quando vem de um “escritor imortal” e ainda se acha “mago”.
“há” e “atrás” não combinam!!! - “Há dois dias atrás” é expressão redundante, pois a idéia de passado do advérbio “atrás” já está no verbo “haver”.
A excrescência também ocorre nas páginas 103, 133, 161, 210, 242...

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“O teto tinha despencado há muito tempo, e um enorme sicômoro havia crescido no local que antes abrigava a sacristia.” (Pág. 21)

“Fazia aquilo há anos, e já sabia o horário de cada pessoa.” (Pág. 76)

Definitivamente o verbo haver é uma enorme pedra no sapato do nosso alquimista.
Quando o verbo “haver” for usado com outro verbo no tempo imperfeito ou mais-que-perfeito, emprega-se “havia” e não “há” O mesmo erro encontra-se ainda nas páginas 22, 83, 133, e 157...

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“Em 1973, já desesperado com a ausência de progresso, cometi uma suprema irresponsabilidade. Nesta época eu era contratado pela Secretaria de Educação de Mato Grosso...” (Pág. 08)

“Nesta” refere-se ao período em que o escritor estava escrevendo, e não a 1973.
“Nessa” é que se usa com referência a tempo passado ou futuro.
Os erros se repetem nas páginas 50, 54, 77, 119, 143, 238...

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“— Então, nas Pirâmides do Egito, — ele falou as três últimas palavras lentamente, para que a velha pudesse entender...” (Pág. 37)

O verbo falar é intransitivo. O certo seria “...ele disse as três palavras...”.

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Outros casos com uso de “FALAR” na obra do “maguinho”:

“Por isso lhe falei que seu sonho era difícil.” (Pág. 38)
“O velho, entretanto, insistiu. Falou que estava cansado, com sede...” (Pág. 42)

É um animal...

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“Por isso costumava às vezes ler... ou comentar sobre as últimas novidades que via nas cidades por onde costumava passar.” (Pág. 22)

Não se diz “comentar sobre alguma coisa”, mas sim “comentar alguma coisa”: “Todos comentavam o desastre.”
(Tá no Aurélio, cacete!!! Será que ele não tem dicionário em casa?)


Veja outros deslizes semelhantes:


“O pastor contou dos campos de Andaluzia, das últimas novidades que viu nas cidades onde visitara.” (Pág.24)
“ A gente sempre acaba fazendo amigos novos , e não precisa ficar com eles dia após dia.”(Pág. 40)
“O alquimista enfiou a mão dentro do buraco , e depois enfiou o braço até o ombro.” (Pág. 184)
“Últimas novidades...” “fazer amigos novos...” “enfiar dentro...”

Como assim “últimas novidades” ????? PQP!!
Faz pensar então que há novidades não tão recentes. Isso já está cômico!
Não vou nem dizer que a expressão “às vezes” deveria estar entre virgulas, para não me tacharem de mais ranzinza do que já sou!
Por que será que ele faz isso com os seus leitores?
RESPOSTA: Porque eles não ligam para língua portuguesa e o ilustre imortal já sabe disso!

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“Todos os dias o rapaz ia para o poço esperar Fátima.” (Pág. 157)

A preposição “a” indica deslocamento rápido ou provisório como “de passagem”.
Já o “para”, é mais para uma certa permanência ou ida definitiva:
Exemplo: “Ele vai à uma cidadezinha do interior” e “Ele vai para uma cidadezinha do interior”.
Gostou senhor mago?

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“Entretanto, à medida em que o tempo vai passando, ...” (Pág. 47)

Pelo amor aos verdadeiros imortais da ABL!!! ... NÃO EXISTE “à medida em que” PQP!!! O certo é “à medida que”. Existe também “Na medida em que” mas “à medida em que” NÃO EXISTEEE!!!!!!!

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“O rapaz assistiu aquilo tudo fascinado.” (Pág. 207)
O verbo assistir no sentido de observar exige a preposição “a”.
A expressão “assistiu àquilo tudo” equivale a “assistiu a tudo aquilo”.

Não é simples? Mas parece que para este “imortal”, não...

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“Mas tinha a espada em sua mão.” (Pág. 175)

“...Um cavaleiro todo vestido de negro, com um falcão em seu ombro esquerdo.” (Pág. 173)

Não se emprega o possessivo quando se trata de parte do corpo ou em peças do vestuário.
Nesse caso, usa-se apenas o artigo: (na mão, no ombro, na calça, na blusa).

