Hoje no jornal tem a queixa de uma pessoa que comprou
ingressos na primeira filada plateia - lugar mais caro do teatro Oi Casa Grande
- para assistir ao musical “Elis”, mas só conseguiu ver os atores da cintura
para cima e, quando as cenas se passavam no fundo do palco eles sumiam, só as
vozes eram ouvidas.
Passei por um problema semelhante em um camarote em um “music
hall” desses, na Barra (não lembro o nome) quando fui ver o ballet da Debora
Colker: eu só via a metade da direita do palco. Como foi boca-livre, não
reclamei.
O mais gaiato, no caso do Oi Casa Grande, foi a resposta da
direção do teatro que, diga-se de passagem, foi muito correta e ofereceu um
novo ingresso ao reclamante, mas que informou também que no site do teatro há “informações
sobre a visibilidade”.
Ora, não seria mais honesto eliminar os lugares que não
oferecem boa visibilidade?
Mas os pontos principais da coisa são mesmo a incompetência
de quem projeta esses absurdos e a inexistência de fiscalização por parte dos
órgãos competentes. Como é que alguém projeta - ou reforma - uma casa de
espetáculos sem ter a mais vaga noção do que faz? Como é que a prefeitura dá um
alvará de funcionamento a casas cheias de problemas em seus projetos?
E os problemas não se limitam apenas à visibilidade. Pelo
que eu já vi por aí, todas têm problemas também de som, iluminação, conforto e
segurança, única e exclusivamente por falhas de projetos e, é claro, pela conivência
(ou ausência) do poder público. A boate que pegou fogo em Santa Maria é um
exemplo trágico disso. O tal Memorial da América Latina é outro, já que a
última coisa que passava pela cabeça de Niemeyer era preocupar-se com o objeto
de todo projeto arquitetônico, o homem. O único da espécie com o qual ele se
preocupava era ele mesmo. Com a sua mania de projetar “estufas” monumentais em
homenagem ao seu ego, Niemeyer ignorava solenemente a segurança. Por fora, bela
viola (há controvérsias); por dentro, pão bolorento.
Magu disse:
ResponderExcluirPuta merda!
...já que a última coisa que passava pela cabeça de Niemeyer era preocupar-se com o objeto de todo projeto arquitetônico, o homem. O único da espécie com o qual ele se preocupava era ele mesmo. Com a sua mania de projetar “estufas” monumentais em homenagem ao seu ego, Niemeyer ignorava solenemente a segurança. Por fora, bela viola (há controvérsias); por dentro, pão bolorento.
BINGO!