sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Eletrodomésticos, fraldas e remédios: a campanha de Garotinho na mira da Justiça

Eu não entendo como é que um cara condenado a dois anos e meio de cana, solto apenas por força de uma liminar, dono de uma coleção de processos contra si de dar inveja a qualquer grande marginal, e que a cada dia comete mais crimes - eleitorais ou não -, pode ser candidato a alguma coisa. Só nesta merda chamada Brasil do PT.

Por Daniel Haidar, na VEJA.com:

E não morrem engasgados...
Na primeira incursão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, fiscais encontraram nesta quarta-feira material de campanha do candidato ao governo do estado pelo PR, Anthony Garotinho, junto de cem caixas de remédios e 200 formulários do programa Cheque Cidadão. A ação encontrou indícios de que o projeto – mantido pela prefeita de Campos dos Goytacazes e mulher de Garotinho, Rosinha Matheus – é usado com finalidade eleitoral pela campanha dele. Mas esse não é o único problema de Garotinho com a Justiça Eleitoral nestas eleições. O ex-governador é investigado pela Polícia Federal por distribuir, em uma semana, quase 60.000 reais em eletrodoméstico no programa “Fala Garotinho”, da Rádio Manchete. Técnicos coordenados pela juíza Daniela Barbosa, chefe de fiscalização do TRE, monitoraram o programa de rádio de Garotinho e se espantaram com os vultosos valores gastos para distribuir máquinas de lavar, fogões, geladeiras e smarphones.


O valor foi estimado pelo tribunal a partir dos preços desses produtos em duas grandes redes varejistas. A tabela (reproduzida acima) foi anexada à decisão judicial. A magistrada ordenou que a distribuição de brindes fosse interrompida e questionou como o candidato conseguiu distribuir tantos produtos sem patrocínio. Garotinho declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de 303.538,65 reais e gastou o equivalente a 16% desse patrimônio em apenas uma semana. Hoje, Rosinha é a apresentadora do programa.

“Neste embalo, a cada semana o candidato distribui, no mínimo, 1/6 do valor de seu patrimônio declarado. É preciso analisar se a distribuição desmesurada de brindes e vantagens ao eleitor em potencial não é mero disfarce para aliciar o eleitor mais humilde e, assim, angariar votos. O programa não tem contrapartida financeira nem por meio de patrocinadores, tampouco por meio de intervalos comerciais”, afirma a juíza na decisão.

Outra conduta ilegal do candidato foi detectada em Campos dos Goytacazes, onde fiscais fizeram uma vistoria no Centro Cultural Anthony Garotinho. No local, foram apreendidas cerca de cem fraldas, 350 calendários com a foto do candidato, pastas, cartões de visita e um caderno com um cadastro de grávidas e data provável do parto.

Em entrevista ao site de VEJA, a juíza Daniela Barbosa destacou a importância de ser investigada pelo Ministério Público Eleitoral a origem dos recursos em casos como o de Garotinho. “O assistencialismo vai cooptando as pessoas. Centros sociais começaram a ser muito reprimidos, então candidatos criaram outras práticas assistencialistas. Tem que ser investigado se há origem ilícita nessas verbas”, afirmou.

Garotinho é líder na disputa pelo Palácio Guanabara, com 28% das intenções de voto na última pesquisa Ibope. Com uma ampla rede de distribuição de benesses a eleitores, o Ministério Público Eleitoral investiga quanto desse apoio é legítimo. A juíza Daniela Barbosa menciona indícios de “propaganda eleitoral irregular, abuso do poder econômico e/ou político, captação ilícita de sufrágio (compra de votos), captação e emprego indevidos de recursos de campanha (uso de caixa dois), condutas vedadas a agentes públicos e improbidade administrativa”.

3 comentários:

  1. Centro Cultural Anthony Garotinho? Isso sim deveria ser crime.

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  2. (argento) ... Reforma Política - num primeiro momento, da Imunidade Parlamentar, a retirada dos "crimes comuns" ... (argento)

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    1. (argento) ... esse cara já devia estar na CADEIA - por outro lado, nos "Negócios", alguèm está lucrando ... (argento)

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