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“A menina ficava deslumbrada quando ele começava a lhe explicar que as ovelhas devem ser tosquiadas de trás para frente .” (Pág. 41)

“— Daqui para frente você vai sozinho — disse o Alquimista.” (Pág. 229)

O mesmo erro duas vezes encontrado!!!
A expressão correta é para a frente (sempre com a presença do artigo).
Qualquer gramática elementar registra isso. Eu tive uma GLP (Celso Cunha) no primário, vai ver ele não sabe que estas coisas existem...

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“A África ficava a apenas algumas horas da Tarifa.” (Pág. 43)

“Ah, se eles soubessem que a apenas duas horas de barco existem tantas coisas diferentes.” (Pág. 71)

“Estamos há apenas duas horas da Espanha.” (Pág. 65 )

O advérbio “apenas” não deve ficar entre a preposição e o termo regido como ocorreu nas duas primeiras orações. Tudo bem... não foi tão grave!
Não se deve dizer “da Tarifa” e sim “de Tarifa” (locução).
A presença da palavra “há” exercendo o papel de preposição “a”, no terceiro exemplo, é um pecado inominável... SEM NOÇÃO!!!
Estaria o nosso “bruxinho” sóbrio ou será que ele andou “respirando muito” incenso ???

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“Já não havia mais a esperança e a aventura...” (Pág. 79)

“Se a gente não for como elas esperam ficar, chateadas.” (Pág. 40)

O uso simultâneo de “já” e “mais” constitui redundância. Tudo bem, perdoado mais uma vez...
Agora, tarefa ingrata mesmo é tentar descobrir o sentido do segundo texto, hahahahaha... Será problema de pontuação? Ou será que o efeito do incenso não passou? A cabeça desse alquimista deve ser como bumbum de criança sempre têm coisa pra sair...

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“Depois de vencidos os obstáculos, ele voltava de novo...” (Pág.113)

Obstáculos não se vencem; superam-se... ok, estou exigindo muito do pobrezinho... mas é sempre bom saber que há diferença entre “obstáculo” e “desafio”.

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“E que tanto os pastores, como os marinheiros, como os caixeiro-viajantes, sempre conheciam...” (Pág. 26)

Nas palavras compostas por substantivo + adjetivo, flexionam-se os dois elementos!!!!!!
De “bruxo” para “assassino” falta pouco! Sorte que a língua portuguesa é um pouco resistente.

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“Assim que sentaram na única mesa existente, o Mercador de Cristais sorriu.” (Pág. 78)

Sentar na mesa deve ser algo muito engraçado de presenciar, mesmo em um conto absurdo como este! Mas ele é uma piada mesmo...

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“Naquela época não havia imprensa... Não havia jeito de todo mundo tomar conhecimento da Alquimia.” (Pág. 133)

Se era o sentido de “completamente” então deveria ser “todo o mundo” e não “todo mundo”. Alguém precisa ensinar o “coelhinho mágico” sobre o uso de advérbios e pronomes.

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“Para quê tanto dinheiro?” (Pág. 203)

O acento só se justificaria se A PALAVRA “que” estivesse no final da frase: “Tanto dinheiro para quê?”

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“Mas de repente a vida me deu dinheiro suficiente, e eu tenho todo o tempo que preciso.” (Pág. 100)

O verbo “precisar” não abre mão da preposição “de” (todo o tempo de que preciso). Exceto antes de infinitivo. Claro!!

E mais uma vez o problema das vírgulas (“Mas, de repente, a vida...”). Ok, eu estou cobrando muito do coelhinho alquimista! Vou fingir que não vi...

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“Então os guerreiros viviam apenas o presente... e eles tinham que prestar atenção em muitas coisas.” (Pág. 164)

“No presente é que está o segredo; se você prestar atenção no presente, poderá melhorá-lo.” (Pág. 166)

Vamos lá coelhinho mágico, vê se aprende... Quem presta atenção, presta “a alguém” ou “a alguma coisa” e não “em”, entendeu?

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“Ninguém disse qualquer palavra enquanto o velho falava.” (Pág. 170)

“O camelos são traiçoeiros: andam milhares de passos, e não dão qualquer sinal de cansaço.” (Pág. 181)

A palavra “Qualquer”, nestes casos, deveriam ser substituídas por “nenhum”, pois “qualquer” ou “quaisquer”, no plural, não têm sentido de negação. Devem ser usadas em orações declarativas afirmativas.

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“A velha pediu para que ele repetisse o juramento olhando para a imagem do Sagrado Coração de Jesus.” (Pág. 38)

“... Pediu para lhe mostrar onde morava Fátima.” (Pág. 189 )

“Pedir para” só deve ser usado no sentido de solicitar a aprovação, permissão ou consentimento.
Exemplo: “Eu peço para rir de Paulo Coelho”

Nos demais casos, usa-se “pedir que”.
Exemplo: “Eu peço que tomem providências”

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“— Podemos chegar amanhã nas Pirâmides...” (Pág. 66)

“O rapaz se aproximou de uma mulher que havia chegado no poço...” (Pág. 150)

“Chegou na pequena igreja... quando já estava quase anoitecendo.” (Pág. 245)

Escritores medíocres ou sem muita preocupação com o idioma (salvo raríssimas exceções) podem escrever assim, mas a verdade é que Verbos de movimento exigem “a” e não “em” - “Chega-se a algum lugar” este é o certo! O único caso em que se pode empregar “em” com “chegar” é na referência a tempo e não espaço físico. Exemplo: “chegar em cima da hora” ou “chegar em tempo de”.
Coisas como “chegar em casa” a gente até ouve na rua, mas para alguém com obrigações literárias, ESTÁ ERRADO!!! ERRADÍSSIMO!!!

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“— Por que quis me ver? — disse o rapaz.” (Pág. 180)
“... quando sabe que estamos há várias gerações aqui? — disse outro chefe tribal.” (Pág. 168)

Quando há uma pergunta (discurso direto), o ideal seria empregar: indagar, perguntar, interrogar e não “disse”, como o coelhinho mágico escreveu! hehehe...

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“Não sei porquê.” (Pág. 36 )
“E por que?” (Pág. 56 )
Nos dois trechos deveria ser “por quê”.

“... perguntou porque o cameleiro estava tão interessado em saber o futuro.” (Pág. 165)
O certo seria: “...por que o cameleiro...”

“Não pergunte porquê; não sei.” (Pág. 209 )
O certo seria: “Não pergunte por quê; não sei.”

Dentre muitas outras coisas, Paulo Coelho (bruxinho feliz) não domina o uso dos “porquês”.

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“Eu lhe ensinarei como conseguir o tesouro escondido. Boa tarde.” (Pág. 51)

Os cumprimentos: “bom-dia”, “boa-tarde” e “boa-noite” só se escreve com com hífen. Certos alquimistas imortais hippies não se preocupam com minúcias, o negócio deles é encontrar a pedra filosofal. Aí dá nisso... hehehe!!!

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“Mas o comerciante finalmente chegou e mandou que ele tosquiasse quatro ovelhas.” (Pág. 25)

O verbo mandar na acepção de ordenar rege o pronome oblíquo “o”, mas se for com um verbo transitivo, como no caso em questão, é admissível também o pronome “lhe”.
Então teríamos quatro maneiras de tosquiar as quatro ovelhas! hehehe...
 ...mandou-o que tosquiasse...
...mandou-o tosquiar...
...mandou-lhe que tosquiasse...
...mandou-lhe tosquiar...

O rico marqueteiro, porém pobre escritor ocupante da cadeira nº 21, ignorou em sua “obra” o uso de pronomes e também de conjunções, advérbios, regências, pontuação, concordância... etc... etc... etc...

Em um país decente que ama e respeita sua língua, um Paulo Coelho não participaria de academia nenhuma muito menos de letras!

8 comentários:

  1. Nao existe revisores competentes e profissionais no país para que os livros sejam editados quase sem erros gramaticais?
    Estranho, isso poderia significar que os tais revisores sao incompetentes caso prestem servico ao suposto escritor.
    A literatura do Paulo Coelho nao faz o meu genero, embora eu goste de misticismo e fantasia, ele é confuso e sem conteúdo.

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    1. Claro que existem, e muito bons, só que sua majestade não admite revisores.

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  2. Pelas barbas do profeta, se ele não admite revisores pela editora de seus livros, "entonces" ele usa o esquema do lula de falar ou escrever errado propositalmente, expediente que funciona só nos países de terceiro mundo.

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  3. A editora nao deveria aceitar a recusa do pseudo-escritor em ter os seus manuscritos revisados por profssionais. A editora tem a responsabilidade dos livros serem editados repletos de erros.
    O ministërio da cultura parece exstir somente para a promocao das"capoeiras e escolas de samba."
    Literatura é o maior tesouro cultural de um povo, se nao é bem cuidada …
    Tudo tem a cara do PT.

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  4. Magu disse:

    BINGO !
    Pela matéria, e pelos comentários...

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  5. É mesmo, sou ingenua, e emburreci. Esqueci o mais importante: dinheiro.
    Tem toda a razao Ricardo, ninguem iria vetar coisa alguma. O meu rico dinheirinho eles nao ganham.

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